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Ver Versão Completa : A família cristã no século XXI - Treinamento para professores, uma visão sistema



Roberto
02-02-13, 02:54 PM
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Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Temas Semanais:

1 - Família, Criação de Deus
2 - O Casamento Bíblico
3 - As Bases do Casamento Cristão
4 - A Família Sob Ataque
5 - Conflitos na Família
6 - A Infidelidade Conjugal
7 - O Divórcio
8 - A Educação Cristã, Responsabilidade dos Pais
9 - A Família e a Sexualidade
10 - A Necessidade e a Urgência do Culto Doméstico
11 - A Família e a Escola Dominical
12 - A Família e a Igreja
13 - Eu e minha Casa Serviremos ao Senhor

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SandraMac
02-02-13, 03:18 PM
O conteúdo desse próximo trimestre parece especialmente muito bom, hein!!!

PROFS.INNP
02-02-13, 05:20 PM
Parabéns à CPAD pela revista. Realmente aborda um tema muito atual, alvo do ataque do inimigo de nossas almas. Inclusive vai coincidir com o mês de maio ( mês da família em nossa igreja), no qual fazemos uma Gincana em nossa EBD, envolvendo todas as classes de Escola Dominical.

Roberto
24-03-13, 08:08 AM
Olá professor,

Antes de uma aula ser preparada, o mestre deve tentar compreender toda a unidade da qual cada lição é apenas uma parte. Depois que você inspecionar a unidade, você pode entender como as diferentes lições desenvolvem esta unidade e ajudam alcançar um determinado objetivo. Os professores podem ser ajudados a utilizarem e compreenderem o tema; entender como o plano curricular é planejado e reunido é de grande ajuda aos professores.




A família cristã no século XXI, uma visão sistêmica






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“... A vida familiar de Adão e Eva era perfeita, porém o pecado trouxe a disfunção para o seio da família...” (grifo nosso) Elinaldo Renovato de Lima, página 5, Revista do aluno, Jovens e adultos, 2º semestre de 2013.




Há aqueles que gostariam de resolver as questões com que se deparam as famílias com respostas sociológicas e psicológicas. Ambas podem ser úteis. Mas o núcleo de onde surgem as disfuncionalidades é a realidade teológica profunda do pecado e a imperfeição humana. Acreditamos que as ciências sociais, mormente a sociologia pode ser uma ferramenta valiosa para a construção de uma visão sistêmica do tema do trimestre. Extremistas podem discordar sobre isso, acreditamos que eles precisam ser desafiados. As ciências sociais não só podem ajudar-nos a ler as diversas culturas em que Deus nos chamou para proclamar a Palavra, mas elas também podem nos ajudar a ler as Escrituras. Apesar dos abusos (e há muitos), acreditamos firmemente que as ciências sociais, capturadas pela Palavra, podem e devem desempenhar um papel permanente na educação cristã. As Escrituras não devem ser esvaziadas de seu poder, por outro lado, não devemos ignorar as contribuições válidas que as ciências sociais podem fazer, nem devemos simplesmente aceitar seus pressupostos como carta branca, devemos sempre buscar posições equilibradas. Devemos permitir que as ciências sociais falem, mas nunca devemos permitir que elas falam mais alto do que as Escrituras, especialmente quando se trata de emitir um prognóstico sobre a família do século XXI. Muitos de nós cristãos tendemos a ler suas histórias e de suas famílias através de óculos cor de rosa, mas, permita agora que o “funcionalismo” dê visualidade à sua história e da sua família. "Funcionalismo" é uma das teorias básicas da sociologia que enfatiza a importância de cada segmento da sociedade cumprindo a finalidade para a qual ela existe. Assim, as escolas são funcionais quando educam e preparam as pessoas a viverem em sociedade. Para ser disfuncional, uma organização ou segmento da sociedade age de uma maneira que, diretamente enfraquece o propósito original para o qual se destina. Por exemplo, se um excelente professor é promovido para uma posição administrativa e um professor medíocre assume seu lugar, será menos provável que a escola cumpra sua função educativa.






Família disfuncional




Família funcional




• Uma família disfuncional é aquela em que o comportamento impróprio e imaturo de pelo menos um dos pais causa danos ao crescimento da individualidade e às ​​habilidades relacionais saudáveis entre os membros da família;
• Uma família disfuncional é aquela em que os membros da família são prejudicados emocionalmente, psicologicamente e espiritualmente; e
• Uma família disfuncional é aquela aonde todos são afetados negativamente, mesmo quando apenas um membro da família tem um problema.
• Uma família funcional é aquela em que o comportamento adequado e maduro de ambos os pais cultiva um saudável equilíbrio da individualidade e das habilidades relacionais entre os membros da família; e
• Uma família funcional é aquela em que o crescimento emocional, psicológico e espiritual saudável é cultivado entre os familiares; e
• Uma família funcional é aquele em que, quando os membros familiares encontram problemas, eles cultivam a capacidade de enfrentar dificuldades com confiança e o apoio de outros membros da família.



Da mesma forma, as igrejas e as famílias podem ser consideradas funcionais quando realizam seus respectivos fins. O Funcionalismo tem muito em comum com algumas das doutrinas centrais de cristianismo evangélico como a doutrina bíblica do casamento e da família.



SATANÁS tem dois objetivos específicos em sua guerra contra a FAMÍLIA




Na Bíblia, Deus nos deu um modelo de como a família deve funcionar. O pai é o chefe da família. Junto com sua esposa, ele educa seus filhos onde Jesus Cristo é o foco da casa. A Bíblia é o livro mais importante da casa. É responsabilidade dos pais e, finalmente, a do pai, é se certificar de que as crianças cresçam em um ambiente que lhes permita um dia se tornarem pais competentes e responsáveis ​​por direito próprio. Isso garante a continuidade da família bíblica para a próxima geração. É claro que um dos objetivos do inimigo é interromper esta ligação das famílias bíblicas de geração em geração. Ele faz isso através da implementação de duas estratégias:
Estratégia n º 1: efetivamente alienar e romper relacionamento do marido com sua esposa. Tal divisão pode ser física ou emocional. Ambos são igualmente eficazes.
Estratégia # 2: efetivamente alienar e cortar a relação dos pais com seus filhos. Novamente, tal divisão pode ser física ou emocional. Ambos são igualmente eficazes.


A geração pré-revolução industrial






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“... A família está inserida dentro de um contexto social, e portanto, sujeita a mudanças. Porém, os princípios divinos para as famílias são eternos e imutáveis...” Elinaldo Renovato de Lima, página 6, Revista do aluno, Jovens e adultos, 2º semestre de 2013






Desde a eternidade, Deus instituiu um plano divino para a família. A tarefa de um pai não é criar os filhos, é equipar as crianças para formarem seus próprios filhos. Esse plano era para ser seguido por cada geração. Por milhares de anos, foi seguido. A família é a única instituição social que está presente em cada aldeia, tribo ou nação que sabemos através da história. Ela tem uma base genética e é o dispositivo de criação de nossa espécie. Note a ênfase na frase "o dispositivo de criação de nossa espécie." O Plano de Deus sempre foi para as famílias educarem os filhos. Mas, criá-los para qual finalidade? Para eles se tornarem competente e qualificado para educarem seus próprios filhos! Em outras palavras, as crianças aprendem com o exemplo de seus pais como educar a próxima geração. Mas o que acontece quando a corrente é quebrada? É preciso muita imaginação para começar a entender as consequências inter-geracionais desta situação. É razoável perguntar se, em toda a história humana, temos um exemplo de uma grande população em que a instituição da família simplesmente desapareceu. É razoável e ameaçador, pois a resposta é certamente não. Não há precedentes históricos apoiando a esperança de que a família, uma vez que tenha desaparecido, possa ser reconstituída.


“Um menino é a única coisa que Deus pode usar para fazer um homem”




Cal Farley




William Raspberry, colunista negro do jornal Washington Post escreveu: "Se eu pudesse dar uma única receita para a sobrevivência da América, e particularmente a América negra, seria restaurar a família”. E se você perguntasse como fazer isso, sem dúvida, a resposta simplificada seria:. Salvando os meninos. Tragicamente, a família negra na América moderna, em grande parte perdeu seus meninos. O inimigo tem efetivamente removido homens negros de suas posições de liderança e responsabilidade. O inimigo pode usar métodos diferentes para alcançar seu objetivo, mas sua estratégia é a mesma: Destrua os meninos, para neutralizar os homens. Em um programa de televisão sobre a família negra, um adolescente que era pai de seis filhos, foi questionado sobre suas responsabilidades para com as diferentes mães dos seus filhos. Sua resposta descuidada foi: "Nenhuma mulher vai atrapalhar a minha vida". Como resultado dessa mentalidade egoísta, a América tem uma epidemia. Crianças negras crescem sem um modelo masculino e assim não terão ninguém para imitarem quando se tornarem adultos. O resultado é que os meninos aprendem que as drogas e roubo são as maneiras mais rápidas de fazer muito dinheiro. Eles simplesmente não têm pais que possam ensinar e demonstrar as virtudes de uma ética de trabalho saudável, a importância da disciplina e da responsabilidade sexual, os benefícios da educação e da beleza de valores transcendentes. Assim, o ciclo se repete geração após geração. Milhões de crianças não sabem, e nunca vão saber o que significa ter um pai. O mais triste, eles também não conhecem ninguém que tenha um pai ou saiba o que é um pai. Temos de salvar os meninos. Eu preciso salvar os meus filhos, e você deve salvar os seus. Se você não tem filhos, então sua energia deve ir para salvar as meninas. Meninos e meninas devem ser salvos, ou a família na próxima geração não vai ter qualquer tipo chance de lutar. Então, se há só meninos em sua casa, ou só meninas, ou uma mistura de ambos, é o nosso trabalho fornecer um modelo que irá equipá-los com confiança assumir as responsabilidades da vida e do casamento. Nossos filhos vão precisar de cônjuges piedosos com quem possam levantar a próxima geração para Cristo. Se os nossos meninos não forem equipados para conduzir suas próprias famílias, as famílias da próxima geração não terão líderes. E nem a próxima, e se tornará uma epidemia viciosa que se multiplicará a cada geração sucessiva. O padrão da família judaica normal nos dias de Jesus a mãe tinha a carga primária de todas as crianças desde o nascimento até cerca de cinco a sete anos de idade. Naquele tempo o cuidado dos meninos passava da mãe para o pai, isso significava que ele iria viver sua vida com seu pai. Ele trabalhava junto com seu pai, ajudando-o e, assim, gradualmente aprendendo a agricultura ou o comércio de seu pai. Durante esse tempo o pai iria formar seu filho como um homem. Ele iria criar seu filho em sua própria presença e lhe ensinar tudo o que sabia. Na verdade, muito do treinamento do filho seria composto pelo exemplo de seu pai. O filho iria ver o que o pai estava fazendo, e, assim, aprender o que o pai sabia, era esperado do pai equipá-lo como um homem adulto. Por milhares de anos, esta foi a forma como os homens funcionavam. Os homens levantaram os seus meninos e, como resultado, houve estabilidade enorme na família. Os homens não tinham crises de identidade. Eles sabiam quem eles eram e o que eles deveriam fazer, porque eles tinham visto um modelo. Os meninos foram especificamente treinados pelo pai para uma função como de um pai. É difícil para nós entendermos, aqui, no século XXI, que este era o padrão normal da vida familiar. Então o que aconteceu? Algo obviamente mudou. O que foi responsável por mudar a sólida estrutura familiar que existia de geração a geração? A resposta vem em três palavras: a Revolução Industrial. No século XVIII, a agricultura era a profissão mais importante de todas as pessoas. O homem comum era agricultor e morava em uma aldeia. Ele providenciava sua própria comida, e a menos que estivesse perto de uma grande cidade, tinha um pouco mais do que precisava. De pano e roupas, móveis e ferramentas e utensílios, tudo era feito em casa a partir de lã, madeira e couro produzido na fazenda. O homem comum comprava pouco fora de sua aldeia, exceto ferro para o seu arado, sal, e talvez um ornamento ocasional. Nas cidades, que geralmente eram muito pequenas, alguns de atividades fabris eram exercidas. Coisas como joias, pratas, espadas, armas, canhões e munição eram produzidas por artesãos que trabalham em suas próprias lojas com ferramentas simples. Observe como a vida era construída ao redor da casa, antes da Revolução Industrial. Quatro em cada cinco pessoas eram agricultores. Homens trabalhavam em casa, as mulheres trabalhavam em casa, e assim criavam os filhos. Seus trabalhos eram diferentes, mas todos trabalhavam. O padrão permaneceu o mesmo durante séculos. A mãe criava os filhos até que atingissem entre cinco e sete anos de idade, em seguida, os meninos trabalhariam com seus pais e as meninas iriam trabalhar ao lado de suas mães. E sobre esse “um” em cada cinco que não eram agricultores? Eles eram ourives, ferreiros, e vários outros tipos de comerciantes. O mesmo padrão básico aplicado a eles. Quando um menino chegava aos setes, ele iria trabalhar com o pai e aprender o seu ofício: ferreiro, armeiro, ou sapateiro. Na maioria das vezes, indo para o trabalho significava simplesmente indo de uma sala para outra: em muitos casos, [eles] utilizado seus quartos da frente da casa como oficinas e, viviam nos cômodos dos fundos. A questão é clara. Antes da Revolução Industrial, o padrão normal foi os pais criarem seus filhos. Eles estavam juntos quase todas as horas do dia. Mas esse estilo de vida familiar contínua estava prestes a mudar. Na verdade, ele já estava em transição. Em alguns países era ilegal manter os filhos fora da escola. Forças já estavam trabalhando para minimizar o tempo que as crianças tinham com seus pais. Até este momento, a educação das crianças vinha principalmente através da tutela de seus pais. Quando a Revolução Industrial começou a se firmar, mais e mais fábricas apareceram. Até este momento, o trabalho de um homem havia sido feito no contexto de sua casa. Agora o emprego tornou-se dependente dessas fábricas inovadoras. Aqui, os trabalhadores foram reunidos para operar as máquinas, o trabalhador comum não podia mais esperar para se tornar um produtor independente. Ele foi reduzido ao status de uma mão de obra. Fábricas tendiam a se reunir em áreas da cidade onde o carvão e o trabalho eram baratos. Cidades industriais cresceram rapidamente, e graves males sociais desenvolvidos. Sérios males sociais se desenvolveram. Por quê? Porque o padrão de vida conhecido da família há milhares de anos, foi alterado. A Revolução Industrial, que permitiu que as pessoas apreciassem mais as conveniências da vida, também foi responsável pela reorganização da estrutura da vida familiar. Esta transição dramática literalmente sacudiu o papel dos homens. Agricultores e os filhos dos agricultores, estes homens trocaram o trabalho em torno de suas casas e famílias para novas ocupações nas fábricas. E na maioria dos casos, essa nova situação exigia os homens deixarem suas casas por longos períodos de tempo. Quando as fábricas tornaram-se a fonte de renda, os homens tiveram que sair de casa, assim, reduzindo consideravelmente sua capacidade de influenciar os filhos.


A fórmula é simples: MENOS TEMPO = MENOS INFLUÊNCIA




Tornou-se cada vez mais difícil salvar os meninos. Quase da noite para o dia os homens pararam de fazer o que tinham feito por milhares de anos. Eles inconscientemente disvirtuaram a experiência acumulada de gerações. Agora o pai trabalhava separado do filho, quando por gerações haviam trabalhado juntos na relação mestre/aprendiz. Os homens pararam de formar seus meninos, porque eles não estavam mais presentes. E conforme os anos se passaram, o mais importante modelo masculino erodiu ainda mais. Por isso, foi há mais de 200 anos atrás, que as sementes que removeram os homens de seu papel designado por Deus de criar os meninos foram plantadas. Na nossa geração, essas sementes estão dando frutos. E o fruto está nos matando.




A influência de um pai






Como um menino aprende o que é ser um homem?




Psicólogo de Harvard Samuel Osherson escreve: “O que significa ser homem”? Se o pai não está lá para fornecer um confiante e rico modelo de masculinidade, então o menino é deixado em uma posição vulnerável. Esta solução coloca uma grande pressão sobre o crescimento do filho que muitas vezes cometem erros na identificação com seus pais, minando suas identidades como homens. [2] Vamos salvar os nossos meninos, dando-lhes um modelo a seguir. Quando os nossos meninos têm um modelo claro, eles sabem intuitivamente como agir quando eles assumem a responsabilidade do casamento e parentalidade. Mas nesta geração, há muitos meninos aleijados que não têm idéia do que é ser um homem. É nossa tarefa designada por Deus, garantir que os filhos estejam prontos para liderar uma família. Devo equipá-los para esse fim. Os meninos são a esperança da próxima geração. Eles são os pais de amanhã. Eles devem saber quem eles são e o que eles devem fazer. Eles precisam ver o seu modelo em ação. É assim que eles vão saber o que significa ser um homem. Nós temos uma desvantagem real em comparação com a geração pré-Revolução Industrial. Nós nos levantamos de manhã e saímos para o trabalho. Nossos filhos se levantam e vâo à escola, e nós provavelmente só iremos vê-los no jantar. Nós perdemos uma quantidade significativa de tempo com os nossos filhos, porque as demandas de nossa cultura consumiram nosso tempo.


Distância emocional



Salvar os meninos exige mais do que apenas a nossa presença física. Mesmo quando o pai está presente fisicamente em casa, o grande perigo é que ele esteja emocionalmente distante. Este tipo de pai pode aleijar emocionalmente um menino pelo resto da vida. Distância não é apenas física, é emocional. Para salvar os nossos meninos, temos de estar lá emocionalmente. Devemos estar em sintonia com o que está acontecendo com as nossas crianças. A ausência física ou psicológica dos pais é uma das grandes tragédias subestimadas em nossa época. A ausência dos pais na vida de seus filhos, seja fisicamente ou psicologicamente, é devastadora. Se você olhar em volta, você começa a ver a evidência da tragédia. Podemos ter tido pais que estiveram ausentes de nós, mas não podemos passar isso para os nossos filhos. Devemos colocar um novo elo na cadeia, um positivo para substituir um negativo. Se você fizer isso, seus meninos nunca terão que lidar com as feridas emocionais que você pode ter tido. Temos de salvar os nossos meninos, para que possamos salvar a família. O Antigo Testamento é um repositório de histórias deliberadamente e fielmente preservadas para nos ajudar a lidar com o problema de famílias disfuncionais. Infelizmente, o Antigo Testamento tornou-se inacessível para muitos hoje. O problema, mais uma vez, tem a ver com a maneira como lemos. Muitas vezes o Antigo Testamento é percebido como tal, antigo. E qualquer coisa antiga, em nossa cultura, é sinônimo de "fora de moda" e "irrelevante". Isso significa que dois terços de nossas Bíblias, para todos os efeitos práticos, estão se tornando obsoletas para muitos. Vamos ser honestos. Não é verdade que o Antigo Testamento está se tornando pouco mais do que uma esquisitice antiquada, um documento estranho, confuso para muitos de nós? Precisamos redescobrir o poder enterrado nas páginas do Antigo Testamento. Nós precisamos descobrir como as famílias bíblicas resolviam seus conflitos para começarmos o doloroso e necessário processo de cura. Vejamos uma história que é familiar para a maioria dos cristãos. Davi vê Bate-Seba tomar banho no telhado de sua casa, ele a trouxe ao palácio, e dorme com ela. Ela ficou grávida, e Davi, para encobrir, secretamente dá ordens para que o seu marido, Urias, fosse enviado para a parte mais perigosa do campo de batalha, onde ele é morto. Bate-Seba depois vem para a casa de Davi, como sua esposa. O bebê que ela está carregando nasce e morre, como disciplina de Deus. Vemos-o expressando profundo luto e pesar pela perda de seu filho (2 Samuel 12:14-23). Amnon, Tamar, e Absalão eram adolescentes quando isso aconteceu. Eles viram no pai o comportamento modelo manipulador e traiçoeiro: encobrir seu pecado com Bate-Seba secretamente dando ordens que levaram à morte de Urias. O que esses adolescentes aprenderam foi como não enfrentar problemas, e como ignorar a dor que cresceu a partir de suas ações. O palco estava montado para uma história de família completamente disfuncional se desenrolar. Parte da tragédia da família de Davi é que ele nunca lidou com o incesto entre Amnon e Tamar. O tempo passou após o ataque, dois anos de fato, e Davi ainda não tinha tomado medidas disciplinares contra Amnon. Mas Absalão agiu. Ele convidou o pai e a família para uma festa em sua casa. Davi recusou o convite, dizendo que seria muito dispendioso ter toda a família na casa de Absalão. Absalão pediu, e Davi cedeu; Amnon e seus irmãos foram autorizados a participar. Amnon foi para a casa de seu meio-irmão para a festa e, depois de ter bebido muito, foi morto por Absalão e seus servos. Absalão assumiu total responsabilidade pelo assassinato, pois ele tinha, assim, vingado o estupro de sua irmã. Ele fugiu e foi exilado de sua família por três anos (2 Samuel 13:23-38).




Conceitos que podem levar à cura




"A recuperação de padrões familiares disfuncionais não é fácil. Ela exige uma transformação nos níveis mais profundos. Deus prometeu participar ativamente nessa transformação" Dale e Juanita Ryan [1].


Pare e pense sobre isso. O que você aprendeu sobre Absalão na escola dominical quando você era criança? Provavelmente que Absalão era o "cara mau." Ele é geralmente visto como o bode expiatório, supostamente o único na família de Davi, que teve problemas. É fácil despejar todos os problemas e as responsabilidades de uma família em um único dos seus membros. No entanto, quando olhamos para a família de Davi, podemos ver que toda a família precisava lidar com uma série de questões e aplicar os princípios fundamentais do funcionamento familiar saudável. Esses conceitos-chave são hoje ajudam os filhos adultos de famílias disfuncionais iniciarem o processo de entendimento que pode levar a recuperação. Vamos olhar para eles: Cada membro da família precisa de ajuda. Não existe um bode expiatório. É fácil para uma família designar um de seus membros como bode expiatório da família. A história apenas narra que Absalão vingou o estupro de Tamar, é o óbvio. Afinal, foi ele quem planejou matar seu irmão Amnom, apesar de ter sido vingança. Mais tarde, foi ele quem ordenou que se incendiasse um campo de trigo e liderou uma revolução contra seu próprio pai (2 Samuel 14-18). Certamente, não é difícil Absalão se destacar como o único em sua família que teve problemas. Mas, na realidade, Absalão não era o único na família que precisava de ajuda. Havia algo quebrado no próprio Davi que o impediu de tomar as medidas apropriadas para lidar com Amnon ou para resolver completamente o dano feito a Tamar quando Amnom a estuprou. E que o dano foi muito grande. Após o abuso sexual, ela viveu o resto de sua vida em desolação (2 Samuel 13:20). Ela nunca se casou ou teve filhos, em sua cultura era a última derrota e desgraça. Ela parece nunca ter se recuperado. A dor de violação de Amnom impactou toda sua vida. Tamar precisava de ajuda após o incidente. Ela precisava de aconselhamento e da compaixão de um grupo de mulheres que tinham experimentado a mesma dor. Ela precisava ter pessoas ao seu redor, com quem poderia compartilhar sua dor para o trauma do incidente pudesse se dissipar. Mas ela nunca conseguiu ajuda. Ela viveu o resto de sua vida em "desolação" (2 Samuel 13:20). O que lhe aconteceu foi uma tragédia de primeira ordem. Em uma família disfuncional cada membro da família é prejudicado; cada membro da família precisa de ajuda. Essa ajuda pode assumir a forma de compreensão amorosa de um outro membro da família, ou o confronto amoroso de um irmão cristão, um grupo de apoio, um pastor sensível, um médico, ou um terapeuta. Embora possamos considerar alguns membros da família os bodes expiatórios ou rotulá-los como "maus", na realidade todos os membros da família partilham a dor e, em graus variados, a responsabilidade. Este princípio foi aplicado pela primeira vez no tratamento de dependência de drogas e álcool. No princípio era fácil tratar o viciado/alcoólico, mas os terapeutas começaram a observar que se apenas o alcoólico for tratado, era provável que o casamento desmoronaria porque a esposa do alcoólatra não tinha mais ninguém cuidá-la. Sabemos que os filhos de pais alcoólicos, têm maiores taxas de abuso de drogas e álcool, problemas, problemas na escola com mais freqüência, e muitas vezes apresentam maior incidência de estresse do que as crianças que não são de famílias alcoólicas. Se apenas o álcool é tratado e ninguém mais na família recebe ajuda, há uma taxa maior de recaída do que se toda a família está envolvida no tratamento. Esta é a base para a abordagem de tratamento do sitema familiar, uma das abordagens mais bem-sucedidas na cura de famílias que sofrem. É preciso trabalhar duro para ajudar os familiares a verem que bode expiatório é contra-produtivo e que todos compartilham da dor. Como pais, devemos fazer o melhor que sebemos fazer. Davi ficou furioso com o que Amnon fez para Tamar (2 Samuel 13:21), mas a Escritura não indica que ele fez alguma coisa sobre isso. O costume naqueles dias era apedrejamento ou o exílio para o autor de um crime (Levítico 18:9, 11; 20:17, Deuteronômio 27:22 para as leis violadas por Amnon), mas Davi não faz nada. Pena que, por uma ou outra opção teria ajudado a todas as partes na causa. Para que Tamar tivesse recuperado sua autoestima, seu pai precisava ter considerado sua violação como algo grave. Davi era um homem de Deus, como mostrado no livro de Salmos, onde a profundidade da sua espiritualidade brilha. Ainda bem que ele era profundamente espiritual, mas, ele não sabia como enfrentar a dor em sua família diretamente e lidar com ela de uma forma saudável. Quando Absalão, filho de Davi fugiu depois de matar Amnon (2 Samuel 13:38), David permaneceu passivo no tratamento das lesões em sua família até que a mulher de Tecoa (2 Samuel 14:1-24) confrontou Davi e desafiou-o para trazer Absalão para casa. Absalão voltou para Jerusalém, mas ele permaneceu isolado de Davi por dois anos completos. Além disso, o contato eventual entre Absalão e seu pai não foi iniciada por Davi. Que o contato foi iniciado por Absalão, que criou uma crise incendiando o campo de Joabe como um meio de conseguir uma audiência com Joabe, que poderia marcar uma reunião com seu pai. Absalão parece que queria ver o pai face-a-face, de modo que o problema poderia ser finalmente esclarecido. Pai e filho finalmente se conectaram em um caloroso abraço (2 Samuel 14:33), mas Absalão acabou iniciando uma revolução contra seu próprio pai. O que aconteceu entre Davi e Absalão não trouxe uma mudança na relação entre pai e filho.
Por que não Davi não fez algo para resolver a doença da família? Ele era um grande guerreiro e líder, adorado por seu povo. Ele era talentoso, dotado em música e poesia. Ele tinha sido bem sucedido na defesa de sua nação. Como um adolescente, ele tinha mantido seu país seguro matando o gigante guerreiro Golias. No entanto, a verdade é que, com toda a sua confiança e espiritualidade, ele não sabia como lidar com o conflito entre seus filhos. Ele não sabia como lidar com a dor de outra forma que não pela fuga e passividade. O que precisamos aprender aqui é que mesmo que Davi tenha fracassado com sua família, isso não significa que ele queria decepcioná-la: ele estava fazendo o melhor que sabia fazer. O tempo não "cura todas as feridas" quando se trata de questões familiares. Anos podem passar e não muda nada na família. Ninguém fala sobre o problema. Se alguém tenta falar sobre isso, a raiva estoura. A família nunca aprendeu a resolver um conflito sem raiva e sem defesa. Ninguém sabe como se comprometer ou dizer: "Sinto muito." Isso deve ter sido o que Absalão experimentou durante os sete anos antes que ele finalmente teve a chance de abraçar de novo seu pai, o rei Davi. Ele havia tentado de muitas formas destrutivas passar a mensagem, como por exemplo, na queima de campo de Joabe, mas ninguém pegou a mensagem ou detectou sua necessidade. Conforme o tempo avançava, sua raiva e mágoa deve ter se transformado em um poço de raiva que transbordou na revolução que levou contra seu pai. Absalão tomou decisões que o levaram a uma morte horrível: Joabe tomou três lanças e traspassou com elas o coração de Absalão (2 Samuel 18:14). Ao morrer, ele provavelmente nunca soube o que seu pai sentia por ele. Após sete anos de afastamento de Absalão, Davi ficou entristecido pela perda de seu filho. Em sua tristeza, é evidente que ele amava profundamente seu filho: “E o rei ficou muito comovido e subiu para a câmara por cima da porta e chorou. E, assim, ele disse, enquanto caminhava, "Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera eu ter morrido por ti, Absalão, meu filho, meu filho! "(2 Samuel 18:33). Dor e a frustração de nunca ter experimentado um relacionamento caloroso com seu filho deve ter sido excruciante; deve ter sido uma lesão profunda que só se intensificou com tempo. O provérbio “O tempo cura todas as feridas” não era verdade neste caso, como raramente é verdade hoje em dia. Enquanto Davi lamentando por Absalão no parapeito, será que ele também estava de luto pela morte de seu primeiro filho com Bate-Seba, com a morte violenta do Amnon pela mão de Absalão, e por sua filha Tamar que estava destruída e desololada? O rei de Israel estava experimentando profunda tristeza. A triste verdade é que o tempo em si não cura. Se ele não for acompanhado por medidas ativas para a cura, ele só vai permitir que as lesões familiares só cresçam ainda mais. Então, quando a dor finalmente estourar, vai ser ainda mais destrutiva do que poderia ter sido antes. As famílias são sistemas. Elas são organismos vivos complexos formados por indivíduos interdependentes. Quando os problemas precisarem ser resolvidos em uma família, todos os membros da família precisam ser envolvidos no processo, não apenas o bode expiatório. Não é só o adolescente viciado que precisa de ajuda, precisamos olhar para toda a família e ver por que adolescente está abusando de drogas. Temos de olhar a relação do adolescente com o seu pai, mãe e irmãos para chegar à causa do sintoma. É difícil saber o que é "normal" quando você vem de uma família disfuncional. Tudo o que você conheceu pode ter sido o abuso ou o alcoolismo e as brigas de seus pais. Encontrar o seu caminho depois de tal educação um é como tentar pousar uma nave espacial sem o manual do proprietário. É bem provável que você a quebe logo na decolagem. Essa analogia não está muito longe da descrição do casamento e da vida familiar para uma pessoa que veio de uma família disfuncional. Se tudo que ele viu foi luta e caos, como é pode saber como resolver um conflito? Como trabalhar através da ira? Após Tamar ser estuprada por Amnon, Absalão não sabia como consolá-la (2 Samuel 13:20). Como um pai pode se conectar emocionalmente com sua esposa e filhos se nunca teve níveis de relacionamento sentimentais com o seu próprio pai? Se tudo que sabia quando criança era abuso sexual, como poderá fazer um ajuste sexual positivo no casamento? Se nunca viu um bom modelo de comunicação, como é que poderá modelar uma boa comunicação com os seus próprios filhos e cônjuge? No século XXI, a dolorosa verdade finalmente foi autorizada a sair do armário. Finalmente, os pastores e congregações pararam de sussurrar e começaram a abordar segredos de lutas que afligem a muitos, se não, a maioria das famílias. Em vez de bater nos púlpitos e exigir mudanças instantâneas, descobrimos que as famílias disfuncionais são muitas na igreja, e que a recuperação leva tempo e é um processo doloroso.


Filosofias humanistas





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“... Os inimigos e desafios enfrentados pelas famílias na atualidade são muitos, todavia queremos destacar apenas os espirituais...” Elinaldo Renovato de Lima, página 6, Revista do aluno, Jovens e adultos, 2º semestre de 2013




O comentarista da lição bíblica elenca apenas os inimigos espirituais admitindo um número indefinido de outros inimigos. A família enfrenta hoje desafios e ameaças ao contrário que qualquer geração anterior experimentou. As causas da disfuncionalidade da família não são estritamente espirituais, além dessas, vimos no tópico anterior as deficiências orgânicas e passaremos a ver agora filosofias humanistas. No Brasil, os partidos de esquerda estão remodelando o tecido da sociedade com novas políticas de educação e direitos humanos. Quem ainda não ouviu falar da “lei da palmada”? Movimento gay? O falecido filósofo humanista F.M. Esfandiary, citado em um artigo no jornal Los Angeles Times, disse que sonhava com um mundo onde não houvesse escolas, nem famílias, e nem relações pai-filho ("Utopia sem família", 20 de março de 1978). Para libertar a criança, dizia ele, é preciso acabar com a paternidade e o casamento deve acabar. Não devemos aceitar nada menos do que a eliminação total da família, dizia ele. Essa filosofia está sendo propagada por muitos humanistas e socialistas como os dos partidos de esquerda brasileiros. Socialismo é um sistema de organização social em que os direitos individuais são supostamente derivados dos coletivos, e se atribui ao estado faculdades absolutas para ordenar as condições da vida civil, política e econômica, levando a uma preponderância extrema o interesse coletivo sobre o particular. Engana-se quem acha que o socialismo subsiste somente nas instáveis democracias latino-americanas. No Congresso dos EUA existem projetos de lei que tramitam desde 1971 que recomendam tirar as crianças de casa com a idade de seis meses, colocando-os em creches do governo, para serem educadas pelo governo até atingirem seis anos de idade, e depois colocá-los em escolas públicas. O objetivo final do socialismo é tirar as crianças para fora de casa e da família e educá-los pelo Estado. Por quê? Porque se os pais não têm os seus filhos por perto, as crianças não podem receber quaisquer normas justas, valores morais, éticos, religião, ou sentimentos políticos. Os pais não podem passar qualquer coisa, se eles não tiverem os seus filhos próximos. Há muitos esforços para o socialismo, por exemplo, a Conferência da Casa Branca para a Criança, foi uma série dereuniões realizadaspelosPresidentes dos EstadosUnidos da América.Cadaconferência centrou-seem questões “relevantes” para cada década, sendo a primeira realizada em 1909 e a última em 1971, dessa última lê-se em seus relatórios:


(1) Libertação da autoridade parental "Nós recomendamos que as leis que tratam dos direitos dos pais sejam reexaminadas e alteradas quando elas infringem os direitos das crianças" (White House Conference on Children, Relatório para o Presidente, p. 361). Uma desses direitos que esses especialistas falam é sobre o castigo físico. Algum dia você poderá não ser mais capaz de disciplinar o seu filho. O psicólogo humanista Richard Farson diz que devemos ter crianças livres de punição física, e temos que dar-lhes total liberdade sexual.


(2) liberação de valores morais tradicionais “A solução real requer uma mudança fundamental no compromisso de valores e ações das pessoas que controlam os setores públicos e privados de nossa vida comum [como] os pais” "Creche é uma instituição poderosa... Um programa de creche que ministra a uma criança de seis meses a seis anos de idade, tem mais de 8.000 horas para lhe ensinar valores, medos, crenças e comportamentos" (White House Conference on Children, Relatório para o Presidente, p. 278).


(3) Libertação da discriminação "A criança deve ser protegida contra as práticas que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou qualquer outra forma de discriminação" (Princípio 10, Declaração de 1959 das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança). Essa "proteção" tem sido interpretada como proibição de, por exemplo, pais budistas ensinarem a seus filhos o budismo, pais cristãos ensinarem a seus filhos o cristianismo. As crianças seriam removidas de suas casas para que os seus pais não tenham influência sobre eles. Eles seriam "protegidos" da religião dos seus pais.



A família cristã no século XXI



Se os elementos da maldição e as corrupções de Satanás não são suficientes para fazer o casamento difícil, adicione-se uma sociedade que exalta todas as corrupções de Satanás como virtuosas. É difícil viver numa vida piedosa nesta geração má e perversa. Quando tentamos criar filhos piedosos, estamos lutando contra um inimigo poderoso. O inimigo capturou os meios de comunicação, a mídia que está na TV, nos livros, nos jornais, na música, nas escolas, em todo lugar. Está ficando cada vez mais difícil viver como cristão neste mundo. Não é fácil. Comprometa-se com seus filhos, ou você vai acordar um dia com a tragédia em suas mãos. Agradeça a Deus por Sua Palavra, porque nos ensina como combater este movimento que ameaça engolir nossa sociedade e destruir nossas famílias. Tudo está na Palavra de Deus. Você pode perguntar: "O que um livro de dois mil anos de idade tem a dizer sobre isso?" A Bíblia pode ter sido escrita há dois mil anos, mas está viva hoje porque os tempos não mudaram os homens não mudaram e, certamente, Deus não mudou. O que Ele diz hoje é absolutamente como atual, até à data presente, e essencial para nós.




Os Simpsons, uma família disfuncional.




Na presente era, sempre que as famílias são retratadas em filmes, dramas de televisão, ou seriados, elas são quase sempre caricaturadas como grosseiramente disfuncionais. Alguém recentemente apontou que a única "família" da televisão que regularmente freqüentar a igreja juntos, são os Simpsons, eles são desenhos animados deliberadamente exagerados e sobrecarregados com os piores traços imagináveis, destinados principalmente à falsa e maligna igreja e família. Homer Simpson é o chefe de uma família disfuncional famosa, ele é um bêbado. Mas apesar disso é “um grande pai para seus três filhos” (como se isso fosse possível). Como os nossos jovens crescem em um mundo onde a imagem é tudo, Homer é apresentado como um “antídoto para a superficialidade”. Ele não se incomoda que se pareça ou com que as pessoas pensam sobre ele - ele simplesmente se preocupa com sua família e tenta fazer a coisa certa mesmo sendo um bêbado e viver plantado em frente a uma TV. Uma das maneiras que ele “se destaca da multidão” é por se recusar em ir à igreja. Em um episódio, ele foge do culto de domingo e tem o melhor dia de sua vida, enquanto sua esposa Marge, temendo pela sua alma, ora fervorosamente por ele. Então Homer vê Deus em um sonho e diz: "Eu sou um homem bom, eu me preocupo com meus filhos - por que eu tenho que ir para a igreja e ouvir que vou para o inferno? "Deus concorda com ele e diz”: Você tem um lugar aqui" Homer provou que é possível ser bom sem ter que ir para a igreja. Para seus filhos - Bart, Lisa e Maggie - e para todas as crianças, Homer mostra a falsa ideia que a coisa certa a fazer é agir com o coração. A família Simpson tem sido muitas vezes descrita por políticos, ativistas e especialistas morais como disfuncional. Esta descrição está baseada na rebeldia de Bart e no amor de Homer por cerveja e TV. Mas o fato de que a família Simpson não é perfeita é o que os torna tão influente para os nossos filhos. A mensagem que Hollywood tenta passar é que eles são uma família com falhas reais que têm problemas reais assim como o resto de nós. E, assim como o resto de nós, eles tentam inverter a ordem. A pérfida mensagem dos Simpsons é que Homer é um bom pai mesmo sendo um bêbado, e consumir várias horas do dia em frente à TV em detrimento da família, que a família disfuncional não precisa de cura, que ela funciona mesmo sendo disfuncional. Não é brincadeira, um desfile incessante de variedade de pessoas semelhantemente disfuncionais está no ataque, na televisão e nos filmes. Hollywood tem dado um novo significado amplo para a palavra família. Enquanto isso, famílias nucleares tradicionais com um pai forte, confiável e uma mãe cujas prioridades estão no lar têm sido banidos da cultura popular, feito para se sentir como se fossem a caricatura. É verdade que famílias bíblicas comoas deAbraão eIsaquedemonstraramrelacioname ntos impróprios, segredosmalignose disfunções, apesar disso, Deus continuou a usá-los.Ele não osabandoupor causa de suasdisfunções.Podemoster o coraçãonisso.Deus é fiele nãonos abandonaem nossadisfuncionalidade.Essa é amisericordia de Deus. Parece que sociedade secular contemporânea declarou guerra contra a família. Sexo casual é esperado. O divórcio é uma epidemia. O casamento está em declínio, multidões de homens e mulheres decidiram que é preferível viver juntos, sem fazer uma aliança ou formalmente constituir uma família. O aborto é uma praga mundial. A delinquência juvenil é galopante e muitos pais têm deliberadamente abandonado suas funções de autoridade na família, a Internet está trazendo o pior do mundo para a sala de estar. Por outro lado, o abuso de crianças em muitas formas é crescente. Filosofias modernas e pós-modernas têm atacado os papéis tradicionais de homens e mulheres dentro da família. Grupos de interesses especiais e até mesmo agências governamentais parecem empenhados na dissolução da família tradicional, defendendo a normalização da homossexualidade, do "casamento" de pessoas do mesmo sexo, e (em algumas culturas hoje) há programas de esterilização. O divórcio tem sido fácil, as leis penalizam o casamento. Todas essas tendências são ataques diretos contra a santidade da família.




Os casamentosde hoje eseus efeitos sobrea próxima geração




A cada anováriosmilhões de casaisse comprometem, emcasamento, prometendo amar um ao outropara melhor ou parapior.Mas muitos dessescasamentosterminamem divórcio, o que contribui parao problema das criançasnão desejadas.Hámuitos abortos realizados por mulheres casadascomo por não-casadas. Casais muitas vezesnão querem ter filhos. Um terçode todos os casaisem idade fértilforam esterilizados. Por quê?Porque as criançasinterferemcom o divórcio.Se você nãotem filhos, vocêpode sairmais fácil do casamento.As crianças obstroem o caminho. Temosuma geração de criançasque crescem em famíliasque estão emcaos.Muitas criançasestão dizendoa si mesmos, a última coisa que eu quero fazerécasar.Eu nãoquero repetiressa bagunça.Elesvivem emfamílias caóticase totalmenteinsatisfeitas,para que eles nãoquerem ter nada aver com o casamento. Mas elesquerem cumprirseus impulsos sexuais, então eles vão de pessoa a pessoa, sem compromisso.A próxima geraçãopode nuncase casar. Até casamentosquependuramsão frequentemente caracterizados porinfidelidade, adultério, mentira,perda de respeito e confiança, orgulho, egoísmo, materialismo, preguiça e solidão.Nossa nação é umabagunça, maso triste éque essas característicastem havido naigreja.Os crentesestão tendoproblemas conjugais,também.A resposta não émaisconselheiros, mais seminários oumais livrossobre casamento, a resposta está em Efésios5:18: "Enchei-vos do Espírito Santo".As pessoas são boas emremendaros sintomas, masnão são tãoboas em lidarcom a realidade.O que precisamosfazer évoltar eolhar paraos princípios de Deus.




Conclusão




No final dos anos 1960 comentaristas sociais seculares faziam citações perturbadoras sobre o futuro da família. Ferdinand Lundberg, autor de “A transformação do mundo que está chegando”, afirmava que a família estava: “Perto do ponto da completa extinção”. O psicanalista William Wolf declarou: "A família está morta, exceto no primeiro ou segundo ano de criação dos filhos. Esta será a sua única função”. A socióloga Margaret Mead previu que dentro de 50 anos a família, como a conhecemos, deixaria de existir. Naquela época eram previsões considerados altamente pessimistas, encaras como exageros impetuosos. Mas, francamente, o primeiro quarto deste século tem validado essas preocupações, a família está em apuros. Não perfeitamente, mas a família continua a ser a "célula da sociedade". As lições bíblicas destre semestre são apenas mais uma deprimente constatação da decadência da família? Absolutamente não! Elas devem ser vistas como uma introdução, e reafirmação, dos princípios pelos quais vidas, sociedades e civilizações podem sobreviver e prosperar. Como ministros, professores e conselheiros cristãos estão sinceramente empenhados na recuperação, cura e restauração das relações familiares que podem levar a novos padrões saudáveis ​​para o futuro. Ousamos pensar que é possível para a próxima geração ter um melhor ambiente familiar do que a geração atual. Na guerra contra a família, a colheita são os nossos filhos. Eles serão os líderes e os pais da próxima geração. Senhores (as), sabemos que você ama sua família. Você ama sua/seu esposa (o). Você ama seus filhos. Você estaria disposto a morrer por eles. Na maioria das guerras, é o que os homens são convidados a fazer. Eles vão para a guerra, porque eles estão dispostos a morrer por suas famílias. Mas nesta guerra, é diferente. Nesta guerra, Jesus Cristo está à procura de homens que vivem para suas famílias. Isso é o que Ele quer que você faça.


[1] Dale and Juanita Ryan, Recovery from Family Dysfunctions: 6 Studies for Groups and Individuals. Life Recovery Guides (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1990), 12–13.

[2] Samuel Osherson, Finding Our Fathers (New York: Fawcett/Columbine, 1986), p. 6.