Roberto
28-07-06, 04:02 PM
Prezados (as) irmãos (ãs)
Tenho postado várias lições objetivas porém creio que muitos professores sequer sabem o que é uma lição objetiva. Lição objetiva é uma lição bíblica aplicada através de objetos comuns.
Roberto
01-05-08, 10:55 AM
1. Uso de Objetos ou Coisas
Ainda que nem sempre, é fato que Jesus ensinou por meio de lições objetivas. Ele buscou fazer da verdade uma coisa concreta e viva, e este método naturalmente deu resultado. Ele se utilizou do seu princípio geral, duma forma ou doutra, mais que de sua prática específica. Temos, porém, vários casos bem definidos e interessantes do emprego que Jesus fez de objetos.
1) A natureza e o valor dos objetos
Ordinariamente, quando se fala em lições objetivas, pen¬samos logo no uso de coisas que simbolizam ou sugerem a verdade a ser ensinada. Isso inclui modelos, quadros, desenhos, mapas e outros materiais semelhantes. Um modelo da arca de Noé, ou do tabernáculo, ou do conjunto duma missão es¬trangeira é valiosa ajuda para aclarar e avivar a cena a ser discutida. Também o uso de bons quadros ou de desenhos no quadro-negro ajuda bastante a apresentação de cenas bíblicas ou missionárias, como de outras verdades. O planetário numa escola pública, mostrando a posição relativa do sol e da terra, torna muito mais clara a razão da mudança das estações do que uma definição abstrata ou uma explicação como esta: "A mudança das estações deve-se à inclinação do eixo da terra para o plano da eclíptica, ao mesmo tempo que a terra rodeia o sol." Note-se, porém, que objetos simbólicos, como um bocado de pão para representar que Cristo é o Pão da Vida, cu clarear um copo de água escura ou turva por meio de elementos quí-micos para mostrar cemo a regeneração limpa o coração do pecador, são métodos não muito recomendáveis porque as crianças podem tomar o figurado pelo real.
O valor dos objetos está no apelo à vista, aos olhos, e no modo definido e prático pelo qual representa aquilo que se descreve. Por meio de coisas que os alunos podem ver, conseguimos de modo eficaz prender o pensamento, a atenção e o interesse deles, bem mais do que por palavras que lhes dirigimos; tanto que alguns afirmam que 80% de nossos conhecimentos nos vêm pelos olhos. Quase que invariavelmente lembramos bem mais aquilo que vemos do que aquilo que ouvimos. Um dos professores mais fracos que este escritor conheceu ensinou uma das lições mais profundas que ele aprendeu na vida, quando desenhou no quadro-negro uma escada mais larga no topo do que no pé, para com aquilo ilustrar que, quanto mais subimos no terreno da educação, maiores são as oportunidades que temos na vida. Os professores Í3rão muito bem em buscar usar desembaraçadamente o quadro-negro.
Eduardo Leigh Pell diz: "Falamos de princípios gerais, quando devíamos mostrar coisas concretas. Não poucos mestres gastam meia hora, tentando explicar uma coisa com palavras de sua boca, quando um lápis, um pedaço de papel e duas ou três linhas retas ou curvas tornariam em dois minutos aquilo tão claro como a luz meridiana." E acrescenta: Se o católico romano se mostra mais afeiçoado à sua Igreja do que o protestante, é em grande parte porque àquele se deixa ver e manusear as coisas ao passo que ao protestante se exige que as alcance com a imaginação."
2) O uso que Jesus fez de objetos
Um dos exemplos mais fortes do uso de lições objetivas pelo Mestre é aquele que nos fala de quando ele tomou um menino e o pôs no meio dos discípulos, para ensinar qual a atitude que devemos tomar para com o Reino de Deus (Mat. 18:1-4). Os discípulos pensavam que o Reino era algo com escalas e ordens hierárquicas, e, portanto, com promoções e dis¬tinções especiais. Assim, ambições e egoísmos ocupavam seus corações, e já discutiam qual deles seria o maior. Daí Cristo perguntou: "Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?" (v. 1). Ao que parece, sem qualquer outra palavra de explicação ou de discussão, chamou uma criança e a pôs no meio deles. Vendo eles a modéstia, o desinteresse e a humildade exemplificados na criança, Jesus lhes disse que deviam tomar a atitude da criança para poderem entrar no Reino. E, daí, acrescentou: "Quem, pois, se tornar humilde como este menino, esse será o maior no reino dos céus" (v. 4). Era a maior lição sobre a modéstia e contra o mal do orgulho que a humanidade recebia naquela hora.
Temos também exemplo de Jesus lavando os pés a seus discípulos (João 13:1-15). Os povos orientais usavam sandálias. Caminhando por estradas poeirentas, os pés sujavam-se muito. Entrando numa casa, para uma visita ou uma festa, era costume o criado da casa tomar uma bacia de água e uma toalha para lavar e enxugar os pés dos visitantes. Parece que na hora não estava nenhum dos da casa, e Jesus foi fazer o papel de criado. Assim lavou e enxugou os pés dos discípulos. Fez aquilo de modo mui natural e normal, para atender a uma necessidade. Assim agindo, o Mestre mostrou a dignidade e grandeza do serviço humilde. Era uma demonstração do que qualquer pessoa deve fazer em semelhantes circunstâncias. Era também outra lição sobre a humildade e uma das mais expressivas lições que Jesus deu em sua vida. Terminou aquilo, dizendo: "Se eu, pois, sendo Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Porque vos dei exemplo, a fim de que, como eu fiz, assim façais vós também" (vv. 14 e 15).
Noutra ocasião vieram tentá-lo representantes dos fariseus e dos herodianos, e lhe perguntaram se era lícito ou não pagar tributo a César. Sem argumentar, Jesus lhes pediu que mostrassem uma moeda de tributo, e lhe trouxeram um denário. Daí, exibindo-lhes o denário, o Mestre perguntou: "De quem é esta efígie e inscrição?" Responderam: "De César." Então o Mestre lhes disse: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mat. 22:15-22). Jesus fez pelo menos duas coisas, ao usar aquele objeto. Por um lado chamou a atenção, pois que não se falha nunca ao empregar este método. Doutro lado, usou-o como instrumento para ensinar o dever de se pagar tributos, mesmo que fosse a César, e também nosso dever de dar ao Senhor, visto que aquilo que possuímos pertence a ele. Mui provavelmente nenhuma outra afirmativa de Jesus tem sido mais citada do que esta, no decorrer dos séculos.
Outros exemplos incluem a instrução dada pelo Mestre, quando disse aos do e que sacudissem o pó de seus pés, quando, agindo como missionários dele, deixassem uma casa ou cidade que não os recebesse bem (Mat. 10:14). Isso simbolizava que haviam cumprido seu dever para com a comunidade e que já o sangue deles não cairia sobre os discípulos. Também o caso do paralítico trazido por quatro amigos proporcionou ao Mestre uma demonstração objetiva do seu poder de perdoar os pecados dos homens, quando os escribas o acusaram de blasfêmia, dizendo que só Deus podia perdoar pecados (Mat. 2:6-12). Se ele podia curar a paralisia, também podia perdoar pecados, pois que isto não era mais difícil que aquilo, igualmente o Mestre provou sua divindade, dando vista ao cego, fazendo andar o coxo, dando ouvidos ao surdo, quando João Batista, assaltado pela dúvida, enviou os mensageiros para lhe perguntar se ele era mesmo o Cristo (Mat. 11:2-6).
Assim, temos abundantes provas de que Jesus usou lições objetivas para tornar seu ensino mais atrativo, mais claro e mais impressionante. Alguns dos seus ensinamentos mais lembrados foram assim apresentados. Podemos usar o mesmo método, se desejarmos. C. H. Woolston foi pastor da Igreja Batista do Leste de Filadélfia mais de quarenta anos, em grande parte por ter centralizado seu ministério nas crianças c desenvolvido um elaborado sistema de lições objetivas na apresentação de suas mensagens. Podemos usar, com grande proveito, o quadro-negro, cartazes e gravuras, bem como reproduções d: quadros notáveis.
J. M. Price - A PEDAGOGIA DE JESUS, O Mestre por Excelência, 3º edição, JUERP
Roberto meus Parabéns... que o Senhor te abençoe muito.... as suas lições são ótimas!!! .
Alice Laura
17-07-09, 03:33 PM
Oi amei esse estudo!!Obrigada!!
Katia0261
27-11-09, 09:04 AM
Ainda nao tinha lido esse topico. Muito bom a gente relembrar de usar objetos visuais pra dinamizar as aulas. Isso nao so "levanta" a atenção das crianças (ou adultos) como tb a nossa fixação. Usando objetos "vivos" há, conforme sabemos uma melhora consideravel no ensino.
Boa dica essa Roberto. Agradeço neste momento a Deus por me levar a ler esse artigo, ha tanto tempo aqui no portal q eu nao tinha me percebido. Mas tb, ...rs sao tantas coisas maravilhosas q temos aqui q um dia nao daria pra se ver ou ler tudo de precioso.
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