Pr. Cleverson
27-04-05, 02:08 AM
O "Cheiro" da Irreverência
Pr. José Infante Jr.
Minha esposa preparou um peixe para o almoço. Ela soube unir a virtude de ser santista (Santos, terra do peixe) com a formosa culinária da “terrinha” e, sorte minha, que cozinheira (principalmente em “peixadas”) ficou!
Mas voltando ao almoço, o cheiro do peixe ficou por toda a casa. Tudo exalava peixe. Voltei, após o almoço ao gabinete na Igreja. Ao cair da tarde, chegando em casa, D. Ana me perguntou: Ainda há “cheiro de peixe?” Claro, respondi, o cheiro de peixe ainda está “fresquinho”. “Pois eu não sinto mais, acho que acostumei com ele no período da tarde”, disse-me preocupada, pois à noite teríamos visitas.
Esse fato corriqueiro, numa vida familiar, fez-me pensar sobre o perigo de nos acostumarmos com “cheiros” ou “balidos estranhos”. As “ovelhas de Agague” não incomodavam Saul. O monarca logo se adaptou ao “cheiro” e ao balido estranho do “outro curral”. O profeta Samuel, sensível às verdades do Senhor, denunciou a presença de “elementos estranhos” no arraial de Israel.
Há determinados “odores” que, a sorrelfa, chegaram e já se tornaram “normais” no arraial. A falta de reverência é um deles. Qual a parábola do camelo que manerosamente foi colocando o beduíno para fora da tenda, assim a reverência foi cedendo à irreverência em muitos cultos em nosso próprio arraial. Falta o “respeito pelas coisas sagradas” (real definição de reverência).
Nas Escrituras o assunto é vasto. Somos exortados a “servir a Deus com reverência e santo temor” (Hebreus 12.28). É o que estamos vendo com a chegada do chamado “novos tempos?” O “cheiro” da irreverência foi chegando, chegando e... infelizmente nos acostumamos com ele. O fato de escrever tais linhas não significa que estou isento de problemas na Igreja que pastoreio. Volta e meia é preciso bradar da “torre de vigia” para manter o devido respeito às cousas sagradas do Deus Santo. Lembrar que “o Senhor está no seu santo templo” (Habacuque 2.20) e é o alvo solene do culto que lhe prestamos.
Não acontecendo a devida vigilância vai ficando comum “falar ao celular” durante o culto. Durante a mensagem ou oração o silêncio é quebrado por “acordes chatos” dos celulares. Os aparelhos devem ser desligados no início do culto. Médicos, enfermeiras, ou qualquer situação que exija uma espera de chamada, o aparelho deve ficar no vibracall (quase todos possuem tal recurso). A variedade musical nos celulares é grande. Até hinos de clube de futebol servem de toque. Já ouvi um destes em pleno culto. Tentei consolar-me admitindo ser “obra de visitante”. Posteriormente falei à Igreja sobre o cuidado em manter a reverência e cuidar para não perder o olfato espiritual. Acostumar-se com coisas que, segundo o “mundão”, “não tem nada a ver” (ainda estou tentando convencer-me sobre o visitante e o “hino” daquele clube carioca) é ficar insensível ao “cheiro da irreverência”.
Ainda sobre os celulares, é bom os pais perguntarem aos filhos – principalmente os adolescentes – sobre o quê pregou o pastor! Eu coloquei um ponto de exclamação propositadamente; pois a “turma” (alguns), enquanto acontece o culto, usa o celular para os tais “joguinhos virtuais”. E se não houver brado, acostumam-se com o “cheiro”.
Mas não é só celulares que afetam a reverência. E a sede que dá na hora do culto? Se há hora em que a bexiga mais enche, o ventre mais incomoda e o corpo reclama por água, sem dúvida alguma é hora do culto. É claro que acontece necessidades de “última hora”, mas é bom uma palavra de preparo, lembrando o povo de beber água e acertar as necessidades possíveis antes do culto. Sempre lembrando o povo o valor da reverência que se deve ter na Casa de Deus, acontecendo a necessidade de alguém sair no meio da ordem da programação, é de lógica dedução que se deve a uma necessidade de extrema urgência. O que não pode acontecer é Satanás tirar proveito da simplicidade (ou simploriedade?) de alguns para tirar a reverência do culto. A santidade de Deus exige reverência por parte dos seus adoradores.
O assunto é muito vasto. Vai das vestes aos bilhetinhos e passa pelos “cochichos ao pé do ouvido”. Mesmo “cochichando” sobre a mensagem com outros, o crente que “cochicha” pode atrapalhar a compreensão do visitante sobre a mesma. Todo cuidado é pouco. E há, ainda, infelizmente os “risos amarelos”. Aqueles que, durante o culto, estão rindo, rindo e totalmente desapercebidos do que significa adoração em espírito e verdade.
Não, não podemos nunca nos acostumarmos com o “cheiro” da irreverência. Nadabe e Abiu morreram por falta de reverência. Deus feriu a Uzá por causa de irreverência (1Samuel 6.6-7). A irreverência pode matar um culto e, como conseqüência, obstacular a ação do Espírito Santo.
Urge muita vigilância de nossa parte. O bom cheiro que marca um culto é o “bom perfume de Cristo”. Este aroma permeia um culto solene e reverente. Afirma que a “irreverência dos tempos difíceis” (2Timóteo 3.2) está sob os pés de Jesus.
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Pr. José Infante Jr.
Minha esposa preparou um peixe para o almoço. Ela soube unir a virtude de ser santista (Santos, terra do peixe) com a formosa culinária da “terrinha” e, sorte minha, que cozinheira (principalmente em “peixadas”) ficou!
Mas voltando ao almoço, o cheiro do peixe ficou por toda a casa. Tudo exalava peixe. Voltei, após o almoço ao gabinete na Igreja. Ao cair da tarde, chegando em casa, D. Ana me perguntou: Ainda há “cheiro de peixe?” Claro, respondi, o cheiro de peixe ainda está “fresquinho”. “Pois eu não sinto mais, acho que acostumei com ele no período da tarde”, disse-me preocupada, pois à noite teríamos visitas.
Esse fato corriqueiro, numa vida familiar, fez-me pensar sobre o perigo de nos acostumarmos com “cheiros” ou “balidos estranhos”. As “ovelhas de Agague” não incomodavam Saul. O monarca logo se adaptou ao “cheiro” e ao balido estranho do “outro curral”. O profeta Samuel, sensível às verdades do Senhor, denunciou a presença de “elementos estranhos” no arraial de Israel.
Há determinados “odores” que, a sorrelfa, chegaram e já se tornaram “normais” no arraial. A falta de reverência é um deles. Qual a parábola do camelo que manerosamente foi colocando o beduíno para fora da tenda, assim a reverência foi cedendo à irreverência em muitos cultos em nosso próprio arraial. Falta o “respeito pelas coisas sagradas” (real definição de reverência).
Nas Escrituras o assunto é vasto. Somos exortados a “servir a Deus com reverência e santo temor” (Hebreus 12.28). É o que estamos vendo com a chegada do chamado “novos tempos?” O “cheiro” da irreverência foi chegando, chegando e... infelizmente nos acostumamos com ele. O fato de escrever tais linhas não significa que estou isento de problemas na Igreja que pastoreio. Volta e meia é preciso bradar da “torre de vigia” para manter o devido respeito às cousas sagradas do Deus Santo. Lembrar que “o Senhor está no seu santo templo” (Habacuque 2.20) e é o alvo solene do culto que lhe prestamos.
Não acontecendo a devida vigilância vai ficando comum “falar ao celular” durante o culto. Durante a mensagem ou oração o silêncio é quebrado por “acordes chatos” dos celulares. Os aparelhos devem ser desligados no início do culto. Médicos, enfermeiras, ou qualquer situação que exija uma espera de chamada, o aparelho deve ficar no vibracall (quase todos possuem tal recurso). A variedade musical nos celulares é grande. Até hinos de clube de futebol servem de toque. Já ouvi um destes em pleno culto. Tentei consolar-me admitindo ser “obra de visitante”. Posteriormente falei à Igreja sobre o cuidado em manter a reverência e cuidar para não perder o olfato espiritual. Acostumar-se com coisas que, segundo o “mundão”, “não tem nada a ver” (ainda estou tentando convencer-me sobre o visitante e o “hino” daquele clube carioca) é ficar insensível ao “cheiro da irreverência”.
Ainda sobre os celulares, é bom os pais perguntarem aos filhos – principalmente os adolescentes – sobre o quê pregou o pastor! Eu coloquei um ponto de exclamação propositadamente; pois a “turma” (alguns), enquanto acontece o culto, usa o celular para os tais “joguinhos virtuais”. E se não houver brado, acostumam-se com o “cheiro”.
Mas não é só celulares que afetam a reverência. E a sede que dá na hora do culto? Se há hora em que a bexiga mais enche, o ventre mais incomoda e o corpo reclama por água, sem dúvida alguma é hora do culto. É claro que acontece necessidades de “última hora”, mas é bom uma palavra de preparo, lembrando o povo de beber água e acertar as necessidades possíveis antes do culto. Sempre lembrando o povo o valor da reverência que se deve ter na Casa de Deus, acontecendo a necessidade de alguém sair no meio da ordem da programação, é de lógica dedução que se deve a uma necessidade de extrema urgência. O que não pode acontecer é Satanás tirar proveito da simplicidade (ou simploriedade?) de alguns para tirar a reverência do culto. A santidade de Deus exige reverência por parte dos seus adoradores.
O assunto é muito vasto. Vai das vestes aos bilhetinhos e passa pelos “cochichos ao pé do ouvido”. Mesmo “cochichando” sobre a mensagem com outros, o crente que “cochicha” pode atrapalhar a compreensão do visitante sobre a mesma. Todo cuidado é pouco. E há, ainda, infelizmente os “risos amarelos”. Aqueles que, durante o culto, estão rindo, rindo e totalmente desapercebidos do que significa adoração em espírito e verdade.
Não, não podemos nunca nos acostumarmos com o “cheiro” da irreverência. Nadabe e Abiu morreram por falta de reverência. Deus feriu a Uzá por causa de irreverência (1Samuel 6.6-7). A irreverência pode matar um culto e, como conseqüência, obstacular a ação do Espírito Santo.
Urge muita vigilância de nossa parte. O bom cheiro que marca um culto é o “bom perfume de Cristo”. Este aroma permeia um culto solene e reverente. Afirma que a “irreverência dos tempos difíceis” (2Timóteo 3.2) está sob os pés de Jesus.
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