Hellen Gleici
09-01-11, 12:13 PM
TEMA: A História da Igreja
COMENTARISTA: Silas Daniel
LIÇÃO 2 – A EXPANSÃO DA IGREJA
TEXTO BÍBLICO
Atos 11.1926
ENFOQUE BÍBLICO
“E disselhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).
OBJETIVOS
Destacar como a Igreja Primitiva foi levada a cumprir a Grande Comissão, dada por Jesus em Marcos 16.15.
Ressaltar a importância do zelo missionário para a vida, o crescimento e a saúde das igrejas.
Despertar o desejo de, assim como os primeiro cristãos, dedicar ao labor evangelístico.
SUGESTÃO
Realizar tarefa evangelística.
Fazer biografia de Paulo:
Sua educação, conversão, primeiros passos, chamada para a obra missionária.
Em grupo, realizar mapas sobre viagens missionárias.
Focalizar personagens em cada lugar que Paulo visitou.
INTRODUÇÃO
Estudaremos com a graça de Deus, como a Igreja compreendeu a sua missão de estender a evangelização a todos os povos.
A PERSEGUIÇÃO LEVOU A IGREJA PRIMITIVA À OBRA MISSIONÁRIA.
Evangelizar era tarefa prioritária da Igreja. Dentre os sete diáconos escolhidos em At. 6, observamos que, especialmente, dois se destacaram:
Estêvão e Filipe.
Vamos focalizar a origem da perseguição e suas conseqüências.
Estêvão pregava o Evangelho e “fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Ele debatia com seus opositores (At 6.9).
Na exposição do Evangelho, os opositores de Estêvão “Não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6.10).
Estêvão foi acusado injustamente, subornaram pessoas que afirmaram:
“Ouvimos Estêvão falar palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus” (At 6.11–NVI). O jovem foi acusado de ofender Deus e de anunciar a destruição do Templo (At 6.13).
O jovem Estêvão foi conduzido ao Sinédrio e ali fez uma brilhante defesa da sua fé. É notável o conhecimento da Bíblia de Estêvão. Entretanto, as pessoas rejeitaram suas palavras e ele morreu apedrejado (At 7.58). Entretanto, havia uma testemunha que, mais tarde, se converteria: “um jovem chamado Saulo” (At 7.58b).
Com a morte de Estêvão, iniciase uma grande perseguição contra a igreja:
Havia o temor de que o Cristianismo se espalhasse; julgavam que o Cristianismo era uma afronta ao Judaísmo. Então, a tática empregada por Satanás foi a perseguição: assim quem sabe os cristãos não desistiriam de sua crença ante o perigo de prisão e de morte? Notamos que, nessa perseguição, a princípio os apóstolos foram poupados: “E fezse, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém, e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos” (At.8.2).
Com a perseguição, os cristãos foram obrigados a sair de seu território e então proclamaram o Evangelho por onde passavam (At 8.4). Imaginemos a grande massa de cristãos falando de Jesus em cada local a que chegavam. Evangelizaram o país e outras regiões fora do país, onde foram obrigados a refugiaremse.
As autoridades poderiam pensar que a perseguição desestimularia a divulgação do Evangelho, entretanto foi essa perseguição que permitiu que muitas pessoas ouvissem o testemunho da boca os discípulos. Cada um era um evangelista! Diante da perseguição não foram covardes, mas falavam de Jesus, o Salvador.
OBS: “A maior parte da obra que contribuiu poderosa e decisivamente para espalhar a causa da cruz foi realizada pelos cristãos em geral. Por suas vidas, especialmente pelo seu grande amor fraternal e também pelo amor aos descrentes, pela fidelidade e coragem sob as perseguições pelo testemunho oral da história do Evangelho, esses desconhecidos servos de Cristo levaram aos pés do Salvador a quase totalidade dos que foram ganhos para a Ca usa do Evangelho naquele tempo”
(Robert Hastings NICHOLS. História da Igreja Cristã, p.42).
O Evangelho se espalha por Samaria Filipe, o diácono, (não o apóstolo) iniciou sua pregação em Samaria. Ele compreendeu que os samaritanos, embora não fossem judeus, estavam incluídos no plano de salvação. Jesus havia falado da salvação a uma mulher samaritana (Jo 4). Samaritanos creram em Jesus devido em primeiro lugar ao testemunho da samaritana (Jo 4.39): depois eles mesmos constataram que Jesus era o Salvador (Jo 4.42).
Em outra ocasião, Jesus fora repudiado pelos samaritanos (Lc 9.5256).
A Bíblia destaca a entrada do Evangelho em Samaria:
“E houve grande alegria naquela cidade” (At 8.8).
Havia libertação e cura acompanhando a pregação do Evangelho.
Pedro e João, sabendo do recebimento do Evangelho pelos samaritanos, oraram e eles receberam o batismo com o Espírito Santo.
Em Samaria, Filipe pregou à multidão.
Agora, Filipe irá testemunhar a uma pessoa, sedenta de conhecer a Palavra de Deus. Para Deus tanto é importante a salvação de uma multidão, como de uma pessoa. Filipe recebera a ordem: “E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo:
Levantate e vai para a banda do Sul, ao caminho que descer de Jerusalém para Gaza, que está deserto” (At 8.26).
OBS: Referese à antiga Gaza, “que está deserta”; foi destruída em 93 a.C. por Alexandre Janeu. (A Nova Gaza, localizavase próxima ao Mediterrâneo).
O pregador da multidão teria caminhar 96 quilômetros para obedecer à ordem que era precisa: ir de Jerusalém para Gaza, um caminho deserto. Só o amor de Deus pôde fazer com que Filipe se dispusesse a empreender tão longa caminhada. O que faria Filipe em um caminho deserto? Ele percebeu que um homem de elevada função lia o profeta Isaías. Filipe aguardou a orientação: “E disse o Espírito a Filipe: Chegate e ajuntate a esse carro” (At.8.29)
Existiam vários caminhos para se ir de Jerusalém a Gaza.
O Espírito Santo sabia onde se encontrava “um eunuco etíope, um oficial importante, encarregado de todos tesouros de Candace, rainha dos etíopes” (At 8.27b NVI).
O oficial regressava de Jerusalém para sua terra.
Talvez tenha comprado em Jerusalém o rolo do profeta Isaías.
Como os orientais, tinham por hábito fazêlo: lia em voz alta.
Filipe foi ao encontro do estadista: “Correndo” (At 8.30).
Não queria perder a oportunidade de falar de Jesus.
Perguntoulhe “Entendes tu o que lês?” (At 8.30b).
O etíope convidou Filipe para entrar em sua carruagem (At 8.31).
Filipe anunciou ao eunuco sobre Jesus. Um homem simples ensinando a um homem influente sobre a salvação.
O eunuco manifestou o desejo de ser batizado:
“E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus” (At 8.37).
A Bíblia destaca que “Ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco” (At 8.38 b ARA).
O eunuco certamente levaria a sua terra a mensagem de salvação.
Filipe pregara os samaritanos, agora cumpria outra parte do que Jesus falou, pois o Evangelho chegou à distante Etiópia na África.
Filipe foi arrebatado, não viu mais o eunuco, contudo continuou a evangelizar as cidades até chegar a Cesaréia.
O Evangelho chega a Damasco
Desde o início, Saulo foi um inimigo do Cristianismo.
Onde se encontrasse um cristão, lá estava Saulo a perseguilos:
“E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8.3).
Fatos sobre Paulo
Seu nome Saulo (equivalente ao primeiro rei de Israel); seu nome romano, na língua oficial do império romano, o Latim, era Paulo (“Paulus”, que significa “pequeno”). Não nos esqueçamos de que Paulo possuía a cidadania romana: “Todavia, Saulo, que também se chama Paulo” (At 13.9a).
Nascimento: Tarso, na Cilícia (At 9.11; 21.39; 22.3.).
OBS: A cidade grega “Tarso” era um importante centro comercial.. Era famosa por sua cultura:
(Tarso) se tornou a Atenas do Mediterrâneo oriental, uma cidade universitária, para onde convergiam homens de erudição” (Russell Norman Champlin, Ph. D em Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, v. 6, p. 323). Era o terceiro centro cultural da época depois de Atenas (na Grécia) e Alexandria (no Egito). Foi incorporada à província da Síria.
Era judeu, da tribo de Benjamim (Fl 3.5b)
Era fariseu (Fl 3.5c).
OBS:
Acredita se que os fariseus surgiram na época que antecedeu a guerra dos Macabeus (esta ocorreu em 140a.C, revolta essa motivada, pela investida impiedosa de Antíoco Epifânio 175 163 A.C. , contra os valores judaicos, pois introduziu animal imundo no templo, destruiu todas as cópias da lei que pôde encontrar e proibiu a circuncisão, entre outras ações). A influência grega era enorme; havia um receio de que, com a cultura grega, fossem introduzidas práticas idólatras.
Os fariseus desejam defender a integridade judaica e a Lei.
Com o tempo, tornaramse formalistas, julgandose superiores aos demais, (como Jesusexpressou na parábola do fariseu e do publicano, Lc.18.914); como se fossem os únicos a obedecerem à Lei (só que não o faziam– Mt. 23.2).
Jesus fez um discurso contra eles, desatacando que eles se esqueceram do espírito da Lei (Mt. 23.23). Apreciavam fazer determinadas ações em público para tentar mostrar sua religiosidade (Mt. 23.57).
Os fariseus se sentiram ameaçados com o ensino de Jesus (Jo.7. 47 49). Istonão quer dizer que não houvesse fariseus que buscassem de Deus de forma sincera.
Alguns fariseus se interessaram por Jesus (Lc. 7.36).
Nicodemos era fariseu e, em certa ocasião, defendeu Jesus (Jo.7.5051);
José de Arimatéia (Mc. 7.43 ARA: “membro do inédrio”).
Quanto a Paulo era conhecedor da Lei, das tradições judaicas, entretanto possuía um “zelo sem entendimento” (Rm.10.2), que o levou à perseguição indiscriminada contra a Igreja.
Seu professor, Gamaliel, fariseu, doutor da Lei, era moderado (At. 5.3440).
Zeloso das tradições: “No judaísmo, eu superava a maioria dos judeus da minha idade, e era extremamente zeloso das tradições de meus antepassados” (Gl 1.14NVI).
Jovem, já se destacava pelo zelo que possuía relativo aos conhecimentos adquiridos.
O Evangelho alcançou a cidade de Damasco, na Síria.
Até lá, já havia cristãos.
Tanto é verdade que Saulo resolveu perseguir os cristãos.
Não bastava perseguir em sua própria nação.
Saulo desejava acabar com o Cristianismo.
Assim, com o seu “zelo” resolveu pedir autorização e documentos, a fim de que até no exterior pudesse e realizar o seu trabalho de oposição contra o Evangelho.
Saulo dirigiuse ao sumo sacerdote “e pediulhes cartas para Damasco para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita querem homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém” (At 9.2).
Felizmente, Saulo teve um encontro com Jesus:
“E indo, no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.34).
O impacto foi forte sobre Saulo: “E como eu não via por causa do esplendor daquela luz, fui levado pela mão dos que estavam comigo e cheguei a Damasco” (At 22.11).
Saulo ficou três sem ver, sem alimentarse (At 9.9).
Deus enviou o discípulo Ananias para orar pelo perseguidor.
O Senhor mostrou onde Saulo estava: “Levantate, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando” (At 9.11)
O discípulo Ananias ficou receoso em ir até Saulo;
Conhecia a fama do perseguidor.
O Senhor declarou: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome, diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrei quanto deve padecer pelo meu nome” (At.9.1516).
Paulo conforme ficou mais conhecido proclamou o Evangelho aos filhos de Israel, e aos, gentios. Ele compreendia que todos necessitavam de salvação, que esta não era apenas para os judeus. Ananias orou, para que Saulo tivesse a visão recuperada e fosse cheio do Espírito Santo (At 9.17).
A seguir, o experseguidor foi batizado nas águas.
O interessante é que o Senhor apareceu em visão a Ananias, falando de Saulo (At 9.10) e Saulo também teve uma visão em que via Ananias (At 9.12). Um foi mostrado ao outro por Deus!
Assim Paulo começou a obra de evangelização em Damasco e em Jerusalém:
“Antes, anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento” (At 26.20).
Os judeus enfureceramse, pois um judeu influente se convertera ao Cristianismo e tentaram matálo.
Duas pessoas foram importantes na vida de Paulo no seu início:
O discípulo Ananias e Barnabé.
Este foi o introduziu aos apóstolos, de modo que ninguém pudesse duvidar da autenticidade da conversão de Saulo: “Então, Barnabé, tomandoo consigo, o trouxe aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor, e estelhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus” (At 9.27).
O Evangelho em Cesaréia
Filipe pregou em Cesaréia (At 8.40).
Entretanto, a Igreja Primitiva ainda não havia realizado a missão direta entre osgentios.
Agora por meio de Cornélio, a Igreja seria levada a defrontarse com os gentios e introduzilos na igreja.
Não poderia haver uma distância, uma separação entre judeus e gentios.
OBS: A Bíblia destaca que Cornélio era um centurião, isto é, comandava cem homens.
Morava em Cesaréia, a marítima. (A outra Cesaréia era a de Filipe, local onde Pedro fez importante declaração Mt 16.13, 1517).
Era o local da residência do governador e aí permanecia o grupo de soldados para atuar em qualquer necessidade. Cesaréia era também a capital romana daPalestina, razão pela qual havia um destacamento militar na cidade.
Devemos lembrar que estamos no período do império romano. Portanto, a Palestina estava dominada por esse império, Cornélio era um homem destacado para servir ao exército romano como comandante. Embora os romanos fossem opressores, esmagando com violência qualquer rebelião, entretanto, os centuriões tinham uma imagem positiva perante o povo (Lc.7).
Cornélio, um centurião, homem que ocupava função de alta responsabilidade era um homem temente a Deus e orava “de contínuo” (At 10.2).
Orava constantemente.
Ele já havia tomado contato com a crença dos judeus em um único Deus. Ele não era judeu, mas um gentio que já buscava a Deus Era um homem exemplar: “Cornélio, o centurião, varão justo e temente a Deus e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que te chamasse a sua casa e ouvisse as suas palavras” (At 10.22). A Bíblia declara sobre Cornélio que “as tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus” (At 10.4b).
O anjo ordenoulhe que fosse procurar Pedro. “Este está com um certo Simão, curtidor, que tem a sua casa junto ao mar. Este te dirá o que deves fazer” (At 10.6). Notamos que o mensageiro angelical não disse o que o centurião deveria fazer. A tarefa de falar de Jesus cabe aos homens. Esse é um grande privilégio. Podemos observar que Pedro já tinha dado um passo grande em direção ao rompimento do preconceito, pois estava hospedado na casa de um curtidor.
OBS:
O profissional que trabalhava com o couro era o curtidor. Era indispensável seu trabalho, pois eram feitos vasos, cintos, calçados e mesmo os pergaminhos.
As substâncias utilizadas possuíam um odor extremamente desagradável.
Os judeus consideravam a profissão imunda, uma vez que era necessário ter contato com corpos de animais mortos. “Um tendeiro (ou artesão em couro) tinha de tirar primeiro a pele do animal, remover depois o pêlo, tornála macia para o uso e algumas vezes tingila. Os pêlos eram removidos raspando, molhando e aplicando cal. As peles eram então mergulhadas em água contendo cascas de carvalho e folhas de sumagre, esfregadas com estrume de cachorro e depois marteladas. O trabalho era tão malcheiroso que o curtidor tinha de trabalhar fora da cidade”
(Ralph GOWER. Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, tr. Neyd Siqueira, p. 160).
Havia necessidade do encontro do judeu Pedro com o gentio Cornélio para haver mudança de mentalidade no que se refere à evangelização dos gentios.Pedro estando orando e teve uma visão na qual lhe foi mostrador de que não deveria recusar nenhum alimento. O apóstolo deveria deixar de lado sua recusa em comer determinados alimentos conforme prescreva as leis dos judeus. Assim, Pedro não deveria recusar proclamar a palavra de Deus a qualquer gentio. O Espírito Santo ordena que Pedro acompanhe de Jope a Cesaréia aqueles mensageiros de Cornélio.
Cornélio desejava obter a salvação para si e seus familiares e amigos:
“E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos” (At 10.24).
Pedro iniciou sua pregação dizendo: “Vocês sabem muito bem que é contra a nossa lei um judeu associarse a um gentio ou mesmo visitálo. Mas Deus me mostrou que eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum” (At 10.27b - NVI). Ainda quando Pedro falavam a palavra de Deus, o Espírito Santo foi derramado na casa de Cornélio: “Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus” (At 10.46). Pedro teve de justificarse por ter entrado na casa de um gentio (At 11.3). O apóstolo assim se expressou: “Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era, então eu, para que pudesse resistir a Deus?” (At 11.17). Assim, a Igreja de Jerusalém reconheceu que: “Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida” (At 11.18).
Um gigantesco passo fora dado em direção aos gentios sob a orientação do Espírito Santo. Todavia, ainda nem todos concordavam com isso:
“Se vós não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podereis salvar vos” (At 15.1). Eram os judaizantes que queriam obrigar os gentios a seguir a Lei e então poderiam ingressar na Igreja.
Assim, tornariam o Cristianismo,um judaísmo disfarçado.
Os judaizantes talvez temessem que os gentios controlassem a igreja. Paulo lutou contra os judaizantes, pois percebeu o perigo de diminuir a pessoa de Cristo, bem como se rejeitar a fé para a salvação. Paulo resolveu ir a Jerusalém, onde a pressão contra os gentios era muito forte. Formou se a assembléia (o Concílio) em Jerusalém para debater a questão. Na reunião, todos estavam representados: “a igreja, apóstolos e anciãos” (At 15.4). Havia os que cariam em Jesus, mas desejavam impor regras judaicas aos gentios:
“Alguns, porém da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá los e mandar lhes que guardassem a lei de Moisés” (At 15.5).
Após Pedro, Paulo Barnabé terem falado da obra de Deus entre os gentios, a decisão foi comunicada por Tiago:
“Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, da carne sufocada e da fornicação“ (At 15. 28 29a).
Finalmente, houve uma concordância entre judeus e gentios. Estes não precisavam praticar a circuncisão; deveriam abandonar, contudo, certas práticas deveriam ser abandonadas.
OBS: Os gentios não deveriam alimentar se com carnes, que eram oferecidas aos ídolos. Carne sufocada é aquela em que o sangue não foi retirado. Não deveriam comer sangue. E qualquer tipo de imoralidade sexual deveria ser abandonada.
Gentios
Os gentios também eram chamados de gregos (At. 11.20).
Eram chamados de estrangeiros. Eram todas as pessoas que não faziam parte da comunidade de Israel, não obedecendo à lei de Moisés. Entretanto, alguns seguiam os preceitos judaicos sem aderirem ao batismo e à circuncisão.
Eram idólatras: “Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados” (1Co. 12.12).
Diferenças nos hábitos. Era difícil até para um judeu comer junto com o gentio, pois havia leis específicas quanto à comida.
De acordo com a lei de Moisés, havia determinados animais, peixes e aves que não deveriam ser incluídos na alimentação dos judeus. Eram também consideradas impuras as pessoas que não obedecessem às recomendações específicas da alimentação.
O Evangelho em Antioquia, Fenícia e Chipre
A Bíblia destaca: “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus” (At 11.19).
Ainda com a dispersão, o Evangelho era comunicado somente aos judeus. Logo, a situação seria mudada
Fenícia: Esta se constitui no atual Líbano. Localizavasenas costas orientais doMar Mediterrâneo.
Na época de Jesus, era considerada Fenícia a região costeira ao redor de Tiro e Sidom.
Os habitantes da região eram denominados siro fenícios.
Chipre:
Situase a leste do Mar mediterrâneo.
È a terceira maior ilha do Mediterrâneo.
Sua atual capital é Nicósia. Era a terra natal de Barnabé (At 4.36).
O Natural de Chipre é cíprio ou. cipriota.
Os cristãos de Chipre e de Cirene entraram em Antioquia da Síria e falaram aos gregos do Evangelho de Jesus (At 11.20).
Os cristãos de Chipre e de Cirene foram impulsionados a testemunhar de Jesus a outros povos, a nãojudeus.
Finalmente, o Evangelho teria um grande desenvolvimento entre os gentios.
OBS: Cirene era um porto ao Norte da África. Simão, Cireneu ajudou a carregar a cruz (Mc 15.21).
Os cristãos entraram em Antioquia da Síria (não confundir com Antioquia da Pisídia At 13.14), falaram de Jesus e foram bem sucedidos.
Antioquia da Síria era a terceira cidade em importância do Império Romano: possuía 500.000 habitantes. A Bíblia destaca sobre a entrada do Evangelho em Antioquia da Síria: “E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor” (At 11.21). Era necessário cuidar dos convertidos de Antioquia da Síria. Foi enviado Barnabé que animou todos a permanecerem no Senhor (At 11.2324).
Barnabé também trouxe Saulo para ajudar em Antioquia da Síria.
Permaneceram um ano, ensinando na igreja.
Um fato importantíssimo ocorreu em Antioquia da Síria: “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At 11.26b). Finalmente, os discípulos foram identificados como seguidores de Cristo, não do Judaísmo!
A Igreja de Antioquia da Síria foi importante para divulgação do Evangelho aos gentios.
Mais tarde, quando o templo de Jerusalém foi destruído (70 d.C.), e os judeus ficaram impedido de entrar em Jerusalém, já havia um novo centro evangelístico. Antioquia da Síria cresceu, havia obreiros destacados (At 13.1). Era una igreja de conhecimento bíblico, oração e jejum. Tornouse um centro missionário. Foi nessa igreja, que foram chamados os missionários: “Separaime agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2b ARA).
Paulo e Barnabé já serviam ao Senhor; Este já os havia chamado; esperavam o momento, o tempo de Deus pata saírem para o trabalho missionário. Saíram abençoados pela igreja (At 13.3). A igreja tem o compromisso de ajudar, sustentar, orientar os missionários.
OBS. Eis uma pequena ilustração. Certo homem estava morrendo congelado nos Alpes.
Deitouse no que parecia ser um toro coberto de neve, aguardando a morte. Percebeu que não era um toro recoberto de neve, mas um homem que estava morrendo. O homem resolveu fazer tudo o que podia para salvar o ser humano que estava diante de si.
Esfregava o, rolavao, davalhe palmadas, a fim de estimular a vida do outro. Percebeu, então, que também ele já estava revivendo: a energia gasta com o outro homem, acabara por reativar o sangue em seu próprio corpo. (Myer PERLMAN.
Atos e a Igreja se fez Missões, p. 150151 – Ilustração resumida).
Igualmente nós, ao transmitirmos a nova vida em Cristo, também receberemos vida.
A Igreja que evangeliza, cuida de Missões, tornase cada vez mais uma igreja frutífera, saudável.
O exemplo do apóstolo Paulo foi incansável na sua tarefa de levar o Evangelho a todos os povos.
Em primeiro lugar, ele compreendeu o caráter universal do Evangelho.
Assim, percorria o mundo a anunciar Cristo.
Tivera educação privilegiada aos pés de Gamaliel.
Era cidadão romano (At 22.28).
Assim, usou seus direitos, quando necessário.
O missionário Paulo era incansável. Debatia nas sinagogas. (At 13.15 43). Pregava os gentios (At 13.47).
Com filósofos (At 17.1534).
Não se esquivava de apresentar Cristo a quem quer que fosse.
Enfrentou oposição, prisão, mas não desanimou.
Até na prisão, pregou o Evangelho (At 28.31).
Paulo foi um notável divulgador do Evangelho.
Os convertidos eram usados para levar o Evangelho às regiões vizinhas.
O apóstolo não deixava as igrejas sem orientação:
líderes, presbíteros eram colocados na direção das igrejas (At 14.23). Em seu objetivo de levar Cristo, procurava levar Cristo a regiões não alcançadas (Rm 15.20).
As igrejas eram revisitadas para verificar o seu estado e serem fortalecidas:
“Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão” (At 15.36).
Paulo sempre estava em contato com as igrejas por meio de pessoas que as visitavam ou de enviados às igrejas (1Ts 3.6).
Um trabalho sem dúvida notável foi onde escrever às igrejas.
Ele deunos a maior parte do Novo Testamento.
Em suas cartas, abordava problemas que as igrejas enfrentavam.
Os convertidos eram tratados com amor: “Pois vocês sabem que tratamos cadaum como um pai trata seus filhos, exortando, consolando, e dando testemunho,para quer vocês vivam de maneira digna de Deus, que os chamou para o seu Reino e glória” (1Ts 1.1112 NVI).
Era enérgico, quando a situação o exigia (Gl 5.18).
Paulo, por meio de suas viagens, apresentou Cristo ao mundo de sua época.
Assim, ele se referiu a sua missão:
“Mas, alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje permaneço, dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer, isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios” (At 26.2223).
CONCLUSÃO
A Igreja Primitiva foi um exemplo, transmitindo o Evangelho ao mundo de sua época. Os cristãos enfrentaram problemas e perseguições, porém não se deixaram intimidar. Buscaram o poder do Espírito Santo para cumprir sua missão.
Igualmente, nós devemos ter o amor pelos perdidos, que desconhecem a Cristo.
Meditemos nas palavras deste hino:
“Morri na cruz por ti:/ Morri pra te livrar! Meu sangue, ali, verti,/ E posso te salvar”. / “Morri! morri na cruz por ti:/ Que fazes tu por mim?/ Morri! morri na cruz por ti: / Que fazes tu por mim/”
(1 a estrofe e estribilho hino 569 da Harpa Cristã).
Colaboração para o Portal EscolaDominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu.
OBS.: O site de origem não se encontra no ar http://www.escoladominical.com.br, havia salvo os subsídios em arquivo pdf, estarei postando no blog http://www.hellengleici.blogspot.com, este espaço e ou enviando conforme solicitação.
Boa aula!
Tia Hellen Gleici
COMENTARISTA: Silas Daniel
LIÇÃO 2 – A EXPANSÃO DA IGREJA
TEXTO BÍBLICO
Atos 11.1926
ENFOQUE BÍBLICO
“E disselhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).
OBJETIVOS
Destacar como a Igreja Primitiva foi levada a cumprir a Grande Comissão, dada por Jesus em Marcos 16.15.
Ressaltar a importância do zelo missionário para a vida, o crescimento e a saúde das igrejas.
Despertar o desejo de, assim como os primeiro cristãos, dedicar ao labor evangelístico.
SUGESTÃO
Realizar tarefa evangelística.
Fazer biografia de Paulo:
Sua educação, conversão, primeiros passos, chamada para a obra missionária.
Em grupo, realizar mapas sobre viagens missionárias.
Focalizar personagens em cada lugar que Paulo visitou.
INTRODUÇÃO
Estudaremos com a graça de Deus, como a Igreja compreendeu a sua missão de estender a evangelização a todos os povos.
A PERSEGUIÇÃO LEVOU A IGREJA PRIMITIVA À OBRA MISSIONÁRIA.
Evangelizar era tarefa prioritária da Igreja. Dentre os sete diáconos escolhidos em At. 6, observamos que, especialmente, dois se destacaram:
Estêvão e Filipe.
Vamos focalizar a origem da perseguição e suas conseqüências.
Estêvão pregava o Evangelho e “fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Ele debatia com seus opositores (At 6.9).
Na exposição do Evangelho, os opositores de Estêvão “Não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6.10).
Estêvão foi acusado injustamente, subornaram pessoas que afirmaram:
“Ouvimos Estêvão falar palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus” (At 6.11–NVI). O jovem foi acusado de ofender Deus e de anunciar a destruição do Templo (At 6.13).
O jovem Estêvão foi conduzido ao Sinédrio e ali fez uma brilhante defesa da sua fé. É notável o conhecimento da Bíblia de Estêvão. Entretanto, as pessoas rejeitaram suas palavras e ele morreu apedrejado (At 7.58). Entretanto, havia uma testemunha que, mais tarde, se converteria: “um jovem chamado Saulo” (At 7.58b).
Com a morte de Estêvão, iniciase uma grande perseguição contra a igreja:
Havia o temor de que o Cristianismo se espalhasse; julgavam que o Cristianismo era uma afronta ao Judaísmo. Então, a tática empregada por Satanás foi a perseguição: assim quem sabe os cristãos não desistiriam de sua crença ante o perigo de prisão e de morte? Notamos que, nessa perseguição, a princípio os apóstolos foram poupados: “E fezse, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém, e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos” (At.8.2).
Com a perseguição, os cristãos foram obrigados a sair de seu território e então proclamaram o Evangelho por onde passavam (At 8.4). Imaginemos a grande massa de cristãos falando de Jesus em cada local a que chegavam. Evangelizaram o país e outras regiões fora do país, onde foram obrigados a refugiaremse.
As autoridades poderiam pensar que a perseguição desestimularia a divulgação do Evangelho, entretanto foi essa perseguição que permitiu que muitas pessoas ouvissem o testemunho da boca os discípulos. Cada um era um evangelista! Diante da perseguição não foram covardes, mas falavam de Jesus, o Salvador.
OBS: “A maior parte da obra que contribuiu poderosa e decisivamente para espalhar a causa da cruz foi realizada pelos cristãos em geral. Por suas vidas, especialmente pelo seu grande amor fraternal e também pelo amor aos descrentes, pela fidelidade e coragem sob as perseguições pelo testemunho oral da história do Evangelho, esses desconhecidos servos de Cristo levaram aos pés do Salvador a quase totalidade dos que foram ganhos para a Ca usa do Evangelho naquele tempo”
(Robert Hastings NICHOLS. História da Igreja Cristã, p.42).
O Evangelho se espalha por Samaria Filipe, o diácono, (não o apóstolo) iniciou sua pregação em Samaria. Ele compreendeu que os samaritanos, embora não fossem judeus, estavam incluídos no plano de salvação. Jesus havia falado da salvação a uma mulher samaritana (Jo 4). Samaritanos creram em Jesus devido em primeiro lugar ao testemunho da samaritana (Jo 4.39): depois eles mesmos constataram que Jesus era o Salvador (Jo 4.42).
Em outra ocasião, Jesus fora repudiado pelos samaritanos (Lc 9.5256).
A Bíblia destaca a entrada do Evangelho em Samaria:
“E houve grande alegria naquela cidade” (At 8.8).
Havia libertação e cura acompanhando a pregação do Evangelho.
Pedro e João, sabendo do recebimento do Evangelho pelos samaritanos, oraram e eles receberam o batismo com o Espírito Santo.
Em Samaria, Filipe pregou à multidão.
Agora, Filipe irá testemunhar a uma pessoa, sedenta de conhecer a Palavra de Deus. Para Deus tanto é importante a salvação de uma multidão, como de uma pessoa. Filipe recebera a ordem: “E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo:
Levantate e vai para a banda do Sul, ao caminho que descer de Jerusalém para Gaza, que está deserto” (At 8.26).
OBS: Referese à antiga Gaza, “que está deserta”; foi destruída em 93 a.C. por Alexandre Janeu. (A Nova Gaza, localizavase próxima ao Mediterrâneo).
O pregador da multidão teria caminhar 96 quilômetros para obedecer à ordem que era precisa: ir de Jerusalém para Gaza, um caminho deserto. Só o amor de Deus pôde fazer com que Filipe se dispusesse a empreender tão longa caminhada. O que faria Filipe em um caminho deserto? Ele percebeu que um homem de elevada função lia o profeta Isaías. Filipe aguardou a orientação: “E disse o Espírito a Filipe: Chegate e ajuntate a esse carro” (At.8.29)
Existiam vários caminhos para se ir de Jerusalém a Gaza.
O Espírito Santo sabia onde se encontrava “um eunuco etíope, um oficial importante, encarregado de todos tesouros de Candace, rainha dos etíopes” (At 8.27b NVI).
O oficial regressava de Jerusalém para sua terra.
Talvez tenha comprado em Jerusalém o rolo do profeta Isaías.
Como os orientais, tinham por hábito fazêlo: lia em voz alta.
Filipe foi ao encontro do estadista: “Correndo” (At 8.30).
Não queria perder a oportunidade de falar de Jesus.
Perguntoulhe “Entendes tu o que lês?” (At 8.30b).
O etíope convidou Filipe para entrar em sua carruagem (At 8.31).
Filipe anunciou ao eunuco sobre Jesus. Um homem simples ensinando a um homem influente sobre a salvação.
O eunuco manifestou o desejo de ser batizado:
“E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus” (At 8.37).
A Bíblia destaca que “Ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco” (At 8.38 b ARA).
O eunuco certamente levaria a sua terra a mensagem de salvação.
Filipe pregara os samaritanos, agora cumpria outra parte do que Jesus falou, pois o Evangelho chegou à distante Etiópia na África.
Filipe foi arrebatado, não viu mais o eunuco, contudo continuou a evangelizar as cidades até chegar a Cesaréia.
O Evangelho chega a Damasco
Desde o início, Saulo foi um inimigo do Cristianismo.
Onde se encontrasse um cristão, lá estava Saulo a perseguilos:
“E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8.3).
Fatos sobre Paulo
Seu nome Saulo (equivalente ao primeiro rei de Israel); seu nome romano, na língua oficial do império romano, o Latim, era Paulo (“Paulus”, que significa “pequeno”). Não nos esqueçamos de que Paulo possuía a cidadania romana: “Todavia, Saulo, que também se chama Paulo” (At 13.9a).
Nascimento: Tarso, na Cilícia (At 9.11; 21.39; 22.3.).
OBS: A cidade grega “Tarso” era um importante centro comercial.. Era famosa por sua cultura:
(Tarso) se tornou a Atenas do Mediterrâneo oriental, uma cidade universitária, para onde convergiam homens de erudição” (Russell Norman Champlin, Ph. D em Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, v. 6, p. 323). Era o terceiro centro cultural da época depois de Atenas (na Grécia) e Alexandria (no Egito). Foi incorporada à província da Síria.
Era judeu, da tribo de Benjamim (Fl 3.5b)
Era fariseu (Fl 3.5c).
OBS:
Acredita se que os fariseus surgiram na época que antecedeu a guerra dos Macabeus (esta ocorreu em 140a.C, revolta essa motivada, pela investida impiedosa de Antíoco Epifânio 175 163 A.C. , contra os valores judaicos, pois introduziu animal imundo no templo, destruiu todas as cópias da lei que pôde encontrar e proibiu a circuncisão, entre outras ações). A influência grega era enorme; havia um receio de que, com a cultura grega, fossem introduzidas práticas idólatras.
Os fariseus desejam defender a integridade judaica e a Lei.
Com o tempo, tornaramse formalistas, julgandose superiores aos demais, (como Jesusexpressou na parábola do fariseu e do publicano, Lc.18.914); como se fossem os únicos a obedecerem à Lei (só que não o faziam– Mt. 23.2).
Jesus fez um discurso contra eles, desatacando que eles se esqueceram do espírito da Lei (Mt. 23.23). Apreciavam fazer determinadas ações em público para tentar mostrar sua religiosidade (Mt. 23.57).
Os fariseus se sentiram ameaçados com o ensino de Jesus (Jo.7. 47 49). Istonão quer dizer que não houvesse fariseus que buscassem de Deus de forma sincera.
Alguns fariseus se interessaram por Jesus (Lc. 7.36).
Nicodemos era fariseu e, em certa ocasião, defendeu Jesus (Jo.7.5051);
José de Arimatéia (Mc. 7.43 ARA: “membro do inédrio”).
Quanto a Paulo era conhecedor da Lei, das tradições judaicas, entretanto possuía um “zelo sem entendimento” (Rm.10.2), que o levou à perseguição indiscriminada contra a Igreja.
Seu professor, Gamaliel, fariseu, doutor da Lei, era moderado (At. 5.3440).
Zeloso das tradições: “No judaísmo, eu superava a maioria dos judeus da minha idade, e era extremamente zeloso das tradições de meus antepassados” (Gl 1.14NVI).
Jovem, já se destacava pelo zelo que possuía relativo aos conhecimentos adquiridos.
O Evangelho alcançou a cidade de Damasco, na Síria.
Até lá, já havia cristãos.
Tanto é verdade que Saulo resolveu perseguir os cristãos.
Não bastava perseguir em sua própria nação.
Saulo desejava acabar com o Cristianismo.
Assim, com o seu “zelo” resolveu pedir autorização e documentos, a fim de que até no exterior pudesse e realizar o seu trabalho de oposição contra o Evangelho.
Saulo dirigiuse ao sumo sacerdote “e pediulhes cartas para Damasco para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita querem homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém” (At 9.2).
Felizmente, Saulo teve um encontro com Jesus:
“E indo, no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9.34).
O impacto foi forte sobre Saulo: “E como eu não via por causa do esplendor daquela luz, fui levado pela mão dos que estavam comigo e cheguei a Damasco” (At 22.11).
Saulo ficou três sem ver, sem alimentarse (At 9.9).
Deus enviou o discípulo Ananias para orar pelo perseguidor.
O Senhor mostrou onde Saulo estava: “Levantate, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando” (At 9.11)
O discípulo Ananias ficou receoso em ir até Saulo;
Conhecia a fama do perseguidor.
O Senhor declarou: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome, diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrei quanto deve padecer pelo meu nome” (At.9.1516).
Paulo conforme ficou mais conhecido proclamou o Evangelho aos filhos de Israel, e aos, gentios. Ele compreendia que todos necessitavam de salvação, que esta não era apenas para os judeus. Ananias orou, para que Saulo tivesse a visão recuperada e fosse cheio do Espírito Santo (At 9.17).
A seguir, o experseguidor foi batizado nas águas.
O interessante é que o Senhor apareceu em visão a Ananias, falando de Saulo (At 9.10) e Saulo também teve uma visão em que via Ananias (At 9.12). Um foi mostrado ao outro por Deus!
Assim Paulo começou a obra de evangelização em Damasco e em Jerusalém:
“Antes, anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento” (At 26.20).
Os judeus enfureceramse, pois um judeu influente se convertera ao Cristianismo e tentaram matálo.
Duas pessoas foram importantes na vida de Paulo no seu início:
O discípulo Ananias e Barnabé.
Este foi o introduziu aos apóstolos, de modo que ninguém pudesse duvidar da autenticidade da conversão de Saulo: “Então, Barnabé, tomandoo consigo, o trouxe aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor, e estelhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus” (At 9.27).
O Evangelho em Cesaréia
Filipe pregou em Cesaréia (At 8.40).
Entretanto, a Igreja Primitiva ainda não havia realizado a missão direta entre osgentios.
Agora por meio de Cornélio, a Igreja seria levada a defrontarse com os gentios e introduzilos na igreja.
Não poderia haver uma distância, uma separação entre judeus e gentios.
OBS: A Bíblia destaca que Cornélio era um centurião, isto é, comandava cem homens.
Morava em Cesaréia, a marítima. (A outra Cesaréia era a de Filipe, local onde Pedro fez importante declaração Mt 16.13, 1517).
Era o local da residência do governador e aí permanecia o grupo de soldados para atuar em qualquer necessidade. Cesaréia era também a capital romana daPalestina, razão pela qual havia um destacamento militar na cidade.
Devemos lembrar que estamos no período do império romano. Portanto, a Palestina estava dominada por esse império, Cornélio era um homem destacado para servir ao exército romano como comandante. Embora os romanos fossem opressores, esmagando com violência qualquer rebelião, entretanto, os centuriões tinham uma imagem positiva perante o povo (Lc.7).
Cornélio, um centurião, homem que ocupava função de alta responsabilidade era um homem temente a Deus e orava “de contínuo” (At 10.2).
Orava constantemente.
Ele já havia tomado contato com a crença dos judeus em um único Deus. Ele não era judeu, mas um gentio que já buscava a Deus Era um homem exemplar: “Cornélio, o centurião, varão justo e temente a Deus e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que te chamasse a sua casa e ouvisse as suas palavras” (At 10.22). A Bíblia declara sobre Cornélio que “as tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus” (At 10.4b).
O anjo ordenoulhe que fosse procurar Pedro. “Este está com um certo Simão, curtidor, que tem a sua casa junto ao mar. Este te dirá o que deves fazer” (At 10.6). Notamos que o mensageiro angelical não disse o que o centurião deveria fazer. A tarefa de falar de Jesus cabe aos homens. Esse é um grande privilégio. Podemos observar que Pedro já tinha dado um passo grande em direção ao rompimento do preconceito, pois estava hospedado na casa de um curtidor.
OBS:
O profissional que trabalhava com o couro era o curtidor. Era indispensável seu trabalho, pois eram feitos vasos, cintos, calçados e mesmo os pergaminhos.
As substâncias utilizadas possuíam um odor extremamente desagradável.
Os judeus consideravam a profissão imunda, uma vez que era necessário ter contato com corpos de animais mortos. “Um tendeiro (ou artesão em couro) tinha de tirar primeiro a pele do animal, remover depois o pêlo, tornála macia para o uso e algumas vezes tingila. Os pêlos eram removidos raspando, molhando e aplicando cal. As peles eram então mergulhadas em água contendo cascas de carvalho e folhas de sumagre, esfregadas com estrume de cachorro e depois marteladas. O trabalho era tão malcheiroso que o curtidor tinha de trabalhar fora da cidade”
(Ralph GOWER. Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, tr. Neyd Siqueira, p. 160).
Havia necessidade do encontro do judeu Pedro com o gentio Cornélio para haver mudança de mentalidade no que se refere à evangelização dos gentios.Pedro estando orando e teve uma visão na qual lhe foi mostrador de que não deveria recusar nenhum alimento. O apóstolo deveria deixar de lado sua recusa em comer determinados alimentos conforme prescreva as leis dos judeus. Assim, Pedro não deveria recusar proclamar a palavra de Deus a qualquer gentio. O Espírito Santo ordena que Pedro acompanhe de Jope a Cesaréia aqueles mensageiros de Cornélio.
Cornélio desejava obter a salvação para si e seus familiares e amigos:
“E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos” (At 10.24).
Pedro iniciou sua pregação dizendo: “Vocês sabem muito bem que é contra a nossa lei um judeu associarse a um gentio ou mesmo visitálo. Mas Deus me mostrou que eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum” (At 10.27b - NVI). Ainda quando Pedro falavam a palavra de Deus, o Espírito Santo foi derramado na casa de Cornélio: “Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus” (At 10.46). Pedro teve de justificarse por ter entrado na casa de um gentio (At 11.3). O apóstolo assim se expressou: “Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era, então eu, para que pudesse resistir a Deus?” (At 11.17). Assim, a Igreja de Jerusalém reconheceu que: “Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida” (At 11.18).
Um gigantesco passo fora dado em direção aos gentios sob a orientação do Espírito Santo. Todavia, ainda nem todos concordavam com isso:
“Se vós não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podereis salvar vos” (At 15.1). Eram os judaizantes que queriam obrigar os gentios a seguir a Lei e então poderiam ingressar na Igreja.
Assim, tornariam o Cristianismo,um judaísmo disfarçado.
Os judaizantes talvez temessem que os gentios controlassem a igreja. Paulo lutou contra os judaizantes, pois percebeu o perigo de diminuir a pessoa de Cristo, bem como se rejeitar a fé para a salvação. Paulo resolveu ir a Jerusalém, onde a pressão contra os gentios era muito forte. Formou se a assembléia (o Concílio) em Jerusalém para debater a questão. Na reunião, todos estavam representados: “a igreja, apóstolos e anciãos” (At 15.4). Havia os que cariam em Jesus, mas desejavam impor regras judaicas aos gentios:
“Alguns, porém da seita dos fariseus que tinham crido se levantaram, dizendo que era mister circuncidá los e mandar lhes que guardassem a lei de Moisés” (At 15.5).
Após Pedro, Paulo Barnabé terem falado da obra de Deus entre os gentios, a decisão foi comunicada por Tiago:
“Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, da carne sufocada e da fornicação“ (At 15. 28 29a).
Finalmente, houve uma concordância entre judeus e gentios. Estes não precisavam praticar a circuncisão; deveriam abandonar, contudo, certas práticas deveriam ser abandonadas.
OBS: Os gentios não deveriam alimentar se com carnes, que eram oferecidas aos ídolos. Carne sufocada é aquela em que o sangue não foi retirado. Não deveriam comer sangue. E qualquer tipo de imoralidade sexual deveria ser abandonada.
Gentios
Os gentios também eram chamados de gregos (At. 11.20).
Eram chamados de estrangeiros. Eram todas as pessoas que não faziam parte da comunidade de Israel, não obedecendo à lei de Moisés. Entretanto, alguns seguiam os preceitos judaicos sem aderirem ao batismo e à circuncisão.
Eram idólatras: “Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados” (1Co. 12.12).
Diferenças nos hábitos. Era difícil até para um judeu comer junto com o gentio, pois havia leis específicas quanto à comida.
De acordo com a lei de Moisés, havia determinados animais, peixes e aves que não deveriam ser incluídos na alimentação dos judeus. Eram também consideradas impuras as pessoas que não obedecessem às recomendações específicas da alimentação.
O Evangelho em Antioquia, Fenícia e Chipre
A Bíblia destaca: “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus” (At 11.19).
Ainda com a dispersão, o Evangelho era comunicado somente aos judeus. Logo, a situação seria mudada
Fenícia: Esta se constitui no atual Líbano. Localizavasenas costas orientais doMar Mediterrâneo.
Na época de Jesus, era considerada Fenícia a região costeira ao redor de Tiro e Sidom.
Os habitantes da região eram denominados siro fenícios.
Chipre:
Situase a leste do Mar mediterrâneo.
È a terceira maior ilha do Mediterrâneo.
Sua atual capital é Nicósia. Era a terra natal de Barnabé (At 4.36).
O Natural de Chipre é cíprio ou. cipriota.
Os cristãos de Chipre e de Cirene entraram em Antioquia da Síria e falaram aos gregos do Evangelho de Jesus (At 11.20).
Os cristãos de Chipre e de Cirene foram impulsionados a testemunhar de Jesus a outros povos, a nãojudeus.
Finalmente, o Evangelho teria um grande desenvolvimento entre os gentios.
OBS: Cirene era um porto ao Norte da África. Simão, Cireneu ajudou a carregar a cruz (Mc 15.21).
Os cristãos entraram em Antioquia da Síria (não confundir com Antioquia da Pisídia At 13.14), falaram de Jesus e foram bem sucedidos.
Antioquia da Síria era a terceira cidade em importância do Império Romano: possuía 500.000 habitantes. A Bíblia destaca sobre a entrada do Evangelho em Antioquia da Síria: “E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor” (At 11.21). Era necessário cuidar dos convertidos de Antioquia da Síria. Foi enviado Barnabé que animou todos a permanecerem no Senhor (At 11.2324).
Barnabé também trouxe Saulo para ajudar em Antioquia da Síria.
Permaneceram um ano, ensinando na igreja.
Um fato importantíssimo ocorreu em Antioquia da Síria: “Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At 11.26b). Finalmente, os discípulos foram identificados como seguidores de Cristo, não do Judaísmo!
A Igreja de Antioquia da Síria foi importante para divulgação do Evangelho aos gentios.
Mais tarde, quando o templo de Jerusalém foi destruído (70 d.C.), e os judeus ficaram impedido de entrar em Jerusalém, já havia um novo centro evangelístico. Antioquia da Síria cresceu, havia obreiros destacados (At 13.1). Era una igreja de conhecimento bíblico, oração e jejum. Tornouse um centro missionário. Foi nessa igreja, que foram chamados os missionários: “Separaime agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2b ARA).
Paulo e Barnabé já serviam ao Senhor; Este já os havia chamado; esperavam o momento, o tempo de Deus pata saírem para o trabalho missionário. Saíram abençoados pela igreja (At 13.3). A igreja tem o compromisso de ajudar, sustentar, orientar os missionários.
OBS. Eis uma pequena ilustração. Certo homem estava morrendo congelado nos Alpes.
Deitouse no que parecia ser um toro coberto de neve, aguardando a morte. Percebeu que não era um toro recoberto de neve, mas um homem que estava morrendo. O homem resolveu fazer tudo o que podia para salvar o ser humano que estava diante de si.
Esfregava o, rolavao, davalhe palmadas, a fim de estimular a vida do outro. Percebeu, então, que também ele já estava revivendo: a energia gasta com o outro homem, acabara por reativar o sangue em seu próprio corpo. (Myer PERLMAN.
Atos e a Igreja se fez Missões, p. 150151 – Ilustração resumida).
Igualmente nós, ao transmitirmos a nova vida em Cristo, também receberemos vida.
A Igreja que evangeliza, cuida de Missões, tornase cada vez mais uma igreja frutífera, saudável.
O exemplo do apóstolo Paulo foi incansável na sua tarefa de levar o Evangelho a todos os povos.
Em primeiro lugar, ele compreendeu o caráter universal do Evangelho.
Assim, percorria o mundo a anunciar Cristo.
Tivera educação privilegiada aos pés de Gamaliel.
Era cidadão romano (At 22.28).
Assim, usou seus direitos, quando necessário.
O missionário Paulo era incansável. Debatia nas sinagogas. (At 13.15 43). Pregava os gentios (At 13.47).
Com filósofos (At 17.1534).
Não se esquivava de apresentar Cristo a quem quer que fosse.
Enfrentou oposição, prisão, mas não desanimou.
Até na prisão, pregou o Evangelho (At 28.31).
Paulo foi um notável divulgador do Evangelho.
Os convertidos eram usados para levar o Evangelho às regiões vizinhas.
O apóstolo não deixava as igrejas sem orientação:
líderes, presbíteros eram colocados na direção das igrejas (At 14.23). Em seu objetivo de levar Cristo, procurava levar Cristo a regiões não alcançadas (Rm 15.20).
As igrejas eram revisitadas para verificar o seu estado e serem fortalecidas:
“Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão” (At 15.36).
Paulo sempre estava em contato com as igrejas por meio de pessoas que as visitavam ou de enviados às igrejas (1Ts 3.6).
Um trabalho sem dúvida notável foi onde escrever às igrejas.
Ele deunos a maior parte do Novo Testamento.
Em suas cartas, abordava problemas que as igrejas enfrentavam.
Os convertidos eram tratados com amor: “Pois vocês sabem que tratamos cadaum como um pai trata seus filhos, exortando, consolando, e dando testemunho,para quer vocês vivam de maneira digna de Deus, que os chamou para o seu Reino e glória” (1Ts 1.1112 NVI).
Era enérgico, quando a situação o exigia (Gl 5.18).
Paulo, por meio de suas viagens, apresentou Cristo ao mundo de sua época.
Assim, ele se referiu a sua missão:
“Mas, alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje permaneço, dando testemunho, tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada mais do que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer, isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios” (At 26.2223).
CONCLUSÃO
A Igreja Primitiva foi um exemplo, transmitindo o Evangelho ao mundo de sua época. Os cristãos enfrentaram problemas e perseguições, porém não se deixaram intimidar. Buscaram o poder do Espírito Santo para cumprir sua missão.
Igualmente, nós devemos ter o amor pelos perdidos, que desconhecem a Cristo.
Meditemos nas palavras deste hino:
“Morri na cruz por ti:/ Morri pra te livrar! Meu sangue, ali, verti,/ E posso te salvar”. / “Morri! morri na cruz por ti:/ Que fazes tu por mim?/ Morri! morri na cruz por ti: / Que fazes tu por mim/”
(1 a estrofe e estribilho hino 569 da Harpa Cristã).
Colaboração para o Portal EscolaDominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu.
OBS.: O site de origem não se encontra no ar http://www.escoladominical.com.br, havia salvo os subsídios em arquivo pdf, estarei postando no blog http://www.hellengleici.blogspot.com, este espaço e ou enviando conforme solicitação.
Boa aula!
Tia Hellen Gleici