Jonathan Amorim
15-07-10, 11:30 AM
Paz do Senhor meus irmãos!
Essa lição veem com pouco conteúdo, mas é uma lição cheia informação em que podermos discurtir muito com a classe.
Depois da ascensão de Cristo coube ao Espírito Santo continuar guiando o povo. Através Dele (Espírito Santo) a verdade continua a ser dita, dessa forma a terceira trindade também é anunciador da palavra de Deus. Jesus Cristo subiu aos céus, mas não deixou seu povo sozinho, pois Ele rogou ao Pai que viesse outro Consolador (Espírito Santo).
O Espírito Santo é quem nos convence a sairmos do pecado (Jo 16.8), é Ele que nos enche de fé, nos liberta da escuridão, pois quando estamos no mundo, vivermos em plena escuridão; a luz que hoje resplandece em nós é devido à ação do Espírito Santo em nossas vidas, através dele enxergarmos o pecado, a vida pecaminosa que vivíamos e nós transformamos em um novo homem, cheio de amor e fé na nossa salvação e em Jesus Cristo, o Salvador.
O Espírito Santo nos usa para que o evangelho de Cristo seja pregado ( At 1.8,9). Quando Cristo subiu aos céus, Ele falou aos seus discípulos que quando se recebem o Espírito Santo o evangelho deveria ser levado até os confins da terra. Não há limites para nos usar. O Espírito Santo é como uma pessoa que tem vida própria, mas Ele é uma pessoa completa e perfeita, e Ele também é Deus, agir e interagir com os homens. O Espírito Santo sempre está iluminando o crente, porisso o crente sempre se destaca na multidão, Ele limpa o homem do pecado. Através dEle termos um novo fôlego de vida.
O Espírito Santo é Deus, nosso Senhor, nos guia para uma vida de salvação, nos ajuda a sair do pecado, nos defende das garras de satanás, nos aconselha quando precisamos e recebemos dele o abraço de amigo para não nos esquecemos que Ele está sempre conosco (Jo 14.17).
No final da lição é legal fazer uma recapitulação das 3 lições, já que as três se referem a Trindade!
Que sua aula seja abençoada. Boa Semana!
A Paz do Senhor Irmãos!
este texto ao qual estou lhes enviando é resultado de algumas pesquisas que fiz durante a semana para esta aula, é um pouco grande, mas creio que poderá ajudá-los para a preparação desta aula, somado com o que os irmãos já escreveram acima, e com o conhecimento que os irmãos já possuem da palavra de Deus. E ler nunca é demais, ainda mais quem tem que ensinar à outras pessoas, quanto mais conteúdo melhor para não ser pego de surpresa.
Que Deus abençõe a todos, e boa aula!
O Espírito Santo (Paráclito)
"Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar." Jo 16.13,14
Antes da paixão de Jesus. Ele prometeu que o Pai e Ele enviariam a seus discípulos "outro Consolador" (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7). O Consolador ou Paráclito (ou Paracleto, da palavra grega parakletos, que significa o que dá auxilio), é um ajudador, conselheiro, fortalecedor, estimulador, aliado e advogado. Outro única que Jesus foi o primeiro Paráclito e está prometendo um substituto, que, após sua partida, continuará o ensino e o testemunho que Ele havia iniciado (Jo 16.6,7).
Como todos nós sabemos, Jesus usava palavras e imagens populares, durante as Suas pregações, com a intenção de que o povo mais simples O conseguissem entender. Assim falou do Espírito Santo, chamando-O de Paráclito. Esta palavra vem do grego e significa mais ou menos isso: "aquele que fica ao lado".
Este termo, paráclito, vinha já dos tempos antigos e era uma palavra usada nos tribunais. Naquela época os acusados não tinham advogados de defesa e nem de acusação. Eles mesmos precisavam se defender sozinhos e conseguir testemunhas que pudessem comprovar a sua inocência. Acontecia, porém, - como era de se esperar - que muitas dessas pessoas, mesmo sendo inocentes, não conseguiam provar que o eram, ou porque suas testemunhas eram "fracas" ou porque seus argumentos não convenciam. Muitos deles eram condenados injustamente.
Ocorria, porém, que essa situação podia ser mudada. Caso houvesse alguém presente na assembléia, que fosse uma pessoa com uma fama irrepreensível, considerada como totalmente verdadeira e honesta, isenta de qualquer erro, esta pessoa podia interceder por quem estava sendo acusado.
Deste modo, esta pessoa com uma excelente fama levantava-se e ia ao encontro do acusado, colocando-se ao seu lado, sem dizer sequer uma palavra. Ficava em silêncio, mas sua presença, com sua fama honesta e verdadeira, bastava como uma garantia de que o acusado era inocente. Não precisava dizer nada. Esta pessoa era conhecida nos tribunais como PARÁCLITO, ou seja, como aquele "que se colocava ao lado" e que intercedia.
Agora entendemos porque Jesus chamou o Espírito Santo de Paráclito e prometeu que Ele ficaria ao nosso lado. Ele é e será sempre o nosso DEFENSOR. Não precisamos temer o mal ou as tempestades em nossas vidas, pois Jesus prometeu:
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós." (João, 14, 16-17). (resumo feito a partir da homilia proferida por Mons. Manuel Moreira Vieira - Rio de Janeiro - em 27/04/08)
A Dinvidade do Espírito Santo
As provas da divindade do Espírito Santo podem ser divididas em cinco categorias.
A. O Espírito Santo é chamado Deus - (Atos 5:3-4, 9; I Coríntios 3:16; Efésios 2:22; II Coríntios 3:17). O Espírito é chamado Adonai (Compare Atos 28:25 com Isaías 6:8-9). O Espírito é chamado Jeová (Compare Hebreus 10:15-16 com Jeremias 31:31-34).1
B. O Espírito Santo está associado ao Pai e ao Filho num mesmo nível de igualdade - (Mateus 28:19) [Observe que a palavra "nome" está no singular significado assim que o poder, a glória e a autoridade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é uma só] (I João 5:7; II Coríntios 13:14).
C. Os atributos de Deus são dados ao Espírito Santo.
1. Eternidade - Hebreus 9:14.
2. Vida - Romanos 8:2.
3. Onipresença - Salmos 139:7-8.
4. Santidade - Mateus 28:19.
5. Onisciência - I Coríntios 2:10.
6. Soberania - João 3:8; I Coríntios 12:11.
7. Onipotência - Gênesis 1:1-2; João 3:5
D. As obras de Deus são dadas ao Espírito Santo.
1. A criação - Jó 33:4.
2. A incarnação - Mateus 1:18
3. A Regeneração - (Compare João 3:8 com I João 4:7).
4. A Ressurreição - Romanos 8:11
5. A inspiração da Palavra de Deus - (Compare II Pedro 1:21 com II Reis 21:10).
E. A natureza do pecado !sem perdão? revela a dignidade do Espírito Santo - Mateus 12:31-32.
1) Nomes que relacionam o Espírito em pé de igualdade às demais Pessoas da Trindade (1Co 6.11).
2) Nomes que O apresentam realizando obras que somente Deus pode fazer (Rm 8.15; Jo 14.16)
Ao Espírito são atribuídas obras que somente Deus pode realizar.
1) Criação (Gn 1.2).
2) Inspiração (2Pe 1.21).
3) Gerar a Cristo em Sua encarnação (Lc 1.35).
4) Convencer o homem (Jo 16.8).
5) Regenerar o homem (Jo 3.5,6).
6) Consolar (Jo 14.16).
7) Interceder (Rm 8.26,27).
8) Santificar (2Ts 2.13).
D) Provada por Sua Associação em pé de igualdade:
Com as demais Pessoas da Trindade (At 5.3,4; Mt 28.19; 2Co 13.13)
A Personalidade do Espírito Santo
A) Provada por Suas Características:
1) Ele é inteligente (1Co 2.10,11).
2) Ele tem emoções (Ef 4.30).
3) Ele tem vontade ( 1Co 12.11).
B) Provada por Sua Obras:
1) Ele ensina (Jo 14.26).
2) Ele guia (Rm 8.14).
3) Ele comissiona (At 13.4).
4) Ele dá ordens a homens ( At 8.29).
5) Ele age no homem (Gn 6.3).
6) Ele intercede (Rm 8.26). 7)
7) Ele fala (Jo 15.26; 2Pe 1.21).
C) Provada pelo que Lhe é Atribuído:
1) Ele pode ser obedecido (At 10.19-21).
2) Pode-se mentir a Ele (At 5.3).
3) Ele pode ser resistido (At 7.51).
4) Ele pode ser reverenciado (Sl 51.11).
5) Pode-se blasfemar contra Ele (Mt 12.31).
6) Ele pode ser entristecido (Ef 4.30).
7) Ele pode ser ultrajado (Hb 10.29).
D) Provado por Uma Gramática Incomum:
A despeito do fato de a palavra grega para Espírito ser neutra em gênero, várias vezes se empregam pronomes masculinos para substituir o substantivo neutro, o que contraria todas as regras normais de gramática, mas indica a personalidade do Espírito (Jo 16.13,14; 15.26; 16.7,8)
O testemunho Interior do Espírito Santo
Jo 15.13; At 5.32; At 15.28; Rm 8.16; Gl 5.16-18
"E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem." At 5.32
Em qualquer tribunal de júri que inclua testemunhas, o depoimento delas é crucial para o caso. O testemunho é importante porque destina-se a ajudar-nos a chegarmos à verdade sobre o caso. Em alguns julgamentos, o depoimento de algumas testemunhas é questionado em razão de o caráter delas ser suspeito. O testemunho de um psicopata mentiroso tem pouquíssimo valor. Para que o testemunho tenha credibilidade, a testemunha precisa ser confiável.
Quando Deus testifica sobre a verdade de alguma coisa, seu testemunho é certo e totalmente inquestionável. O testemunho que tem Deus como autor não pode falhar. Ele é de fato um testemunho infalível. Procede do caráter mais elevado possível, da fonte mais profunda de conhecimento e da mais suprema autoridade. A confiabilidade do testemunho de Deus fez Lutero certa vez declarar: "O Espírito Santo não é cético." As verdades que p Espírito Santo revela são maus certas do que a própria vida.
João Calvino ensinava que apesar de as Escrituras manifestarem sinais claros e inquestionáveis da sua autoridade divina e exibir evidências satisfatórias de sua origem divina, essas evidências não nos persuadem plenamente até que, ou a menos que, sejam seladas em nosso coração por meio do testemunho interior do Espírito Santo. Calvino reconhecia a diferença entre prova e persuasão. Mesmo que sejamos capazes de oferecer provas objetivas e conclusivas sobre a verdade das Escrituras, isso não é garantia de que as pessoas irão crer nelas, aceitá-las ou abraçá-las. Para que sejamos persuadidos quanto à verdade das Escrituras, precisamos de ajuda do testemunho interior do Espírito. Ele nos leva a concordar com as evidências irrefutáveis da verdade da Bíblia ou aceitá-las.
E seu testemunho interior, o Espírito Santo não oferece nenhuma informação nova e secreta, nem nenhum argumento mais engenhosos ao qual não podemos ter acesso por outros meios. Pelo contrário, ele opera em nosso espírito para quebrar e vencer nossa resistência à verdade de Deus. Ele nos move a redermos-nos ao ensino claro da Palavra de Deus e a abraçá-la cheios de confiança.
O testemunho interior do Espírito não é uma figura para misticismo nem um escape para o subjetivismo, onde os sentimentos pessoais são elevados à condição de autoridade absoluta. Existe uma diferença crucial entre o testemunho do Espírito Santo ao nosso espírito e o testemunho humano do nosso próprio espírito. O testemunho do Espírito Santo é a Palavra de Deus. Chega a nós com a Palavra e através da Palavra. Não é um testemunho separado ou desprovido da Palavra.
Assim como o Espírito Santo testifica ao nosso espírito de que somos filhos de Deus, confirma sua Palavra a nós (Rm 8.16), assim ele também nos assegura intimamente que a Bíblia é a Palavra de Deus.
Sumário
1. O testemunho de Deus é totalmente confiável.
2. A Bíblia oferece evidências objetivas de que é a Palavra de Deus.
3. Não somos totalmente persuadidos quanto à verdade das Escrituras sem o testemunho do Espírito Santo.
4. O testemunho interior do Espírito não oferece argumento novo à mente, mas opera em nosso coração e em nosso espírito nos levando a aceitarmos as evidências que já estão lá.
5. A doutrina do testemunho interno do Espírito Santo não é uma licença para acreditarmos que tudo o sentimos ser verdadeiro é de fato verdadeiro.
Autor: R. C. Sproul
Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã. Compre este livro http://www.cep.org.br
______________________________ __________
O Espírito Santo dá Entendimento Espiritual
"O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente."1 Coríntios 2.14
O conhecimento das coisas divinas, para o qual os cristãos são atraídos, é mais do que uma intimidade formal com as palavras bíblicas e as idéias cristãs. É uma conscientização da realidade e relevância das atividades do Deus triúno, as quais a Escritura testifica. Tal conscientização não é normal nas pessoas, por mais familiaridade que tenham com as idéias cristãs (como o homem sem o Espírito em 1 Co 2.14, que não aceita o que os cristãos lhe dizem, ou os cegos guias de cegos, de quem Jesus falou tão causticamente em Mt 15.14, ou Paulo antes do seu encontro com Jesus na estrada de Damasco). Somente o Espírito Santo, perscrutador das profundezas de Deus (1 Co 2.10), pode efetuar essa conscientização em nossas mentes e corações obscurecidos pelo pecado. É por isso qie é chamada “entendimento espiritual” (espiritual significa “dado pelo Espírito”, Cl 1.9; cf. Lc 24.25; 1 Jo 5.20) . Aqueles que, ao lado de uma sólida instrução verbal, possuem “unção que vem do Santo...(têm) conhecimento da verdade” 1Jo 2.20.
A obra do Espírito de conceder esse conhecimento é chamada “iluminação”. Não é uma nova revelação que esteja sendo dada, mas uma obra dentro de nós que nos capacita a compreender e amar a revelação que está ali diante de nós no texto bíblico ouvido ou lido., e explanado por professores e escritores. O pecado em nosso sistema mental e moral anuvia nossas mentes e vontades, de modo que não compreendemos a força da Escritura e resistimos a ela. Deus parece-nos remoto, ao extremo da irrealidade, e diante da sua verdade somos embotados a apáticos. O Espírito, contudo, abre e desanuvia nossas mentes, sintonizando nossos corações para que compreendamos (Ef 1.17,18; 3.18,19; 2 Co 3.14-16; 4.6). Como pela iluminação é, pois, a aplicação da verdade revelada de Deus aos nossos corações, a fim de que apreendamos como realidade para nós o que o texto sagrado anuncia.
A iluminação, que é um ministério permanente do Espírito Santo aos cristãos, inicia antes da conversão com uma crescente compreensão da verdade acerca de Jesus Cristo e uma crescente sensação de estar sendo avaliado e exposto por ela. Jesus disse que o Espírito “convenceria o mundo” do pecado de não crer nele, do fato de Ele estar à direita de Deus Pai (como seu bom acolhimento na volta ao céu o provou), e da realidade do julgamento tanto aqui como na vida futura (Jô 16.8-11). Este convencimento triplo é ainda o meio de Deus fazer que o pecado seja repulsivo e Cristo adorável aos olhos das pessoas que antes amavam o pecado e não tinham nenhum interesse pelo divino Salvador.
A forma de ser plenamente beneficiado pelo ministério da iluminação do Espírito é o estudo sério da Bíblia, a oração séria e a séria correspondência obediente a todas e quaisquer verdades que já tenham sido expostas. Isto corresponde à máxima de Lutero sobre as três coisas que fazem um teólogo: oratio (oração), meditatio (pensar na presença de Deus sobre o texto), e tentatio (provação, a luta pela fidelidade bíblica diante da pressão para desatender o que a Escritura diz).
O Espírito Santo como Santificador
Jo 15.26; 2 Co 3.17,18; Gl 4.6; Fp 2.12,13; 1 Pe 1.15,16
Deus chama todas as pessoas para espelharem e refletirem o caráter dele: "segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santo também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.15,16). Nosso problema é que não somos intrinsecamente santos; somos profanos. Mesmo assim, a Bíblia se refere a nós com "os santos". Visto que a santidade não se encontra em nós, temos de nos tornar santo. É o Espírito Santo quem opera para nos tornar santos, para nos conformar com a imagem de Cristo. Como a Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo não é mais do que Pai e o Filho, muito embora não falemos do Pai Santo e do Filho Santo e do Espírito Santo. O Espírito de Deus é chamado de Espírito Santo não tanto por causa da sua pessoa (a qual de fato é santa), mas por causa de sua obra de nos fazer santos.
Esta é a obra especial do Espírito Santo: nos fazer santos. Ele nos consagra. O Espírito Santo cumpre a função de santificação. Ser santificado significa ser feito santo, ou justo. A santificação é um processo que começa no momento em que nos tornamos cristãos. Esse processo continua até a morte, quanto finalmente o crente torna-se total e eternamente justo.
A fé reformada é distintiva em sua ênfase sobre a obra exclusiva do Espírito Santo na regeneração. Nós não cooperamos com o Espírito no Novo Nascimento. Rejeitamos totalmente qualquer noção de esforço cooperativo na regeneração do crente. A santificação, entretanto, é outro assunto. Nossa santificação é uma obra conjunta, de cooperação. Temos de trabalhar junto com o Espírito Santo para crescermos em santificação. O apóstolo Paulo expressou esta idéia em sua carta à igreja de Filipos:
"De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade." (Fp 2.12,13)
O chamado à cooperação é algo que envolve esforço. Temos de labutar com empenho. Labutar com temor não pressupõe um espírito de terror, mas de reverência associada à diligência. Somos consolados com o conhecimento de que não somos deixados sozinhos nessa tarefa, ou entregues aos nossos próprios esforços. Deus está operando em nosso íntimo para realizar nossa santificação.
O Espírito Santo habita no crente, operando para produzir uma vida e um coração mais justo. Devemos ser cuidadosos, entretanto, para não confundir habitação do Espírito com algum tipo de deificação do indivíduo. O Espírito está no crente e age com o crente, mas não se converte no crente. O Espírito trabalha para produzir seres humanos santificados - não criaturas deificadas. Quando o Espírito habita em nós, ele não se torna humano e nós não nos tornamos deuses. O Espírito Santo não destrói nossa identidade pessoal como seres humanos. Em nossa santificação, devemos nos tornar semelhantes a Deus quanto ao caráter não quanto à essência.
Sumário
1. Deus nos chama para refletirmos sua santidade.
2. Tornarmo-nos santos requer que recebamos santidade de fora de nós mesmos.
3. O Espírito Santo se chama santo por causa obra como nosso santificador.
4. A santificação é um processo que dura à vida toda.
5. A santificação é uma obra cooperativa, envolvendo o crente e o Espírito Santo.
6. A habitação do Espírito Santo em nós não opera nossa deificação.
Autor: R. C. Sproul
Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã. Compre este livro em http://www.cep.org.br
O Espírito Santo prepara a Igreja
Na liturgia, realiza-se a mais estreita cooperação entre o Espírito Santo e a Igreja. O Espírito Santo prepara a Igreja para encontrar o seu Senhor; recorda e manifesta Cristo à fé da assembléia; torna presente e atualiza o Mistério de Cristo; une a Igreja à vida e à missão de Cristo e faz frutificar nela o dom da comunhão.
O Batismo do Espírito Santo
Resposta: Podemos definir o Batismo do Espírito Santo como a obra através da qual o Espírito de Deus coloca o crente em união com Cristo e em união com outros crentes no Corpo de Cristo, no momento da salvação. I Coríntios 12:12-13 e Romanos 6:1-4 são as passagens centrais na Bíblia onde encontramos esta doutrina. I Coríntios 12:13 declara: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” Romanos 6:1-4 declara: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Apesar de Romanos 6 não mencionar especificamente o Espírito de Deus, descreve a posição dos crentes perante Deus e I Coríntios 12 nos diz como isto acontece.
É necessário que observemos três fatos que ajudam a solidificar nossa compreensão do Batismo do Espírito. Primeiramente, I Coríntios 12:13 afirma claramente que todos fomos batizados no momento em que bebemos (recebemos o Espírito para habitar em nós). Em segundo lugar, em nenhum lugar das Escrituras ela exorta que os crentes sejam batizados com/ no/ pelo Espírito. Isto indica que todos os crentes já experimentaram este ministério. Por último, Efésios 4:5 parece se referir ao batismo do Espírito. Se este é mesmo o caso, o batismo do Espírito já é a realidade de cada crente, assim como o são “uma fé” e “um Pai”.
Concluindo, o batismo do Espírito Santo faz duas coisas: (1) nos une ao Corpo de Cristo, e (2) valida nossa co-crucificação com Cristo. Sermos parte de Seu corpo significa que somos levantados com Ele para novidade de vida (Romanos 6:4). Devemos então exercitar nossos dons espirituais a fim de mantermos este corpo funcionando adequadamente como afirma o contexto de I Coríntios 12:13. Experimentar o batismo do Espírito funciona como base para mantermos a unidade da igreja, como no contexto de Efésios 4:5. Sermos associados com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição através do batismo do Espírito estabelece a base para a conquista da nossa separação do poder do pecado que está dentro de nós e nossa caminhada em novidade de vida (Romanos 6:1-10, Colossenses 2:12).
A obra do Espírito Santo
V. OBRA DO ESPÍRITO NO ANTIGO TESTAMENTO
A) Na Criação:
O Espírito deu à criação:
1) Vida (Sl 104.30; Jó 33.4).
2) Ordem (Is 40.12; Jó 26.13).
3) Beleza ( Sl 33.6; Jó 26.13).
4) Preservação (Sl 104.30).
B) No Homem:
1) Habitação Seletiva:
a) O Espírito estava em certas pessoas na época do AT (Gn 41.38; Nm 27.18; Dn 4.8; 5.11-14; 6.3)
b) O Espírito vinha sobre várias pessoas (Jz 3.10; 6.34; 11.29; 13.25; 1Sm 10.9,10; 16.13) c) O Espírito enchia alguns (Ex 31.3; 35.31). Assim, Seu relacionamento pessoal com os homens no AT era limitado, pois nem todos experimentavam Sua ação e esta não era necessariamente permanente em todos os casos (Sl 51.11)
2) Capacitação para serviço (especialmente na construção do Tabernáculo, Ex 31.3, mas também em outras circunstâncias, Jz 14.6).
3) Restrição geral ao pecado (Gn 6.3).
VI. A OBRA DO ESPÍRITO NA REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
A) Definições:
1) Revelação significa o desvendamento de algo que era previamente encoberto ou desconhecido. A revelação diz respeito ao material (i.e., o que).
2) Inspiração é o processo divino de supervisão dos autores humanos da Bíblia, de modo que, usando suas próprias personalidades e estilos, compuseram e registraram sem erro as palavras de Deus pra Sua revelação ao homem nos manuscritos originais (os autógrafos). A inspiração diz respeito ao modo (i.e., o como).
B) O Autor da Revelação É o Espírito Santo:
A passagem mais específica é 2 Pedro 1.21 (cf. 2Sm 23.2; Ez 2.2; Mq 3.8; Mt 22.43; At 1.16; 4.25)
C) Os Meios da Revelação:
O Espírito usou:
1) A palavra falada (Ex 19.9).
2) Sonhos (Gn 20; 31).
3) Visões (Is 6.1).
4) A Palavra escrita (Jo 14.26; 1Co 2.13).
5) Cristo
D) O Autor da Inspiração É o Espírito Santo:
1) Do Antigo Testamento (2Sm 23.2,3; 2Tm 3.16; Mc 12.36; At 1.16; 28.25; Hb 3.7; 10.15,16).
2) Do Novo Testamento.
A) A inspiração do Novo Testamento foi pré-autenticada por Cristo (Jo 14.26).
B) Ela é afirmada pelos autores do Novo Testamento (1Co 14.37; Gl 1.7,8; 1Ts 4.2,15; 2Ts 3.6,12,14).
C) Ela é atestada mutuamente pelos apóstolos (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).
VII. A OBRA DO ESPÍRITO NA VIDA DE CRISTO
A) Em Seu Nascimento Virginal:
O Espírito Santo realizou a concepção no útero de Maria (Lc 1.35).
B) Em Sua Vida:
1) Cristo foi ungido pelo Espírito (Lc 4.18; At 10.38). Essa unção ocorreu em Seu batismo, mas não é idêntica ao batismo (Jo 1.32). Essa unção significa capacitação para o serviço.
2) Cristo foi cheio do Espírito (Lc 4.1).
3) Cristo foi selado com o Espírito (Jo 6.27)
4) Cristo foi guiado pelo Espírito (Lc 4.1).
5) Cristo foi capacitado pelo Espírito (Mt 12.28).
C) Em Sua Morte:
(Cf. Hb 9.14; alguns citam também Rm 1.4)
D) Em Sua Ressurreição:
(1Pe 3.18, possivelmente.)
A obra do Espírito Santo na Salvação
A) Convencimento: (Jo 16.8-11)
1) Definição: Convencer (Jo 16.8) significa esclarecer a verdade do evangelho perante a pessoa não salva, de modo que seja reconhecida como verdade, quer a pessoa receba ou não a cristo como seu Salvador.
2) Detalhes:
a) Do pecado. O estado pecaminoso do homem se deve à sua incredulidade.
B) Da Justiça. O homem é convencido da justiça de Cristo porque Ele ressurgiu e ascendeu à direita do Pai.
C) Do juízo. O Espírito convence sobre o juízo vindouro porque satanás (o maior inimigo) já foi julgado.
B) Regeneração: (Tt 3.5)
1) Definição: O ato divino de geração espiritual, pelo qual Ele comunica vida eterna e nova natureza.
2) Meio: É a obra de Deus, particularmente do Espírito (Jo 3.3-7; Tt 3.5). A fé é o requisito humano em presença do qual o Espírito regenera, e a Palavra de Deus fornece o conteúdo cognitivo da fé.
3) Características:
a) É um ato instantâneo, não um processo (embora seus antecedentes e conseqüências possam ser processos).
b) É não-experimental (não se deriva ou baseia em experiência, embora seja seguida das experiências comuns à vida cristã).
4) Conseqüências:
a) Uma nova natureza (2Co 5.17)
b) Uma nova vida ( 1Jo 2.29).
C) Habitação: ( 1Co 6.19).
1) As pessoas habitadas: Todos os verdadeiros crentes, porque:
a) Mesmos crentes em pecado desfrutam da habitação (1Co 6.19)
b) O Espírito é um dom ( Rm 5.5)
c) A ausência do Espírito é prova da condição de não-salvo (Rm 8.9).
2) A Permanência da habitação: Os crentes podem perder a plenitude do Espírito, mas não a Sua habitação (Jo 14.16).
3) Problemas com a habitação:
a) A obediência é uma condição (At 5.32)? Sim, mas a obediência à fé cristã (At 6.7; Rm 1.5)
b) Algumas pessoas não foram apenas temporariamente habitadas? Sim, mas apenas antes do dia de Pentecostes (1Sm 16.14)
c) Qual a relação entre a unção e a habitação? Elas ocorrem ao mesmo tempo, mas com propósitos diferentes: a habitação é a presença de Deus na vida do crente, ao passo que a unção o capacita a ser ensinado pelo Espírito (1Jo 2.20,27).
IV. TIPOS E ILUSTRAÇÕES DO ESPÍRITO
Vestimenta ( Lc 24.49)
Pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32)
Penhor (2Co 1.22; 5.5; Ef 1.14)
Fogo (At 2.3)
Óleo (Lc 4.18; At 10.38; 2Co 1.21; 1Jo 2.20)
Selo (2Co 1.22; Ef 1.13; 4.30)
Servo ( Gn 24)
Água (Jo 4.14; 7.38,39)
Vento (Jo 3.8; At 2.1,2)
IX. OS DONS DO ESPÍRITO
A) Definição:
Um dom espiritual é uma capacidade dada por Deus ao crente para desempenho de um serviço. Não é um lugar de serviço, nem um ministério para um grupo etário especifico, nem um procedimento.
B) Distribuição:
1) Fonte: O Espírito ( 1Co 12.11)
2) Extensão: Todo crente tem pelo menos um, mas não todos (1Pe 4.10).
3) Tempo: Cada geração pode ou não ter todos os dons. Alguns dons foram concedidos para o estabelecimento, a fundação da Igreja (Ef 2.20)
C) Desenvolvimento:
Essas capacidades podem e devem ser desenvolvidas por quem as tem.
D) Descrição:
Listas de dons se encontram em Rm 12.6-8; 1Co 12.8-10, 28-30; Ef 4.11
X. A PLENITUDE DO ESPÍRITO
A) Definição:
Ter a plenitude do Espírito, ou ser cheio do Espírito, significa ser controlado pelo Espírito (Ef 5.18)
B) Características:
1) A plenitude do Espírito é uma ordem pra o crente (Ef 5.18, o verbo é um imperativo)
2) A plenitude é passível de repetição (At 2.4; 4.31)
3) A plenitude do Espírito produz semelhança a Cristo ( Gl 5.22,23)
C) Condições para Estar Cheio do Espírito:
1) Uma vida dedicada (consagrada): A submissão ao controle do Espírito, embora ordenada, é voluntária e exige atos de dedicação. Isto inclui dois aspectos: Dedicação Inicial (Rm 12.1,2) e a Dedicação Continua da Vida (Rm 8.14).
2) Uma Vida Vitoriosa: Vitória diária sobre o pecado no cotidiano é uma necessidade para esse controle do Espírito (Ef 4.30). Isto significa reagir corretamente à luz da Palavra à medida que esta é revelada (1Jo 1.7)
3) Uma Vida de Dependência: Este é o significado de “andar no Espírito” (Gl 5.16).
D) Conseqüências:
Ser cheio ou controlado pelo Espírito significa:
1) Um caráter semelhante ao de Cristo ( Gl 5.22,23)
2) Adoração e Louvor (Ef 5.18-20)
3) Submissão (Ef 5.21)
4) Serviço (Jo 7.37-39)
XI. OUTROS MINISTÉRIOS DO ESPÍRITO
Ensino: Jo 16.12-15
Orientação: Rm 8.14
Convicção: Rm 8.16
Intercessão: Rm 8.26; Ef 6.18
Powered by vBulletin® Version 4.2.5 Copyright © 2024 vBulletin Solutions, Inc. All rights reserved.