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Ver Versão Completa : Lição 6 - A Soberania e a Autoridade de Deus



Daniel Sampaio
03-05-10, 08:30 PM
A CASA DO OLEIRO
Jr 18.1-6

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INTRODUÇÃO

O texto trata de uma parábola hebréia sobre a soberania e paciência de Deus em contraponto a condicionante do arrependimento. O ato do oleiro moldar o barro inanimado, reflete o trato de Deus com o homem para que este possa realizar sua obra (Mt 28.19).

I. A CASA DO OLEIRO LUGAR ONDE DEUS FALA

1. O profeta e a visão (vv. 1-4)

a) Jeremias apesar de seus queixumes, não se desviou do propósito de sua missão;
- sua comunhão com Deus o levava a ter constantes experiências espirituais;

b) Recebe a ordem de levantar e descer a casa do oleiro
- nela ouviria a voz de Iahweh e receberia outra visão de alerta ao povo (idolatria, adultério, apostasia);
- era uma olaria (fábrica de vasos de barro), lugar conhecido (extremo sul de Jerusalém);
- composta da: oficina do oleiro, campo para guardar e tratar o barro, fornalha para endurecer os vasos, lugar de entulho para a guarda dos vasos refugados;

c) Desceu a olaria e encontrou o fabricante a trabalhar na roda do oleiro
- torno horizontal com dois pratos redondos (pedra/madeira), sendo o inferior (impulsionado pelo oleiro) maior que o superior onde se dava o o molde/formato mediante o uso das mãos

d) O oleiro obtinha bons resultados
- o vaso estragado tinha dois destinos: ser refeito ou ser jogado no entulho de refugo
- Judá havia se estragado, porém o arrependimento o levaria a ser retrabalhado, caso contrário o exílio babilônico o aguardava;
- a causas secundárias é que direcionava o trabalho do oleiro (livre arbítrio)

2. O profeta e a interpretação (vv. 5-6)

a) Iahweh é o oleiro, com a obra de suas mãos Ele criou tudo (Is 64.8);

b) Judá o barro
- um bom barro, livre de rebeliões e apostasias tornar-se-ia um vaso glorioso usado pelo Senhor;
- o barro que se estragasse poderia ser refeito caso houvesse arrependimento
- sem arrependimento o vaso estragado seria rejeitado e jogado fora;

c) Deus detem todo o poder, porém Lhe agrada condicioná-lo ao que o homem fizer;
- Ele não é um Deus tirano, pois deseja que o homem o sirva pelo que Ele é e não pelo que Ele faz;

d) A igreja hoje é a Casa do Oleiro onde Deus, o oleiro, trabalha o cristão que é o barro;

II. A CASA DO OLEIRO LUGAR ONDE DEUS TRABALHA

1. O oleiro e suas qualidades

a) Entregue ao trabalho – pés, mãos e olhos;
b) Trata pessoalmente e individualmente cada vaso
c) Visa sempre fazer uma linda obra prima, de acordo com o planejando em sua mente
d) Com amor e paciente busca a consecução de seu intento;

2. O barro

a) É a matéria prima (barro/argila)
- matéria inanimada, sem valor e sem comparação com o ouro, petróleo, diamantes,...;
- frágil, pois dependendo do processo se desmancha em lama ou se quebra
- o homem (barro) cheio de vaidades é uma contradição (2Co 10.17,18)

c) O barro é escolhido (Jo 15.16)

- retirado da mediocridade para ser objeto de honra
- o reconhecimento vem quando se submete ao trabalho do oleiro (2Co 12.5,9)
- a glória e a honra pertence ao oleiro, o Criador da obra prima;

d) Com a água o oleiro busca o ponto certo

- ao barro cabe render-se a vontade do oleiro, a submissão é que leva a mudança
- o manejo da água traz a idéia de limpeza, de tirar as impurezas,

3. O campo

a) Lugar onde o barro ficava a espera de ser trabalhado pelo oleiro
- longe do local onde estava acostumado a viver

b) No relento sobre as influências da natureza (calor, frio, chuva,...)
- muitos foram chamados, mais ainda estão no campo, sem ser escolhido
- é necessário ter atitude de querer ser trabalhado e usado pelo Oleiro (Sl 51.17)

4. A roda do oleiro

a) Instrumento de trabalho do oleiro, que pelo movimento horizontal e circular molda-se o barro;
- indica o passar do tempos e as circunstâncias

b) Nele o barro é amassado, girado e moldado, onde o oleiro visa criar uma obra prima;
- com sua paciência o barro inanimado toma a forma de obra de arte;

c) Objetivando o melhor manejo o oleiro usa o óleo para não danificar sua obra (Jo 14.16);
- nesse processo doloroso (viver diário com aflições/alegrias) o consolo do Espírito Santo traz alívio;

d) Caso não fique satisfeito refaz o processo, exercendo domínio sobre o barro (Senhor/servo)
- não reclame se estiver girando, saiba que o “choro dura uma noite mais a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5b)
- pare de brigar e de se indispor, quanto mais rápido você compreender o agir de Deus, mais ágil será o processo;
- ao final desse processo Deus reserva para você um lugar de destaque

e) O homem vaso na olaria foi estragado pelo pecado (Rm 9.20,21), existe dois destinos:
- ser refeito para a glória de Deus ou ser jogado fora

5. A fornalha

a) Lugar onde o vaso ganhava consistência
- os vasos fracos e defeituosos não resistiam a pressão e se partiam
- os que resistiam a quase 1000 graus saiam mais fortes (1Pe 1.6,7)

b) Lugar onde as imperfeições se revelam
- diante do fogo da presença de Deus, o oculto se revela;
- não adianta esconder de Deus, uma hora, o pecado virá a tona;

6. O produto final
a) O vaso não passa de um objeto na mão do oleiro
- objeto côncavo que pode conter sólidos e líquidos
- se não tiver uma utilidade para nada serve, em vão foi o processo
- o que prevalece é a vontade do oleiro, é ele quem diz se está bom ou não;

b) Não basta sermos escolhidos, moldados e provados pelo fogo, devemos submeter-nos a Deus e cumprirmos seu projeto em nossa vida.
- antes de Deus te usar Ele trabalha a sua vida, o caráter precede o desempenho;

c) O oleiro orgulhoso coloca sua obra prima em lugar de destaque
- Deus deseja que seu povo tenha destaque, cresça, seja abençoado;

7. Ensinamentos

a) A vontade cativa a Deus, provoca o seu agir, mudando o caráter e nos tornando o homem um instrumento divino;

b) Deus não faz reparos e sim refaz
- mexe na estrutura da matéria prima

c) A dura cerviz inibe a concretização do propósito de Deus em nossas vidas;
- não importa quanto erros você cometeu, ainda há oportunidade para ser refeito;
- o oleiro não o esqueceu e nem desistiu de você, basta arrepender-se, para que Ele faça de você um vaso de honra, mudando sua história;
- tira você do monturo, do cativeiro e faz sentar entre os principes (Sl 113.7,8);

d) Fomos criados para louvor é glória de Deus
- vasos de barro que contém o tesouro da Salvação (2Co 4.7);
- vasos que precisam estar limpos e cheios do Espírito Santo (1Jo 2.20,27);
- vasos que testificam e evangelizam, cumprindo a vontade do Pai (Rm 1.16)

CONCLUSÃO

Para ser vaso de honra na casa do Senhor tem que passar por este processo. Não importa sua situação (quebrado, trincado, sujo, emborcado, na sala, na dispensa, vazios,...). Basta submeter-se ao propósito Divino. Não há impossível para Deus, ele pode refazer aquilo que para o homem pode ser impossivel, ele restaura!



Extraido na íntegra de
:arrow: http://pr-joaomarcos.blogspot.com/2009/ ... leiro.html (http://pr-joaomarcos.blogspot.com/2009/07/casa-do-oleiro.html)

SandraMac
04-05-10, 05:51 PM
fonte: www.cpad.com.br (http://www.cpad.com.br)

Lição 06 - A Soberania e a Autoridade de Deus

Leitura Bíblica em Classe
Jeremias 18. 1-10

Introdução
I. A visita a casa do oleiro
II. A soberania de Deus
III. O crente e a vontade de Deus

Conclusão

A Soberania de Deus, a Eleição Divina e a Perseverança do Crente

Prezado professor, o tema na lição deste domingo é “A Soberania e a Autoridade de Deus”. Soberania, em teologia, é classificada como um atributo (ou perfeição) de Deus, inerente somente a Ele (Onipotência, Oniciência, Onipresença, Eternidade, Imutabilidade e Soberania). O termo significa “principal, chefe, supremo”. Soberania refere-se à Deus como o Ser Supremo do universo, está relacionada a poder, ou seja, Deus é o poder supremo do universo. As Escrituras revelam como Ele exerce esse poder. São nos desdobramentos escriturísticos que naturalmente a doutrina da soberania passa a ter uma perspectiva soteriológica: A Eleição Divina e a Perseverança do Crente. Esses dois assuntos, que serão tratados neste subsídio, são desenvolvidos a partir do conceito principal da soberania de Deus.

A Eleição Divina[1]

Precisamos notar as ênfases de Paulo. Uma delas é que ser filho de Deus depende da livre e soberana expressão de sua misericórdia, e não de algo que sejamos ou façamos. Paulo enfatiza a misericórdia divina que inclui os gentios juntamente com os judeus (Rm 9.24-26; 10.12). O calvinismo entende que esse trecho bíblico afirma a doutrina de uma escolha arbitrária de Deus, que não leva em conta a responsabilidade e participação humanas. Essa, porém, não é a única possibilidade. Na mesma seção bíblica (Rm 9 – 11), surgem evidências da participação e responsabilidades humanas (Rm cf. 9.30-33; 10.3-6,9-11,13,14,16; 11.20,22,23). Paulo afirma: “Deus, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer” (9.18). Diz ainda que Israel havia experimentado “o endurecimento em parte” (11.25), mas o contexto parece relacioná-lo à sua desobediência, obstinação e incredulidade (10.21; 11.20). Além disso, Paulo declara que a razão por que “Deus encerrou a todos debaixo da desobediência é “para com todos usar de misericórdia” (11.32). Portanto, não somos forçados a uma única conclusão, isto é, à eleição incondicional.

A Perseverança do Crente[2]

[...] “Jesus (Jo 10.28) está nos dizendo o que vai acontecer: as suas ovelhas não perecerão. Então, pode-se entender que a Bíblia diz que poderíamos apostatar, porém, mediante o poder de Cristo para nos conservar, isso não nos acontecerá”.
Se tal pode acontecer, por que a possiblidade existiria somente em hipótese? Erikson e a maioria dos calvinistas referem-se a Hebreus 6.9 como evidência: “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos”. Semelhante justificativa fica sendo tênue à luz de Hebreus 6.11,12: “Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; para completa esperança; para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas”. Continuar na fé e na prática confirma nossa esperança e herança. É realmente possível fazer uma exegese de Hebreus 10.26-31, mesmo a despeito do v. 39, de modo a concluir que se refira meramente a uma possibilidade lógica, e não real?
Prosseguindo o raciocínio, citemos a advertência de Jesus: “O amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24.12,13). Ele diz que olhar para trás nos torna indignos do Reino (Lc 9.62) e adverte: “Lembrai-vos da mulher de Ló” (Lc 17.32). Jesus diz ainda que, se a pessoa não permanecer nEle, será cortada (Jo 15.6; cf. Rm 11.17-21; 1 Co 9.27). Paulo diz que podemos ser alienados de Cristo e cair da graça (Gl 5.4); que alguns naufragaram na fé (1 Tm 1.19); que alguns abandonarão (gr. aphistêmi) a fé (1 Tm 4.1); e que “se o negarmos, também ele nos negará” (2 Tm 2.12). O escritor aos Hebreus diz que “a casa [de Deus] somos nós, se tão-somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (3.6); que devemos cuidar para que ninguém entre nós tenha “um coração mau e infiel, para se apartar [aphistamai] do Deus vivo” (3.12); e que “nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim” (3.14).

Professor, uma das grandes tentações de pregadores ou expositores bíblicos é dar ênfase absoluta a uma determinada doutrina bíblica (inclinação para cura, seus pressupostos bíblicos se interessam apenas por cura; inclinação para escatologia, seus pressupostos tendem a uma leitura bíblica escatológica, e assim por diante). Os textos acima enfatizam bem o equilíbrio bíblico sobre o assunto “Soberania de Deus”. Nunca houve contradição entre soberania e livre-arbítrio. A história da salvação denota a ação e a eleição de Deus (por meio do Espírito Santo) na salvação do homem, mas deste, se espera a manifestação do fruto de Arrependimento e Fé.
Antes de defendermos a escola teológica A ou B, sejamos bíblicos e cristocêntricos. Veremos que na verdade a soberania de Deus não anula a responsabilidade humana na perseverança de fé em nossa peregrinação. Professor, mostre ao seu aluno a necessidade de desenvolver a perspectiva do Evangelho integral (o Evangelho todo, para o homem todo). Incentive-o a meditar em todas as passagens supracitadas acima, e ajude-os no desenvolvimento de uma leitura coerente e meditativa da Bíblia na iluminação do Espírito Santo. Boa aula!

Referência Bibliográfica

HORTON, Stanley (ed.). Teologia Sistemática, Uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD.
Sugestão de Leitura para interpretação do texto Bíblico
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada. Rio de Janeiro, CPAD.

[1] Extraído da obra “Teologia Sistemática, Uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, p. 362, 3”.

[2] Ibid., p. 375, 6.

SandraMac
04-05-10, 05:52 PM
fonte: revista ENSINADOR CRISTÃO

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Daniel Sampaio
05-05-10, 09:03 PM
Comentário extraido da Revista do Mestre 1° Trimestre 2006 - Salvação e Justificação

Em Jó 42 a soberania de Deus excede qualquer vontade humana;
mediante esta soberania, Ele nos concede o livre-arbítrio .
O Deus soberano, criador de todas as coisas e regente supremo de
todo o universo,decidiu dar-nos a capacidade de escolher entre a
natureza santa e pecaminosa . No próprio Éden, Deus concede a
liberdade ao homem escolher entre a vida e a morte ,
entre a natureza divina e a natureza carnal ( Gn 3.1-13; Dt 30.19).
Temos a capacidade de escolher em qual natureza desejamos viver (Gl 5.13)
Se escolhermos a carne,inclinamos para o pecado (Rm 8.6,7),
mas se decidimos por uma vida santa,somos espirituais (Rm 8.5,9,14).


Seque em anexo uma apresentação simples de slides

Fiquem na Paz!!!

LuizHenriqueASilva
07-05-10, 07:46 PM
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