José Graal
28-09-09, 11:20 AM
Ola!
A paz do Senhor Jesus para todos os irmãos!
Queridos gostaria de saber a opinião de voces, sobre a atitude de Pôncio Pilatos ao lavar as suas mãos, quando do julgamento de Jesus Cristo?
O que ele quis dizer com esta atitude?
faço esta pergunta porque fui em um culto em certa igreja, e quando o pastor ministrou a santa ceia, todos os que iam participarem da ceia, lavaram as maos e o pastor se expresso da seguinte forma: como Pilatos lavou as maos, nos tambem lavamos as maos ao participar do corpo e do sangue de Jesus Cristo.
Ja deixo claro que não lavaram as maos com o proposito de demonstrar higiene como algumas igrejas fazerm quando reparte o pão, ou seja sei que em algumas igreja o pão não vem ja em pedaços pequenos, vem o pão inteiro e o diaconos cabem parti-lo e servi-lo aos membros e para isto lavam as mãos por questao de higiene.
Mas o caso que estou apresentado não foi este o sentido.
qual o entendimento dos irmão nesse caso?
Roberto
28-09-09, 04:23 PM
Olá José Graal,
Essa passagem somente é registrada no evangelho de Mateus. Definidamente não se sabe se tal ação tenha um sentido simbólico entre os romanos. Porém os judeus devem ter entendido de imediato.
"Se na terra que o Senhor teu Deus te dá para a possuíres, for encontrado algum morto caído no campo, sem que se saiba quem o matou,
sairão os teus anciãos e os teus juízes, e medirão as distâncias dali até as cidades que estiverem em redor do morto;
e será que, na cidade mais próxima do morto, os anciãos da mesma tomarão uma novilha da manada, que ainda não tenha trabalhado nem tenha puxado na canga, trarão a novilha a um vale de águas correntes, que nunca tenha sido lavrado nem semeado, e ali, naquele vale, quebrarão o pescoço à novilha.
Então se achegarão os sacerdotes, filhos de Levi; pois o Senhor teu Deus os escolheu para o servirem, e para abençoarem em nome do Senhor; e segundo a sua sentença se determinará toda demanda e todo ferimento; e todos os anciãos da mesma cidade, a mais próxima do morto, lavarão as mãos sobre a novilha cujo pescoço foi quebrado no vale, e, protestando, dirão: As nossas mãos não derramaram este sangue, nem os nossos olhos o viram. Perdoa, ó Senhor, ao teu povo Israel, que tu resgataste, e não ponhas o sangue inocente no meio de teu povo Israel. E aquele sangue lhe será perdoado. Assim tirarás do meio de ti o sangue inocente, quando fizeres o que é reto aos olhos do Senhor." Dt 21.1–9
"Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência" Sl 73.13
A famosa jurisprudencia romana pretendia assegurar um julgamento justo a todos. Pilatos era responsável pela aplicação desse alto conceito de justiça humana. Porém, Pilatos deixou que a multidão ditasse a sentença de morte a Jesus, como se vê na pergunta: "...Que farei então de Jesus, que se chama Cristo?... "Mt 27:22a
Uma consideração que pesava sobre Pilatos era a de evitar, a todo custo, uma reação tumultuosa da multidão. Havia esgotado todos os recursos disponiveis para livrar Jesus e de apaziguar o povo. Finalmente, se deu conta de que não consegueria nada (versículo 24) e que a multitdão estava cada vez mais impaciente e exigente. O ato de lavar as mãos diante da multidão e declarar-se inocente do sangue de Jesus jamais podería livrá-lo de sua responsabilidade como procurador romano. Por outro lado, era a única vía para evitar um distúrbio que talvez não pudesse controlar e que lhe traria uma sanção de Roma. Pilato sabia que os judeus tinham o recurso de denuncia-lo ao imperador romano. Estava na “corda bamba”; em um grande dilema.
Quando Pilatos exime-se de toda responsabilidade do assassinato que está para ser cometido, se faz culpado de um ato de covardia, falta de veracidade e honradez; e quando acrescenta : "Sou inocente do sangue deste homem; seja isso lá convosco" Mt 27:24, ou seja, ele quiz dizer "é um problema de vocês!", literalmente está dizendo novamente seu intento de se livrar da responsabilidade. Estava dizendo: “É responsabilidade de vocês e nao minha”, estava dizendo uma mentira, porque certamente era seu dever como juiz pronunciar um veredito justo e, neste caso, absolver o acusado.
Portanto, o ato de lavar as mãos simbolizava a eximição da resposabilidade do assassinato de Jesus.
Se formos lavar as mãos na santa ceia como Pilatos lavou, estaríamos também nos eximindo do assassinato D' Ele, que é um entendimento totalmente estranho à Ceia do Senhor.
Portato José Graal, não há nenhuma conexão entre os dois eventos. Associá-los é demasiadamente forçoso e inventivo.
Dúvidas volte a escrever :wink:
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