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Ver Versão Completa : [Lição 2] A superioridade da mensagem da cruz



Roberto
01-04-09, 09:29 AM
INTRODUÇÃO
As escolas de treinamento retórico na Grécia não eram só altamente competitivas mas também altamente consciente de sua importância. Honra poderia ser ganha utilizando-se ferramentas do comércio retórico para mudar qualquer argumento, se verdadeiro ou falso, em uma atração convincente que balançasse a audiência para acreditar nisso como verdadeiro. Prestígio retórico significava prestígio social. Esse pano de fundo fez com que os crentes em Corinto que admiravam a filosofia dos homens pensassem que a igreja seria melhor se usasse a sabedoria dos homens para ganhar novos convertidos menosprezando a mensagem da cruz.


I – A NATUREZA DA PREGAÇÃO BÍBLICA
1. A genuína pregação bíblica deve ser centrada unicamente em Cristo e sua morte na cruz (v.2)
O foco de Paulo era ensinar que Jesus Cristo pagou a penalidade do pecado na cruz. John MacArthur diz que, até alguém entender e acreditar no evangelho, não há nada mais para dizer a ele. O desejo de obter sucesso e a necessidade de aprovação faz com que pregadores tenham a própria interpretação deles da mensagem de Deus, e alguns inventam o próprio vocabulário, utiliza-se de arte dramática ou técnicas para manipular a resposta das pessoas e só pregam o que as pessoas gostam de ouvir. Paulo insistiu que os leitores voltassem aos fundamentos do evangelho. Ele quis convertidos, não elogios. A chamada dele era para ser uma testemunha, não um artista. Se ensinando uma classe, treinando nossas crianças, pastoreando uma igreja, ou falando com um amigo, é importante que a nossa mensagem seja Cristo e sua morte na cruz.

2. O verdadeiro sentido da cruz aplicado a vida cristã
Levar a cruz era uma ilustração vívida da humildade e submissão que Jesus estava pedindo aos seus seguidores. Quando Jesus usou este exemplo dos seguidores dele levando as cruzes deles para segui-LO, os discípulos entenderam o quadro. Morte em uma cruz era uma forma de execução usada por Roma para o que eles consideraram criminosos perigosos. Um prisioneiro levava a própria cruz para o lugar da execução, significando submissão ao poder de Roma. Então, Jesus quis identificar os seguidores dele, enquanto enfrentando opressão social, política e ostracismo, com lealdade absoluta. Para alguns, levando para cima o atravessado poderia significar morte realmente. Estas palavras significam que os seguidores dele tinham que estar preparado para obedecer a palavra de Deus não importando as conseqüências. Nós temos que contar o custo disso e devemos estar preparados para pagá-lo. Em seguida, Jesus levaria a própria cruz dele. Jesus pediu algo sem igual e raro quando ele sugeriu que os discípulos fossem leais a ele. O que recebe nossa lealdade hoje? Times de jogos esportivos? Contanto que eles estejam ganhando. Carreira? Contanto que nós estejamos progredindo. Matrimônio? Contanto que o cônjuge permaneça atraente. Basicamente, o ego só parece merecer a lealdade do ego. É cada pessoa olhando para si mesmo.
Na fé cristã Jesus deve ser o número um, e nós temos que dar nossa lealdade. Permaneça com ele apesar das situações difíceis que você possa passar. Nunca pensa preteri-LO em troca de vantagens pessoais. Permaneça leal a Jesus e o siga de toda maneira para o todo o modo para céu.


3. A legítima pregação pública é poderosa em Deus (v.4)
Paulo não veio para Corinto como um poderoso pregador, nem para se glorificar ou começar um fã clube religioso, mas “..em fraqueza, e em temor, e em grande tremor”. A atitude dele não era medrosa, mas de total dependência em Deus para realizar a importante tarefa de trazer o evangelho a esta cidade má e idólatra. Antes de vir para Corinto, Paulo tinha enfrentado muitos eventos desencorajadores no ministério. Em Filipos, o ministério dele começou forte mas quase foi arruinado por oposição judia (isto também aconteceu em Tessalônica e Beréia). Em Atenas, Paulo teve muito poucos resultados positivos. Teria sido mesmo desanimador.
Paulo não dependeu de sermões eloqüentes; ele declarou a Palavra de Deus simplesmente no poder do Espírito. Se ele tivesse usado de fala espetacular e filosofia, teria se exaltado e escondido o mesmo Cristo que ele veio proclamar! Deus não lhe teria enviado a proclamar o Evangelho com sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo não se tornasse sem nenhum efeito (1 Co. 1:17). Paulo não estava negando a importância do estudo e preparação teológica, ele teve uma educação completa na Bíblia, nem está falando que Deus premia a ignorância ou rejeita sabedoria de qualquer tipo. Porém, ele não dependeu do uso de técnicas e discursos persuasivos para mudar os corações das pessoas. Isso só aconteceria pelo trabalho do Espírito Santo entre eles. Deus é completamente soberano neste processo que parece tolo para o mundo a maneira que Deus escolheu realizar salvação (pela cruz, 1:18-25). Um pregador fraco com uma mensagem clara parecia uma receita para um desastre. Paulo deliberadamente escolheu não usar o estilo de persuasão e oratória que fascinava o mundo grego. Ao invés disso, ele trouxe uma mensagem simples que dependia do poder do Espírito Santo para sua efetividade. Paulo não quis os ouvintes dele focalizados nos seus discursos em si mesmo, ou como ele apresentou isto, ou qualquer outra marca de sabedoria humana que poderia ter sido usada para persuadir os coríntios para a crerem.

Uma determinada igreja tinha uma janela com um lindo vitral atrás do púlpito. O vitral retratava Jesus Cristo na cruz. Num domingo havia um pregador convidado que era muito menor que o pastor. Uma pequena menina ouviu o convidado durante um certo tempo, então virou-se para a mãe dela e perguntou: “Aonde está homem que normalmente fica de pé lá? Quando ele está lá nós não podemos ver Jesus!” Muitos pregadores da Palavra são assim, estão seriamente preocupados com suas performance e com seus dons que acabam não revelando a glória de Jesus Cristo. Paulo se gloriou na cruz de Cristo (Gl. 6:14) e fez disso o centro de sua mensagem. A cidade de Corinto estava cheia de tais pregadores. Os filósofos itinerantes e professores dependeram da sabedoria e eloqüência deles para ganhar seguidores.

4. A autêntica pregação bíblica gera fé (v.5)
Os crentes coríntios admiraram professores impressivos. Alguns tinham vindo à fé pelo ministério de Paulo. Outros aprenderam a salvação por Pedro. Ainda outros tinham sido chamados ao discipulado por Apolo. Mas muitos deles estavam fazendo o que Paulo tinha tentado prevenir quando esteve na cidade pela primeira vez. Paulo queria que os coríntios confiassem em Deus e não no mensageiro que Deus enviou. Eles estavam discutindo sobre personalidades e estavam esquecendo que Deus se revela as pessoas pelo Espírito Santo. A fé não vem de sermões de filosofia ou psicologia ou político; vem da pregação da Palavra de Deus. Até que alguém ouça a Palavra de Deus, não pode ser salva. Note que a fé não está no que é ouvido, mas fé ocorre pelo que é ouvido, só pode ocorrer pelo evangelho, "Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo" Rm 10:17. Os maiores professores nunca ensinam sobre Deus, mais do que eles receberam, é parte do programa de treinando de Deus, mas eles não podem substituir o Espírito de Deus. É muito triste quando pastores ou evangelistas não ensinam as pessoas a caminharem sozinhas com Cristo. Quão triste quando os cristãos têm que se apoiarem em outros crentes e nunca aprendem a caminhar no próprio deles. Estas pessoas mantinham os olhos em líderes humanos, estavam comparando os homens, e não estavam crescendo na Palavra. Crentes honram os que lhes apresentaram as Boas Novas. Cristãos novos, como muito recém-nascidos, confiam plenamente nesses que os apresentaram a Cristo. Mas crescimento espiritual saudável depende de uma fé arraigada em Cristo. Devemos continuar respeitando esses que nos trouxeram a Cristo, mas nós também devemos achar maneiras de ajudá-los. Como você satisfez as necessidades específicas desses que trouxeram o evangelho para você?

II – CONSTRASTES ENTRE A VERDADEIRA E A FALSA SABEDORIA
1.A sabedoria deste mundo (v.6)
Esta seção foi escrita porque o Paulo não quis criar um tipo de anarquia intelectual entre cristãos nem renunciar os conceitos de razão e lógica. Este equilíbrio continua sendo necessário a igreja em todas as épocas. Paulo não deprecia a sabedoria como alguns anti-intelectuais fazem hoje. Paulo não acreditava que se tornar um seguidor de Jesus Cristo era um ato de suicídio intelectual. Pelo contrário, o que ele proclama é a única e verdadeira sabedoria. É importante observar que o homem espiritual não perca o poder de argumentar. Os coríntios estavam acostumados a debates filosóficos, se ocupavam disso ou simplesmente estavam acostumados a ouvi-los. Os coríntios estavam familiarizado com o princípio filosófico que o conhecimento era conhecido apenas quando se gostava do conhecimento. Os gregos eram grandes filósofos, mas a filosofia deles não pôde explicar um Deus que morreu em uma cruz, um Deus que se preocupa com as pessoas. Os deuses deles não estavam interessados nos problemas dos mortais, e a atitude grega para o corpo humano era tal que eles não podiam conceber um Deus que está no interior do corpo humano. Mas, Paulo não veio a eles com filosofia, ele veio com a mensagem do evangelho. Quando Paulo não entreteve os ouvintes dele com palavras de sabedoria (recorrendo a debate filosófico), muitos o criticaram, considerando a mensagem dele sem importância. Paulo não estava ensinando uma filosofia, nem estava debatendo noções especulativas, pois estes nunca salvaram ninguém. Se ele tivesse dependido de sabedoria humana e tivesse apresentado o plano da salvação como um sistema filosófico, então os coríntios teriam posto a confiança deles em uma explicação. Uma fé que repousasse em argumentos lógicos e filosóficos seria uma fé à mercê de outros argumentos da mesma natureza. O que depende de um argumento inteligente está à mercê de outro argumento habilidoso, a verdade cristã está fora do reino do intelecto, o evangelho contém uma sabedoria, mas uma sabedoria espiritual. Tal sabedoria, escreveu Paulo, o tipo de sabedoria que pertence a este mundo, o tipo que atrai os príncipes deste mundo, não oferece nada em matéria de salvação.

2. A sabedoria de Deus (VV. 7-9)
Ao invés disso, quando ele estava entre cristãos maduros, Paulo falou com palavras de sabedoria, mas esta era a sabedoria mais alta porque veio de Deus. Os cristãos maduros não eram esses com treinamento avançado, mas esses que foram iluminados pelo Espírito Santo e tinham recebido a salvação, contrastado com esses que tinham rejeitado (1:21-23; 2:14). Por causa da orientação do Espírito Santo, os crentes poderiam se apossar dessa sabedoria secreta de Deus que estava oculta em épocas passadas. Sabedoria secreta refere-se à oferta de salvação a todas as pessoas disponível pela morte de Jesus na cruz. Este plano era secreto porque só pela sabedoria de Deus e a perspicácia dada pelo Espírito dele, as pessoas começam a compreender isto. Tentar entender este plano com sabedoria humana e por discussões filosóficas não levarão as pessoas a nenhuma parte. Só Deus, pelo Espírito Santo, pode revelar isto (2:10). Devido o conhecimento das coisas de Deus ser de natureza espiritual mais do que intelectual, não há base para glorificar nenhum líder religioso por sua suposta superioridade nessa esfera. Os coríntios eram fascinados por sabedoria, eles pensaram erroneamente que pudessem superar a mensagem simples da cruz de Cristo. Seja precavido de qualquer ensino, não importa quão fascinante seja, se isso busque acrescentar algo ao que Jesus realizou. Tudo aquilo que Deus revelou começa e termina em Cristo.

3. A sabedoria de Deus revelada pelo Espírito (vv. 10-16)
O Espírito Santo é o agente de transmissão e comunicação da Trindade. O primeiro passo da transmissão da verdade de Deus é a revelação. Como um membro da trindade, o Espírito conhece a mente de Deus perfeitamente. Deus usou anjos para muitos serviços surpreendentes e maravilhosos, mas Ele não confiou a revelação da Nova Aliança a um anjo. As verdades da Palavra dele foram reveladas pelo Espírito. O Espírito sabe as coisas de Deus porque o Espírito é Deus. O Espírito é então a ligação entre Deus. O Espírito Santo é o autor divino da Bíblia. Ele usou muitos agentes humanos, mas a mensagem é completamente dele. A revelação é a pura Palavra de Deus. A verdade desta passagem é que nenhuma suposta exibição de espiritualidade baseada somente em dons espirituais reflete crescimento espiritual genuíno, se estiver separado do nosso crescimento básico no conhecimento da Palavra de Deus. Sem este esteio na palavra, nós podemos estar iludidos sobre nosso crescimento. Tal esteio é em verdade e amor, não meramente na aquisição de conhecimento. Para experimentar verdadeiro crescimento espiritual, nós temos que passar tempo na Palavra e temos que nos separar dos obstáculos de competitividade e discussão.

CONCLUSÃO
Nenhum de nós recebeu a Cristo porque alguém era inteligente ou eloqüente. Nós precisamos voltar à fundação segura da nossa fé: a sabedoria de exaltar Cristo acima de tudo. Embora Paulo fosse bem-educado (veja Atos 22:3), ele tinha apresentado o evangelho aos coríntios com simplicidade, focalizando a pessoa de Cristo, de forma que a fé deles estaria em Cristo, não nele. Se fôssemos resumir esta lição parafraseando-a, resumiríamos assim: MENSAGEM PODEROSA, MENSAGEIRO IMPOTENTE.

Bibliografia:
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2. Carro, Daniel ; Poe, José Tomás ; Zorzoli, Rubén O. ; Editorial Mundo Hispano (El Paso, Tex.): Comentario B??blico Mundo Hispano Hechos. 1. ed. El Paso, TX : Editorial Mundo Hispano, 1993-1997, S. 104
3. Wiersbe, Warren W.: The Bible Exposition Commentary. Wheaton, Ill. : Victor Books, 1996, c1989, S. 1Co 2:6
4. Dicionário Houaiss da lingual portuguesa, versão 1.0
5. Biblia Plenitud : La Biblia De Estudio Que Le Ayudara a Comprender a Aplicar La Plenitud Del Espiritu Santo En Su Diario Vivir. electronic ed. Nashville : Editorial Caribe, 2000, c1994, S. 1Co 2:9
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16. Willmington, H. L.: Willmington's Bible Handbook. Wheaton, Ill. : Tyndale House Publishers, 1997, S. 679
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Roberto
06-04-09, 09:03 AM
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Roberto
10-04-09, 01:20 PM
Dinâmicas sugeridas na revista ensinador cristão
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