Rosemeire
18-12-08, 11:18 AM
Remodela-me, Senhor!
Desci à casa do oleiro a fim de encomendar um vaso.
No momento em que esperava para ser atendido, meus olhos admirados passeavam de um objeto a outro, encantados com sua beleza.
Foi quando reparei em um canto um pequeno pedaço de barro. Pareceu-me abandonado.
Aproximei-me e, ali mesmo, fui testemunha de uma coisa espantosa.
- Remodela-me, Senhor! - repetia com ar sofredor a pobre criatura. Impressionado, dirigi-me ao oleiro:
- Amigo, sempre apreciei teu trabalho. Como todos sabem, a melhor obra é a que sai de tuas mãos, no entanto, me recuso a acreditar que por mero descuido relegaste um pequeno pedaço de barro à mais triste solidão.
Ele me fitou em silêncio, a princípio pensei que fosse condenar minha aflição, mas após alguns minutos se pronunciou:
- Caro amigo, aprecio tua preocupação, porém o pequeno barro de nada me serve, te garanto que não tem jeito não.
- Como assim, me recuso a acreditar que tão hábil oleiro não saiba o barro aproveitar.
- Julgaste-me mal. Este barro é que é um enganador, garanto que milhares de vezes o tomei entre as mãos e todas às vezes decepcionado, me vi forçado a abandoná-lo. É impossível trabalhar com ele, e se o deixo perto de mim é porque mesmo assim o amo de coração.
- Mas que defeito tão grave é este?
- É simples, não se deixa modelar.
- Entendo! - exclamei desconcertado.
Neste dia, deixei a olaria pensativo. Quantas vezes pedimos, imploramos.. . E não sabemos aproveitar as oportunidades que a vida nos dá. Cada dia uma nova porta se abre à nossa frente. Cada dia somos chamados a fazer a experiência da Ressurreição. Podemos aceitar o convite e caminhar ou ficar parado, olhando mais uma porta se fechar.
Remodela-me, Senhor! - repetia o pequeno barro.
Será que ele queria ser remodelado?
E você?
Desci à casa do oleiro a fim de encomendar um vaso.
No momento em que esperava para ser atendido, meus olhos admirados passeavam de um objeto a outro, encantados com sua beleza.
Foi quando reparei em um canto um pequeno pedaço de barro. Pareceu-me abandonado.
Aproximei-me e, ali mesmo, fui testemunha de uma coisa espantosa.
- Remodela-me, Senhor! - repetia com ar sofredor a pobre criatura. Impressionado, dirigi-me ao oleiro:
- Amigo, sempre apreciei teu trabalho. Como todos sabem, a melhor obra é a que sai de tuas mãos, no entanto, me recuso a acreditar que por mero descuido relegaste um pequeno pedaço de barro à mais triste solidão.
Ele me fitou em silêncio, a princípio pensei que fosse condenar minha aflição, mas após alguns minutos se pronunciou:
- Caro amigo, aprecio tua preocupação, porém o pequeno barro de nada me serve, te garanto que não tem jeito não.
- Como assim, me recuso a acreditar que tão hábil oleiro não saiba o barro aproveitar.
- Julgaste-me mal. Este barro é que é um enganador, garanto que milhares de vezes o tomei entre as mãos e todas às vezes decepcionado, me vi forçado a abandoná-lo. É impossível trabalhar com ele, e se o deixo perto de mim é porque mesmo assim o amo de coração.
- Mas que defeito tão grave é este?
- É simples, não se deixa modelar.
- Entendo! - exclamei desconcertado.
Neste dia, deixei a olaria pensativo. Quantas vezes pedimos, imploramos.. . E não sabemos aproveitar as oportunidades que a vida nos dá. Cada dia uma nova porta se abre à nossa frente. Cada dia somos chamados a fazer a experiência da Ressurreição. Podemos aceitar o convite e caminhar ou ficar parado, olhando mais uma porta se fechar.
Remodela-me, Senhor! - repetia o pequeno barro.
Será que ele queria ser remodelado?
E você?