Linolica
07-11-08, 03:18 PM
Outubro/2008
Entro no Orkut e dou uma rápida olhada nas atualizações. Um lindo bebê chama a minha atenção. Dou um clic em cima dele e vejo sua foto ampliada. Seu nome é Elijah – olhos brilhantes e cheio de vida, bochecha fofa, discreto sorriso, enfim, a coisinha mais fofa do mundo. Meus olhos se enchem de lágrimas e meu coração de gratidão ao contemplar o pequeno Elijah. Não o conheço pessoalmente, mas conheço seus avós.
Final da década de 80.
No 4o. andar do prédio da extinta Cooperativa Agrícola de Cotia, preencho alguns formulários, quando se aproxima Edevaldo – um amigo que conheci recentemente. Descobri que ele também é cristão. Nesse momento ele compartilha comigo sua dor de pai. Apresenta para mim uma folha impressa onde relata uma rara doença que acomete sua pequena filha. Olho a foto da pequena Emily – ela é bem pequena mesmo, magrinha, pálida. Os remédios para o tratamento dela não existem no Brasil e precisam ser importados dos Estados Unidos. O custo é alto e o salário não está dando para cobrir as despesas. Edevaldo comenta comigo: - Não tem jeito... vou ter que ir para os Estados Unidos, embora ainda exista a incerteza de cura, pois a doença é rara e os médicos dão poucas esperanças de vida para a pequena Emily.
Tem coisas que a gente não entendo o porquê. Só sei que orei e chorei pela pequena Emily e pedi para que Deus a curasse. Creio que a igreja que o Edvaldo freqüentava também orou pra que Deus a curasse, mas Deus não a curou, pois o agir de Deus era de outra forma.
Na época pedíamos incessantemente um milagre na vida de Emily, mas a verdade é que a Emily é que era o milagre.
Como Abraão, o barbudo amigo Edevaldo saiu da sua casa e da sua parentela e foi pra uma terra de língua estranha – a terra do tio Sam.
A partir da década de 90 fui acompanhando a trajetória dessa família via e-mail e depois via orkut:
Tratamento da Emily
Os duros empregos do Edevaldo e da Cícera
O tratamento da Emily
O green card
O tratamento da Emily
O financiamento da casa
O tratamento da Emily
O transplante de rim – mãe Cícera doa rim para a filha Emily
A adaptação do novo rim da Emily
Remédios da Emily
A Emily fazendo missões pelo mundo afora
A Emily saltando de pára-quedas
A Emily se casando
Vejo as fotos no orkut do casamento da Emily – um poodle vestido de smoking. A Emily de noiva e nos pés all star e todos na festa também assim.
A Emily que fica grávida
O nascimento de Elijah.
Emily a menina do papel impresso, cujos médicos diagnosticaram pouco tempo de vida, virou o jogo da vida e decidiu viver apegada ao autor da vida. Ela cresceu em a meio tratamentos, medicamentos e hospitais. Imagino que não foi fácil para essa família. Mas em todo o tempo eles se uniram em família, se uniram em Jesus, confiaram. Para mim, é como Abraão, nos tempos modernos. Foram guiados pela fé e não por vista. Edevaldo, Cícera, Ellen e Emily. Família abençoada que passou por lutas, como toda boa família, mas não desistiram nunca e edificaram um lar. E isso chama minha atenção para muitos casais modernos de nossos dias, que desistem de criar seus filhos, outorgam a outros, que desistem de estabelecer um lar, de criar vínculos e moram em casas de cimento e pedra e não em lares edificados em amor, calor humano e sacrifício e logo essas casas entram em ruínas. Talvez mais lares precisassem de milagres chamados Emily, mas também fica a dúvida? Será que esses milagres não seriam atirados pela janela?
Na década de 80, não entendia nada dessas coisas. Não conseguia vislumbrar o quebra-cabeça. O porquê de tudo isso. Cheguei a resmungar com Deus, pois queria que meu amigo tivesse vivenciasse um milagre na vida da filha. Não era justo isso. Hoje, quando contemplo o pequeno Elijah, o reizinho na família Mello e a alegria no rosto dos avós, da Emily e seu marido, na tia babona Ellen... Eu vejo que só Deus mesmo para realizar essas coisas. Ele é tremendo. Eu não sei se Emily foi curada, se toma medicamentos, enfim, pouco sei, mas sei de uma coisa... Emily é um milagre vivo nos nossos dias e que em seu perfil do orkut diz: “Tu, ó Senhor Deus, me deste o escudo que salva a minha vida. O teu cuidado me tem feito prosperar, e o teu poder me tem sustentado.” Sl. 18:35
Em Cristo
Lina Linolica - 05/11/2008
http://www.freewebs.com/linolica
linolica@terra.com.br
Mandei um e-mail para a Cícera pedindo autorização para publicar a história da sua filha, ela ficou comovida, dizendo recordar de cada momento, enfatizar que sua família não era perfeita. Bom... se fosse perfeita, era para ser comercial de margarina, que soa falsidade, e o gostoso é ser transparente, pois tem cara de humanidade, e o verdadeiro ser humano se apega àquele que o gerou e se encontra com a graça e com o perdão de Jesus Cristo. Cícera também compartilhou que a gravidez de Emily foi de risco intenso para ela e o bebê. Os médicos não acreditavam que o bebê nasceria e que Emily perderia o rim. E realmente foi algo bem conturbado, com prognósticos médicos nada favoráveis. Enfim, a cada 15 dias Emily vai ao hospital para exames, tratamentos e remédios e tem muitas limitações, mas ela nunca se entrega (Sl. 18:35)
Entro no Orkut e dou uma rápida olhada nas atualizações. Um lindo bebê chama a minha atenção. Dou um clic em cima dele e vejo sua foto ampliada. Seu nome é Elijah – olhos brilhantes e cheio de vida, bochecha fofa, discreto sorriso, enfim, a coisinha mais fofa do mundo. Meus olhos se enchem de lágrimas e meu coração de gratidão ao contemplar o pequeno Elijah. Não o conheço pessoalmente, mas conheço seus avós.
Final da década de 80.
No 4o. andar do prédio da extinta Cooperativa Agrícola de Cotia, preencho alguns formulários, quando se aproxima Edevaldo – um amigo que conheci recentemente. Descobri que ele também é cristão. Nesse momento ele compartilha comigo sua dor de pai. Apresenta para mim uma folha impressa onde relata uma rara doença que acomete sua pequena filha. Olho a foto da pequena Emily – ela é bem pequena mesmo, magrinha, pálida. Os remédios para o tratamento dela não existem no Brasil e precisam ser importados dos Estados Unidos. O custo é alto e o salário não está dando para cobrir as despesas. Edevaldo comenta comigo: - Não tem jeito... vou ter que ir para os Estados Unidos, embora ainda exista a incerteza de cura, pois a doença é rara e os médicos dão poucas esperanças de vida para a pequena Emily.
Tem coisas que a gente não entendo o porquê. Só sei que orei e chorei pela pequena Emily e pedi para que Deus a curasse. Creio que a igreja que o Edvaldo freqüentava também orou pra que Deus a curasse, mas Deus não a curou, pois o agir de Deus era de outra forma.
Na época pedíamos incessantemente um milagre na vida de Emily, mas a verdade é que a Emily é que era o milagre.
Como Abraão, o barbudo amigo Edevaldo saiu da sua casa e da sua parentela e foi pra uma terra de língua estranha – a terra do tio Sam.
A partir da década de 90 fui acompanhando a trajetória dessa família via e-mail e depois via orkut:
Tratamento da Emily
Os duros empregos do Edevaldo e da Cícera
O tratamento da Emily
O green card
O tratamento da Emily
O financiamento da casa
O tratamento da Emily
O transplante de rim – mãe Cícera doa rim para a filha Emily
A adaptação do novo rim da Emily
Remédios da Emily
A Emily fazendo missões pelo mundo afora
A Emily saltando de pára-quedas
A Emily se casando
Vejo as fotos no orkut do casamento da Emily – um poodle vestido de smoking. A Emily de noiva e nos pés all star e todos na festa também assim.
A Emily que fica grávida
O nascimento de Elijah.
Emily a menina do papel impresso, cujos médicos diagnosticaram pouco tempo de vida, virou o jogo da vida e decidiu viver apegada ao autor da vida. Ela cresceu em a meio tratamentos, medicamentos e hospitais. Imagino que não foi fácil para essa família. Mas em todo o tempo eles se uniram em família, se uniram em Jesus, confiaram. Para mim, é como Abraão, nos tempos modernos. Foram guiados pela fé e não por vista. Edevaldo, Cícera, Ellen e Emily. Família abençoada que passou por lutas, como toda boa família, mas não desistiram nunca e edificaram um lar. E isso chama minha atenção para muitos casais modernos de nossos dias, que desistem de criar seus filhos, outorgam a outros, que desistem de estabelecer um lar, de criar vínculos e moram em casas de cimento e pedra e não em lares edificados em amor, calor humano e sacrifício e logo essas casas entram em ruínas. Talvez mais lares precisassem de milagres chamados Emily, mas também fica a dúvida? Será que esses milagres não seriam atirados pela janela?
Na década de 80, não entendia nada dessas coisas. Não conseguia vislumbrar o quebra-cabeça. O porquê de tudo isso. Cheguei a resmungar com Deus, pois queria que meu amigo tivesse vivenciasse um milagre na vida da filha. Não era justo isso. Hoje, quando contemplo o pequeno Elijah, o reizinho na família Mello e a alegria no rosto dos avós, da Emily e seu marido, na tia babona Ellen... Eu vejo que só Deus mesmo para realizar essas coisas. Ele é tremendo. Eu não sei se Emily foi curada, se toma medicamentos, enfim, pouco sei, mas sei de uma coisa... Emily é um milagre vivo nos nossos dias e que em seu perfil do orkut diz: “Tu, ó Senhor Deus, me deste o escudo que salva a minha vida. O teu cuidado me tem feito prosperar, e o teu poder me tem sustentado.” Sl. 18:35
Em Cristo
Lina Linolica - 05/11/2008
http://www.freewebs.com/linolica
linolica@terra.com.br
Mandei um e-mail para a Cícera pedindo autorização para publicar a história da sua filha, ela ficou comovida, dizendo recordar de cada momento, enfatizar que sua família não era perfeita. Bom... se fosse perfeita, era para ser comercial de margarina, que soa falsidade, e o gostoso é ser transparente, pois tem cara de humanidade, e o verdadeiro ser humano se apega àquele que o gerou e se encontra com a graça e com o perdão de Jesus Cristo. Cícera também compartilhou que a gravidez de Emily foi de risco intenso para ela e o bebê. Os médicos não acreditavam que o bebê nasceria e que Emily perderia o rim. E realmente foi algo bem conturbado, com prognósticos médicos nada favoráveis. Enfim, a cada 15 dias Emily vai ao hospital para exames, tratamentos e remédios e tem muitas limitações, mas ela nunca se entrega (Sl. 18:35)