SandraMac
11-09-08, 05:11 PM
Lição 11 - Milagres e Curas
Leitura Bíblica: João 2.1-11
Objetivo: Demonstrar que o nosso Deus pode curar todas as doenças e realizar milagres.
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fonte: http://www.cpad.com.br
CRESCENDO NO CONHECIMENTO
“Jesus principiou assim os seus sinais (2.11), frase que só é observada no quarto Evangelho, é uma introdução adequada para tudo o que vem a seguir.
Nenhum outro milagre contém tanta profecia; nenhum outro, portanto, poderia ter iniciado tão apropriadamente todo o futuro trabalho do Filho de Deus. Pois este trabalho poderia ser caracterizado do princípio ao fim como um enobrecer do comum e uma trans*formação do inferior; uma transformação da água da vida em vinho do céu.
E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia (1). A época deste acontecimento tem um duplo significado. O primeiro, puramente cronológico, rela*ciona este acontecimento com a conversa com Natanael. A tradução literal seria "depois do dia seguinte" ou "dois dias depois". A promessa feita a Natanael de que ele veria o céu aberto não poderia demorar a ser cumprida. Foi neste terceiro dia que Jesus... manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (11).
O milagre aconteceu em Caná, pouco mais de catorze quilômetros ao norte da cidade de Nazaré (ver mapa 1). 2 A designação Caná da Galiléia provavelmente é feita para distinguir este lugar de outra Caná, próxima de Tiro, ou possivelmente para assinalar a mudança de lugar dos acontecimentos, da Peréia para a Galiléia.
Fizeram-se umas bodas. Embora este fosse um acontecimento histórico, as bodas são uma metáfora freqüentemente usada nos ensinos de Jesus sobre a natureza do Rei*no que há de vir. O Reino é comparado a um casamento real (Mt 22.2). Jesus descreve a si mesmo como o Noivo, e os seus discípulos como convidados (Mc 2.19-20). Em outra ocasião, Jesus é o Noivo e João Batista é o amigo ou "padrinho" (3.29). Em outro exemplo do Novo Testamento, a Igreja é a noiva e Cristo é o Noivo (2 Co 11.2; Ap 21.2). Em uma metáfora ampliada, Paulo fala da Igreja como a noiva de Cristo (Ef 5.22-32).”
(Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD. p.42)
SAIBA MAIS
“Lauren estava atrasada, e quase não conseguiu entrar em sua sala de aula quando o primeiro sinal tocou. Um pouco depois, o diretor parou diante de sua porta, lançando para Lauren um olhar conhecido, enquanto a jovem professora organizava seus indisciplinados alunos da terceira série. Com as crianças finalmente sentadas, anúncios começaram pelo sistema de som, e Lauren deu uma escapadinha para o *fundo da sala, pretendendo usar estes poucos minutos para se recompor.
Senhor Jesus, não sei como posso continuar. Não acho que possa ter o equilíbrio necessário para ensinar hoje, ela orou silenciosamente. Por que, Deus, por que Tu não poderias ter evitado e interrompido isso? Como posso continuar quando meu esposo Michael está tendo um caso, e hoje ele anuncia que está preparando a papelada para pedir o divórcio? Deus, ajude-me.
Sua oração foi interrompida pelo fim dos anúncios. Com os olhos vidrados e segurando as lágrimas, Lauren notou a pequena Madison puxando a sua mão: "Profes*sora, posso ir ao banheiro, por favor?"
Como Lauren, sufocada pelos problemas, você já en*frentou a sua sala de aula e pensou que nunca conseguiria chegar ao fim do dia? Poderia ser um divórcio, um pai ou mãe. Com uma doença em estado terminal, dificuldades financeiras, uma filha grávida — não importa quais possam ser os seus problemas. Deus vê e se importa.
Gideão também teve problemas, e ele vinha de uma família bem problemática. Ele vacilou na fé e poderia até ter sido acusado de testar a paciência de Deus. Mas apesar das dificuldades de Gideão, Deus insistiu nele, e a graça do Senhor o direcionou em meio aos seus muitos dilemas. Gideão foi sincero com Deus, e Deus ajudou o seu guerreiro relutante, exatamente onde ele estava. O anjo do Senhor deu a Gideão alguns conselhos poderosos que poderiam beneficiar a você também: "Vai nesta tua força ... não te enviei eu?" Uz 6.14)
Medite nessas palavras e você descobrirá uma esperança renovada, não importa por quais problemas você esteja passando hoje!” (Graça diária para professores. CPAD. p.44)
ATIVIDADES
Vivemos uma época em que na maioria das igrejas não observamos muitas curas e milagres acontecerem. Portanto, é importante deixar claro para as crianças que o Senhor Jesus tem poder para fazer grandes coisas, pois Ele continua o mesmo. Enfatize que Deus é capaz de realizar coisas que são impossíveis aos homens.
Uma atividade interessante para esta aula seria realizar uma entrevista com um irmão ou irmã da igreja que tivesse recebido uma cura ou um milagre. Convide-o antecipadamente e, no domingo, leve-o para a sala de aula para encerrar a lição.
É bom que você prepare um roteiro de perguntas para iniciar a entrevista, pois geralmente as crianças ficam tímidas no começo e vão se soltando aos poucos. Então, aí vão algumas sugestões de perguntas:
1. Há quanto tempo vc é crente?
2. Qual era a sua doença?
3. Como vc descobriu que estava doente?
4. Onde vc foi curado?
5. Quando vc foi curado?
6. Há quanto tempo vc foi curado?
.............................. .............................. .............................. .............................. .........
- Imprimir o cartaz do versículo em papel duro para colocar no seu mural.
(atenção: optei por usar outro versículo chave pois o que veio na revista enfatiza outro milagre de Jesus. Escolhi Lucas 4.32 pois O Senhor realizava milagres no poder e autoridade da Sua palavra.
- Usei um papel de 90g para imprimir os cartões.
- No kit vc encontrará uma folha de atividades do tipo jogo dos 10 erros, próprio para Juniores.
- Faça as perguntas da revistinha do aluno para não ser surpreendido quando for corrigir com os meninos.
- Sugiro vc acessar o Tópico que traz desenhos sobre o 1º milagre de Jesus, ali tem uma atividade interessante que vc talvez queira fazer com seus alunos:
==> http://www.escoladominical.net/showthread.php?1175-Jesus-transforma-%E1gua-em-vinho
Lembre-se que o trimestre está quase terminando.
É hora de comprar as novas revistas dos alunos!
Que Deus nos abençoe em mais essa aula!
Abraços,
Sandra
Miriam Dias
12-09-08, 01:22 AM
Queridos!!!!!
Neste domingo o nosso herói da fé é Jorge Muller, encontrei uma história bem completa dele, estou postando aqui, vale a pena conhecer um pouco mais sobre este servo do Senhor .
Uma história fantástica!!!!!!.
Jorge Müller ( 1805 - 1898 )
18714
" Pela fé, Abel....Pela fé, Noé...Pela fé, Abraão..." Assim é que o Espírito Santo conta as incríveis proezas que Deus fez por intermédio dos homens que ousavam confiar unicamente nele. Foi no século XIX que Deus acrescentou o seguinte a essa lista: Pela fé, Jorge Müller levantou orfanatos, alimentou milhares de órfãos, pregou a milhões de ouvintes em redor do globo e ganhou multidões de almas para Cristo ".
Jorge Müller nasceu em 1805, de pais que não conheciam a Deus.
Com a idade de dez anos, foi enviado a uma universidade, a fim de preparar-se para pregar o Evangelho, não, porém, com o alvo de servir a Deus, mas para ter uma vida cômoda. Gastou esses primeiros anos de estudo nos mais desenfreados vícios, chegando, certa vez, a ser preso por vinte e quatro dias. Jorge, uma vez solto. esforçava-se nos estudos, levantando-se às quatro da manhã e estudando o dia inteiro até as dez da noite. Tudo isso, porém, ele fazia para alcançar uma vida descansada de pregador.
Aos vinte anos de idade, contudo, houve uma completa transformação na vida desse moço.
Assistiu a um culto onde os crentes, de joelhos, pediam que Deus fizesse cair sua bênção sobre a reunião. Nunca se esqueceu desse culto, em que viu, pela primeira vez, crentes orando ajoelhados; ficou profundamente comovido com o ambiente espiritual a ponto de buscar também a presença de Deus, costume esse que não abandonou durante o resto da vida.
Foi nesses dias, depois de sentir-se chamado para ser missionário, que passou dois meses hospedado no famoso orfanato de A.H. Frank. Apesar de esse fervoroso servo de Deus, o senhor Frank, ter morrido quase cem anos antes ( em 1727 ), o seu orfanato continuava a funcionar com as mesmas regras de confiar inteiramente em Deus para o sustento.
Mais ou menos ao mesmo tempo em que Jorge Müller hospedou-se no orfanato, um certo dentista, o senhor Graves, abandonou as suas atividades que lhe davam um salário de 7.000 dólares por ano, a fim de ser missionário na Pérsia, confiando só nas promessas de Deus para suprir todo o seu sustento. Foi assim que Jorge Müller, o novo pregador, recebeu nessa visita a inspiração que o levou mais tarde a fundar seu orfanato sobre os mesmos princípios.
Logo depois de abandonar sua vida de vícios, para andar com Deus, chegou a reconhecer o erro, mais ou menos universal, de ler muito acerca da Bíblia e quase nada da Bíblia. Esse livro tornou-se a fonte de toda a sua inspiração e o segredo do seu maravilhoso crescimento espiritual. Ele mesmo escreveu: " O Senhor me ajudou a abandonar os comentários e a usar a simples leitura da Palavra de Deus como meditação. O resultado foi que, quando, a primeira noite, fechei a porta do meu quarto para orar e meditar sobre as Escrituras, aprendi mais em poucas horas do que antes durante alguns meses " . E acrescentou: " A maior diferença, porém, foi que recebi, assim, força verdadeira para a minha alma " . Antes de falecer, disse que lera a Bíblia inteira cerca de duzentas vezes; cem vezes o fez estando de joelhos.
Quando estava ainda no seminário, nos cultos domésticos de noite com os outros alunos, freqüentemente continuava orando até a meia-noite. De manhã, ao acordar, chamava-os de novo para a oração, às seis horas.
Certo pregador, pouco antes da morte de Jorge Müller, perguntou-lhes se orava muito. A resposta foi esta: " Algumas horas todos os dias. E ainda, vivo no espírito de oração; oro enquanto ando, enquanto deitado e quando me levanto. Estou constantemente recebendo respostas. Uma vez persuadido de que certa coisa é justa, continuo a orar até a receber. Nunca deixo de orar !... Milhares de almas têm sido salvas em respostas às minhas orações...Espero encontrar dezenas de milhares delas nos Céu...O grande ponto é nunca cansar de orar antes de receber a resposta. Tenho orado 52 anos, diariamente, por dois homens, filhos dum amigo da minha mocidade. Não são ainda convertidos, porém, espero que o venham a ser. - Como pode ser desta; outra forma ? Há promessas inabaláveis de Deus e sobre elas eu descanso " .
Não muito antes de seu casamento, não se sentia bem com o costume de salário fixo, preferindo confiar em Deus em vez de confiar nas promessas dos irmãos. Deu sobre isso as três seguintes regras: 1) " Um salário significa uma importância designada, geralmente adquirida do aluguel dos bancos. Mas a vontade de Deus não é alugar bancos ( Tiago 2: 1-6 ).
2) " O preço fixo dum assento na igreja, às vezes, é pesado demais para alguns filhos de Deus e não quero colocar o menor obstáculo no caminho do progresso espiritual da igreja " .
3) " Toda a idéia de alugar os assentos e ter salário torna-se tropeço para o pregador, levando-o a trabalha mais pelo dinheiro do que por razões espirituais ".
Jorge Müller achava quase impossível ajuntar e guardar dinheiro para qualquer imprevisto, e não ir direto a Deus. Assim, dizia ele, o crente confia no dinheiro em caixa, em vez de confiar em Deus.
Um mês depois de seu casamento, colocou uma caixa no salão de cultos e anunciou que podiam deitar lá as ofertas para o seu sustento e que, daí em diante, não pediria mais nada, nem a seus amados irmãos; porque, como ele disse, " Sem me aperceber, tenho sido levado a confiar no braço de carne, mas o melhor é ir diretamente ao Senhor ".
O primeiro ano findou com grande triunfo e Jorge Müller disse aos irmãos que, apesar da pouca fé ao começar, o Senhor tinha ricamente suprido tadas as suas necessidades materiais e, o que foi ainda mais importante, tinha-lhe concedido o privilégio de ser um instrumento na sua obra.
O ano seguinte foi, porém, de grande provação, porque muitas vezes não lhes restava um xelim. E Jorge Müller acrescenta que no momento próprio a sua fé sempre foi recompensada com a chegada de dinheiro ou alimentos.
Um outro segredo que o levou a alcançar tão grande bênção de confiar em Deus, foi a sua resolução de usar o dinheiro que recebia somente para o fim a que fora destinado, Essa regra nunca infringiu, nem para tomar emprestado de tais fundos, apesar de se ter achado milhares de vezes face a face com as maiores necessidades.
Nesses dias, quando começou a provar as promessas de Deus, ficou comovido pelo estado dos órfãos e pobres crianças que encontrava nas ruas. Ajuntou algumas dessas crinças para comer consigo às oito horas da manhã e a seguir, durante uma hora e meia, ensinava-lhes as Escrituras. A obra aumentou rapidamente. Quando mais crescia o número para comer, tanto mais recebia para alimentá-las até se achar cuidando de trinta a quarenta menores.
Ao mesmo tempo, Jorge Müller fundou a Junta para o Conhecimento das Escrituras na Nação e no Estrangeiro. O alvo era:
1) Auxiliar as escolas bíblicas e as escolas dominicais.
2) Espalhar as Escrituras.
3) Aumentar a obra missionária.
Não é necessário acrescentar que tudo foi feito com a mesma resolução de não se endividar, mas sempre pedir a Deus, em secreto, todo o necessário.
Certa noite, quando lia a Bíblia, ficou profunfamente impressionado com as palavras: " Abre bem a tua boca, e ta encherei "( Salmo 81:10 ). Foi levado a aplicar essas palavras ao orfanato, sendo-lhe dada a fé de pedir mil libras ao Senhor; também pediu que Deus levantasse irmãos com qualificação para cuidar das crianças. Desde aquele momento, esse texto ( Salmos 81:10 ), serviu-lhe como lema e a promessa se tornou em poder que determinou todo o curso na sua vida.
Quatro dias depois foi recebida a primeira contribuição de móveis: um guarda-roupa; e uma irmã ofereceu dar seus serviços para cuidar dos órfãos. Jorge Müller escreveu naquele dia que estava alegre no Senhor e confiante em que Ele ia completar tudo.
No dia seguinte, Jorge Müller recebeu uma carta com estas palavras: " Oferecemo-nos para o serviço do orfanato se o irmão achar que temos as qualificações. Oferecemos também todos os móveis, etc.., que o Senhor nos tem dado. Faremos tudo isto sem qualquer salário, crendo que, se for a vondade do Senhor usar-nos, Ele suprirá todas as nossa necessidades ". Desde aquele dia, nunca faltaram, no orfanato, auxiliares alegres e devotados, apesar de a obra aumentar mais depressa do que Jorge Müller esperava.
Três meses depois, foi que conseguiu alugar uma grande casa e anunciou a data da inauguração do orfanato para o sexo feminino. No dia da inauguração, porém, ficou desapontado: nenhuma órfã foi recebida. Somente depois de chegar a casa é que se lembrou de que não as tinha pedido. Naquela noite humilhou-se rogando a Deus o que anelava. Ganhou a vitória de novo, pois veio uma órfã no dia deguinte. Quarenta e duas pediram entrada antes de findar o mês, e já havia vinte e seis no orfanato.
Era seu costume, e recomendava também aos irmãos, guardar um livro. Numa página assentava seu pedido com a data e no lado oposto a data em que recebera a resposta. Dessa maneira, foi levado a desejar respostas concretas aos pedidos e não havia dúvida acerca dessas respostas.
Com o aumento do orfanato e do serviço de pastorear os quatrocentos membros de sua igreja, Jorge Müller achou-se demasiadamente ocupado para orar. Foi nesse tempo que chegou a reconhecer que o crente podia fazer mais em quatro horas, depois de uma em oração, do que em cinco sem oração. Essa regra ele a observou fielmente durante 60 anos
Quando alugou a segunda casa, para os órfãos de sexo masculino, disse: " Ao orar, estava lembrando de que pedia a Deus o que parecia impossível receber dos irmãos, mas que não era demasiado para o Senhor conceder ". Ele orava com noventa pessoas sentadas às mesas: " Senhor, olha para as necessidades de teu servo..." Essa foi uma oração a que Deus abundantemente respondeu. Antes de morrer, testificou que, pela fé, alimentava 2.000 órfãos, e nenhuma refeição se fez com atraso de mais de trinta minutos.
Muitas pessoas perguntavam a Jorge Müller como conseguia ele saber a vontade de Deus, pois não fazia nada sem primeiro ter a certeza da vontade do Senhor. Ele respondia:
1) " Procuro manter o coração em tal estado que ele não tenha qualquer vontade própria no caso. De dez problemas, já temos a solução de nove, quando conseguimos ter um coração entregue para fazer a vontade do Senhor, seja essa qual for. Quando chegamos verdadeiramente a tal ponto, estamos, quase sempre, perto de saber qual é a sua vontade ";
2) " Tenho o coração entregue para fazer a vontade do Senhor, não deixo o resultado ao mero sentimento ou a uma simples impressão. Se o faço, fico sujeito a grandes enganos ";
3) " Procuro a vontade do Espírito Santo de Deus por meio da sua Palavra. É essencial que o Espírito e a Palavra acompanhem um ao outro, Se eu olhar para o Espírito, sem a Palavra, fico sujeito, também, a grandes ilusões";
4) " Peço a Deus em oração que me revele sua própria vontade ".
Jorge Müller, três anos antes da sua morte, escreveu: " Não me lembro, em toda a minha vida de crente, num período de 69 anos, de que eu jamais buscasse, sinceramente e com paciência, saber a vontade de Deus pelo ensinamento do Espírito Santo por intermédio da Palavra de Deus, e que não fosse guiado certo. Se me faltava, porém, sinceridade de coração e pureza perante Deus, ou se eu não olhava para Deus, com paciência pela direção, ou se eu preferia o conselho do próximo ao da Palavra do Deus vivo, então errava gravemente " .
Sua confiança no " Pai dos órfãos " era tal, que nem uma só vez recusou aceitar crianças no orfanato. Quando lhe perguntavam porque assumira o encargo do orfanato, respondeu que não fora apenas para alimentar os órfãos material e espiritualmente, mas " o primeiro objetivo básico do orfanato era - afirmava-, e ainda é, que Deus seja magnificado pelo fato de que os órfãos sob meus cuidados foram e estão sendo suprido de todo o necessário, somente pela fé, sem eu nem meus companheiros de trabalho pedirmos ao próximo; por isso se pode ver que Deus continua fiel e ainda responde às nossas orações ".
Os cinco prédios construídos de pedras lavradas e situados em Ashley Hill, Bristol, Inglaterra, com 1.700 janelas e lugar para acomodar mais de 2.000 pessoas, são testemunhas atuais dessa grande f'é de que ele escreveu.
Cada uma dessas dádivas ( devemo-nos lembrar ) Jorge lutou com Deus em oração para obter; orou com alvo certo e com perseverança, e Deus lhe respondeu.
São de Jorge estas palavras: " Muitas repetidas vezes tenho-me encontrado em posição muito difícil, não só com 2.000 pessoas comendo diariamente às mesas, mas também com a obrigação de atender a todas as demais despesas, estando a nossa caixa com os fundos esgotados. Havia ainda 189 missionários para sustentar, cerca de 100 colégios com mais ou menos 9.000 alunos, além de 4.000.000 de tratados para distribuir, tudo sob nossa responsabilidade, sem que houvesse dinheiro em caixa para as despesas ".
Certa vez o doutor A. T. Pierson foi hóspede de Jorge Müller no seu orfanato. Uma noite, depois que todos se deitaram, Jorge o chamou para orar dizendo que não havia coisa alguma em casa para comer. O doutor Pierson quis lembrar-lhe que o comércio estava fechado, mas Jorge bem sabia disso. Depois da oração deitaram-se, dormiram e, ao amanhecer, a alimentação já estava suprida e em abundância para 2.000 crianças. Nem o doutor Pierson, nem Jorge Müller chegaram a saber como a alimentação foi suprida. A história foi contada naquela manhã, ao senhor Simão Short, sob a promessa de guardá-la em segredo até o dia da morte do benfeitor. O Senhor despertara essa pessoa do sono, à noite, e mandara que levasse alimentos suficientes pra suprir o orfanato durante um mês. E isso sem a pessoa saber coisa alguma da oração de Jorge e do doutor Pierson !
Com a idade de 69 anos Jorge Müller iniciou suas viagens, nas quais pregou centenas de vezes em quarenta e duas nações, a mais de três milhões de pessoas. Recebeu, em resposta às suas orações, tudo de Deus para pagar grandes despesas. Mais tarde, ele escreveu: " Digo com razão: Creio que eu não fui dirigido a nenhum lugar onde não tivesse prova evidente de que o Senhor me mandara para lá ". Ele não fez essas viagens com o plano de solicitar dinheiro para a junta; não recebeu o suficiente nem para pagar as despesas de doze horas da junta. Segundo as suas palavras, o alvo era " que eu pudesse, por minha experiência e conhecimento das coisas divinas, comunicar uma bênção aos crentes..e que eu pudesse pregar o Evangelho aos que não conheciam o Senhor ".
Assim escreveu ele sobre seu problema espiritual: " Sinto constantemenete a minha necessidade...Nada poso fazer sozinho, sem cair nas garras de Satanás. O orgulho, a incredulidade ou outros pecados me levariam à ruína. Sozinho não permaneço firme um momento. Que nenhum leitor pense que devido à minha didicação, eu não possa ' inchar ' ou me orgulhar, ou que eu não possa descrer de Deus ! "
O estimado evangelista, Carlos Inglis, contou a respeito de Jorge Müller:
" Quando vim pela primeira vez à América, faz trinta e um anos, o comandante do navio era devoto tal que jamais conheci. Quando nos aproximamos da Terra Nova, ele me disse: Sr. Inglis, a última vez que passei aqui, há cinco semanas, aconteceu uma coisa tão extraordinária que foi a causa de uma transformação de toda a minha vida de crente. Até aquele tempo eu era um crente comum. Havia a bordo conosco um homem de Deus, o senhor Müller, de Bristol. Eu tinha passado 22 horas sem me afastar da ponte de comando, nem por um momento, quando foi assustado por alguém que me tocou no ombro. Era o senhor Jorge Müller. Houve, então, entre nós o seguinte diálogo:
- Comandante - disse o senhor Müller, - vim dizer-lhe que tenho de estar em Quebec no sábado, à tarde.
Era quarta-feira.
- Impossível - respondi.
- Pois bem, se seu navio não pode levar-me, Deus achará outro meio de transporte. Durante 57 anos nunca deixei de estar no lugar à hora em que me achava comprometido.
- Teria muito prazer em ajudá-lo, mas o que posso fazer ? - Não há meios !
- Vamos aqui dentro para orar - sugeriu.
Olhei para aquele homem e disse a mim mesmo: ' De qual casa de doidos escapou este ? ' Nunca eu ouvira alguém falar desse modo.
- Sr. Müller, o senhor vê como é espessa esta neblina .
- Não - respondeu ele - os meus olhos não estão na neblina, mas no Deus vivo que governa todas as circunstâncias da minha vida .
O senhor Müller caiu de joelhos e orou da foma mais siples possível. Eu pensei: ' É uma oração como a de uma criança de oito ou nove anos '. Foi mais ou menos assim que ele orou: ' Ó Senhor, se for da tua vontade, retira esta neblina dentro de cinco minutos. Sabes como me comprometi a estar em Quebec no sábado. Creio ser isso a tua vontade ".
Quando findou, eu queria orar também, mas o senhor Müller pôs a sua mão no meu ombro e pediu que não o fizesse, dizendo:
- Comandante, primeiro o senhor não crê que Deus faça isso, e, em segundo lugar, eu creio que Ele já o fez. Não há, pois, qualquer necessidade de o senhor orar nesse sentido. Conheço, comandante, o meu Senhor há cinqüenta e sete anos e não há dia em que eu não tenha audiência com Ele. Levante-se, por favor, abra a porta e verá que a neblina já desapareceu .
Levantei-me, olhei, e a neblina havia desaparecido. No sábado, à tarde, Jorge Müller estava em Quebec " .
Para o ajudar a levar a carga dos orfanatos e apropriar-se das promessas de Deus em oração, lado a lado com ele, Jorge Müller tinha consigo, havia quase quarenta anos, uma esposa sempre fiel. Quando ela faleceu, milhares de pessoas assistiram ao seu enterro, das quais cerca de 1.200 era órfãos. Ele mesmo, fortalecido pelo Senhor, conforme confessou, dirigiu os cultos fúnebres no templo e no cemintério.
Com a idade de 90 anos pregou o sermão fúnebre da segunda esposa, como fizera na morte da primeira. Uma pessoa que assistiu a esse enterro, assim se expressou: - " Tive o privilégio, sexta-feira, de assistir ao enterro da senhora Müller...e presenciar um culto simples, que foi, talvez pelas suas peculiaridades, o único na história do mundo: Um venerável patriarca preside ao culto do icício ao fim. Com a idade de noventa anos, permanece ainda cheio daquela grande fé que o tem habilitado a alcançar tanto, e que o tem sustentado em emergência, problemas e trabalhos duma longa vida..."
No ano de 1898, com a idade de noventa e três anos, na última noite antes de partir para estar com Cristo, sem mostrar sinal de diminuição de suas forças físicas, deitou-se como de costume. Na manhã do dia seguinte foi " chamado ", na expressão de um amigo ao receber as notícias que assim explicam a partida: " O querido Müller desapareceu de nosso meio para o Lar, quando o Mestre abril a porta e o chamou ternamente, dizendo: ' Vem ! "
Os jornais publicaram, meio século depois da sua morte, a seguinte notícia: " O orfanato de Jorge Müller, em Bristol, permanece como uma das maravilhas do mundo. Desde a sua fundação, em 1836, a cifra que Deus tem concedido, unicamente em resposta às orações, sobe a mais de vite milhões de dólares e o número de órfãos ascende a 19.935. Apesar de os vidros de cerca de 400 janelas terem sido partidos recentemente por bombas ( na Segunda Guerra Mundial ), nenhuma criança e nenhum auxiliar foi ferido " .
Fonte: http://www.geocities.com/arnaldo_a_r/jorge__miiller.htm
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