Roberto
04-07-08, 10:43 PM
Crepúsculo e alvorecer de uma Escola Dominical
Lucas 24.13-35
Luiz Carlos Ramos
No terceiro domingo de setembro, comemoramos o Dia da Escola Dominical. A propósito dessa data, gostaria de arriscar um resgate histórico. Ao que parece, a primeira Escola Dominical, de fato, ocorreu por volta do ano 33 da nossa era (desconsideremos possíveis erros de cálculo que podem jogar esta data 3 ou 4 anos para frente ou para trás) e coincide com a celebração da primeira Páscoa cristã. O registro histórico foi feito pelo evangelista Lucas, e podemos conferir esse relato no capítulo 24 do seu Evangelho.
Aquela primeira aula de Escola Dominical foi “dominical” em um duplo sentido: primeiro, porque aconteceu num domingo (era o primeiro dia da semana, cf. 24.1); e, segundo, porque o professor foi o próprio Senhor (do latim, “dominus”).
A ocasião era a seguinte: Jesus Havia ressuscitado no Domingo de Páscoa. Pouca gente sabia disso. Dentre elas estavam algumas mulheres que consta-taram o milagre do túmulo vazio e correram dar a notícia aos incrédulos discípulos.
Como se pode notar, a Escola Domincal começou enfrentando grandes pro-blemas, tais como o da evasão escolar e o da ameaça de repetência. Desde então, nos vemos às voltas com esses mesmos problemas.
A Evasão Escolar
Como podemos constatar, a primeira Escola Dominical da Era Cristã acon-teceu numa estrada e tinha apenas dois alunos. É verdade que os alunos estavam cabulando a aula naquele dia. Na verdade, parece que tinham a intenção de trancar suas matrículas. Estavam desistindo da escola do Se-nhor. De fato, “evadiam-se”, quando o Mestre os alcançou. Vejamos:
“Naquele mesmo dia, dois deles [dos discípulos] estavam de caminho para uma aldeia, chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios [12 quilômetros]. E iam conversando a respeito de todas as cousas sucedidas. Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se a-proximou e ia com eles” (vs. 13-14).
Não devemos nos esquecer de que a instrução dada por Jesus, antes da cru-cificação, havia sido bem clara no sentido de que os discípulos deveriam permanecer em Jerusalém. Entretanto, o choque havia sido demais para eles, a ponto de resolveram abandonar a arena. Preferiram voltar para sua aldeia, Emaús.
Estavam tão traumatizados com a truculência da perseguição sofrida por seu Professor, que temeram, justificadamente, por sua própria integridade física. Jesus havia sido condenado à pena de morte depois de ter sido traído por um aluno corrupto e passado por um julgamento injusto. O medo foi grande o bastante para comprometer suas faculdades mentais deixando-os incapazes de reconhecer o próprio Mestre que, de repente, começara a andar ao lado deles. “Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhe-cer” (v. 16).
Jesus inicia um diálogo com os entristecidos e preocupados discípulos: “Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos” (v. 17).
As explicações se seguiram e, por elas, podemos notar que, além do medo, a sua opção por trancar a matrícula também se deveu à decepção e ao ceticis-mo:
“Um, porém, chamado Cléopas, respondeu, dizendo: És o único porventu-ra, que tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias. Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autori-dades o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais cousas sucederam. É verda-de que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, volta-ram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas a ele não no viram” (vs. 18-24).
A recuperação
Temerosos, decepcionados e incrédulos, os dois discípulos seguiam tristes, estrada fora. A essa altura, Jesus exclamou: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!” (v. 25). Pois esses alunos tinham alguma dificuldade de aprendizado; estavam defasados, e precisavam urgen-te de um programa de nivelamento. Jesus decide, então, oferecer um pro-grama de recuperação, ali mesmo, na estrada. Não dá para esperar. O caso é urgente. Se os alunos não vão à escola, a escola vai até os alunos.
Jesus ofereceu um currículo de 12 quilômetros. Até chegarem a Emaús, aquele Professor peripatético já havia recapitulado com seus defasados alu-nos tudo o que estava escrito a seu respeito, “começando por Moisés, discor-rendo por todos os profetas” expondo-lhes as Escrituras (cf. vs. 26-27).
Não há dúvida de que o conteúdo programático da primeira Escola Domini-cal fora cristológico e essencialmente bíblico. O método dialógico preferiu a proximidade física – o Mestre foi ao encontro do aluno, a aula foi presencial e não a distância. Optou pela proximidade intelectual – o Mestre, paciente-mente, retoma com eles os conteúdos básicos necessários à sua formação. E priorizou a proximidade emocional e afetiva – o mestre falava-lhes igual-mente ao coração, enquanto lhes instruía a mente, disto os próprios alunos o atestam quando dizem “porventura não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (v. 32).
O recreio
Ora! Toda escola que se preze tem que ter recreio. Hoje já não se usa mais esse termo. Prefere-se “intervalo”. Quem fala em “recreio” é gente que é do tempo quando se falava “retrato” em vez de “foto”. Tenho dois amigos, intelectuais respeitáveis, que também preferem, como eu, o termo “recreio”. Um deles é considerado um dos maiores educadores e teólogos contemporâ-neos e se chama Rubem Alves. O outro, não tão famoso, e um pouco mais jovem. É o filósofo e semiótico José Lima Jr. A razão de sua preferência é simples: a palavra intervalo não diz nada a não ser um período de tempo entre duas coisas importantes. O que significa que no intervalo a gente não faz nada de importante. Agora, a palavra “recreio” é grávida de sentidos. O recreio comporta o lúdico, a alegria e o brinquedo, que são todos parentes da “graça”. Recrear-se também reporta-se a “recriar-se”. Bem, o fato é que houve recreio na primeira Escola Dominical:
“Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele [Jesus] menção de passar adiante. Mas eles o constrangeram dizendo: Fica conosco, porque é tarde e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o, e, tendo-o parti-do, lhes deu” (28-30).
O recreio é uma ocasião para a reconstrução da vida. E é por isso que Jesus aceitou o convite dos discípulos no entardecer daquele dia. Caso Jesus tives-se seguido seu caminho e rejeitado o convite dos discípulos para repartir com eles a merenda, teria sido, provavelmente, o crepúsculo daquela Escola Dominical primitiva.
Entretanto, em lugar de crepúsculo, a Escola Dominical teve ali a sua auro-ra, “recriou-se”: “então se lhes abriram os olhos, e o reconheceram” (v. 31). É na partilha do pão, ao redor da mesa, que acontece o milagre da revelação. É nessa atmosfera da graça, que todo o esforço acadêmico alcança a sua plenitude. O conhecimento supremo é consumado no gesto singelo e gratui-to da partilha do pão.
Conclusão
Mas, justamente nesse momento, acontece algo inesperado: “ele [Jesus] desapareceu da presença deles” (v. 31). O rev. Elias Abraão, saudoso pastor da Igreja Presbiteriana Central de Curitiba, contava que, certa vez, numa Escola Dominical, estudando este texto com sua comunidade, resolveu per-guntar aos seus alunos, sem muita expectativa de obter resposta: “O que terá acontecido com Jesus?”. Mas ele não contava com uma criança que estava na classe e que respondeu categórica: “—Jesus entrou dentro deles!”.
Jesus entrou dentro deles... Poucos teólogos eruditos e titulados teriam con-dições de fazer uma elaboração teológica tão profunda como a que fez essa criança. Jesus não está mais entre nós para que possa estar dentro de cada um de nós.
Assim, plenamente recreados e recriados, nossos colegas da primeira Escola Dominical decidiram voltar, imediatamente, para Jerusalém a fim de des-trancar o curso e rematricular-se na Escola do Senhor.
“E, na mesma hora, levantando-se voltaram para Jerusalém onde acharam reunidos os onze e outros com eles, os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então os dois contaram o que lhes acontecera no caminho, e como fora por eles reconhecido no partir do pão” (33-35).
O Mestre está vivo! Por isso a sua escola também está viva.
Setembro de 2002
Fonte: http://www.metodista.br/fateo/materiais ... dominical/ (http://www.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/sermoes/crepusculo-e-alvorecer-de-uma-escola-dominical/)
Lucas 24.13-35
Luiz Carlos Ramos
No terceiro domingo de setembro, comemoramos o Dia da Escola Dominical. A propósito dessa data, gostaria de arriscar um resgate histórico. Ao que parece, a primeira Escola Dominical, de fato, ocorreu por volta do ano 33 da nossa era (desconsideremos possíveis erros de cálculo que podem jogar esta data 3 ou 4 anos para frente ou para trás) e coincide com a celebração da primeira Páscoa cristã. O registro histórico foi feito pelo evangelista Lucas, e podemos conferir esse relato no capítulo 24 do seu Evangelho.
Aquela primeira aula de Escola Dominical foi “dominical” em um duplo sentido: primeiro, porque aconteceu num domingo (era o primeiro dia da semana, cf. 24.1); e, segundo, porque o professor foi o próprio Senhor (do latim, “dominus”).
A ocasião era a seguinte: Jesus Havia ressuscitado no Domingo de Páscoa. Pouca gente sabia disso. Dentre elas estavam algumas mulheres que consta-taram o milagre do túmulo vazio e correram dar a notícia aos incrédulos discípulos.
Como se pode notar, a Escola Domincal começou enfrentando grandes pro-blemas, tais como o da evasão escolar e o da ameaça de repetência. Desde então, nos vemos às voltas com esses mesmos problemas.
A Evasão Escolar
Como podemos constatar, a primeira Escola Dominical da Era Cristã acon-teceu numa estrada e tinha apenas dois alunos. É verdade que os alunos estavam cabulando a aula naquele dia. Na verdade, parece que tinham a intenção de trancar suas matrículas. Estavam desistindo da escola do Se-nhor. De fato, “evadiam-se”, quando o Mestre os alcançou. Vejamos:
“Naquele mesmo dia, dois deles [dos discípulos] estavam de caminho para uma aldeia, chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios [12 quilômetros]. E iam conversando a respeito de todas as cousas sucedidas. Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se a-proximou e ia com eles” (vs. 13-14).
Não devemos nos esquecer de que a instrução dada por Jesus, antes da cru-cificação, havia sido bem clara no sentido de que os discípulos deveriam permanecer em Jerusalém. Entretanto, o choque havia sido demais para eles, a ponto de resolveram abandonar a arena. Preferiram voltar para sua aldeia, Emaús.
Estavam tão traumatizados com a truculência da perseguição sofrida por seu Professor, que temeram, justificadamente, por sua própria integridade física. Jesus havia sido condenado à pena de morte depois de ter sido traído por um aluno corrupto e passado por um julgamento injusto. O medo foi grande o bastante para comprometer suas faculdades mentais deixando-os incapazes de reconhecer o próprio Mestre que, de repente, começara a andar ao lado deles. “Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhe-cer” (v. 16).
Jesus inicia um diálogo com os entristecidos e preocupados discípulos: “Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos” (v. 17).
As explicações se seguiram e, por elas, podemos notar que, além do medo, a sua opção por trancar a matrícula também se deveu à decepção e ao ceticis-mo:
“Um, porém, chamado Cléopas, respondeu, dizendo: És o único porventu-ra, que tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias. Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autori-dades o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais cousas sucederam. É verda-de que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, volta-ram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas a ele não no viram” (vs. 18-24).
A recuperação
Temerosos, decepcionados e incrédulos, os dois discípulos seguiam tristes, estrada fora. A essa altura, Jesus exclamou: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!” (v. 25). Pois esses alunos tinham alguma dificuldade de aprendizado; estavam defasados, e precisavam urgen-te de um programa de nivelamento. Jesus decide, então, oferecer um pro-grama de recuperação, ali mesmo, na estrada. Não dá para esperar. O caso é urgente. Se os alunos não vão à escola, a escola vai até os alunos.
Jesus ofereceu um currículo de 12 quilômetros. Até chegarem a Emaús, aquele Professor peripatético já havia recapitulado com seus defasados alu-nos tudo o que estava escrito a seu respeito, “começando por Moisés, discor-rendo por todos os profetas” expondo-lhes as Escrituras (cf. vs. 26-27).
Não há dúvida de que o conteúdo programático da primeira Escola Domini-cal fora cristológico e essencialmente bíblico. O método dialógico preferiu a proximidade física – o Mestre foi ao encontro do aluno, a aula foi presencial e não a distância. Optou pela proximidade intelectual – o Mestre, paciente-mente, retoma com eles os conteúdos básicos necessários à sua formação. E priorizou a proximidade emocional e afetiva – o mestre falava-lhes igual-mente ao coração, enquanto lhes instruía a mente, disto os próprios alunos o atestam quando dizem “porventura não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (v. 32).
O recreio
Ora! Toda escola que se preze tem que ter recreio. Hoje já não se usa mais esse termo. Prefere-se “intervalo”. Quem fala em “recreio” é gente que é do tempo quando se falava “retrato” em vez de “foto”. Tenho dois amigos, intelectuais respeitáveis, que também preferem, como eu, o termo “recreio”. Um deles é considerado um dos maiores educadores e teólogos contemporâ-neos e se chama Rubem Alves. O outro, não tão famoso, e um pouco mais jovem. É o filósofo e semiótico José Lima Jr. A razão de sua preferência é simples: a palavra intervalo não diz nada a não ser um período de tempo entre duas coisas importantes. O que significa que no intervalo a gente não faz nada de importante. Agora, a palavra “recreio” é grávida de sentidos. O recreio comporta o lúdico, a alegria e o brinquedo, que são todos parentes da “graça”. Recrear-se também reporta-se a “recriar-se”. Bem, o fato é que houve recreio na primeira Escola Dominical:
“Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele [Jesus] menção de passar adiante. Mas eles o constrangeram dizendo: Fica conosco, porque é tarde e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o, e, tendo-o parti-do, lhes deu” (28-30).
O recreio é uma ocasião para a reconstrução da vida. E é por isso que Jesus aceitou o convite dos discípulos no entardecer daquele dia. Caso Jesus tives-se seguido seu caminho e rejeitado o convite dos discípulos para repartir com eles a merenda, teria sido, provavelmente, o crepúsculo daquela Escola Dominical primitiva.
Entretanto, em lugar de crepúsculo, a Escola Dominical teve ali a sua auro-ra, “recriou-se”: “então se lhes abriram os olhos, e o reconheceram” (v. 31). É na partilha do pão, ao redor da mesa, que acontece o milagre da revelação. É nessa atmosfera da graça, que todo o esforço acadêmico alcança a sua plenitude. O conhecimento supremo é consumado no gesto singelo e gratui-to da partilha do pão.
Conclusão
Mas, justamente nesse momento, acontece algo inesperado: “ele [Jesus] desapareceu da presença deles” (v. 31). O rev. Elias Abraão, saudoso pastor da Igreja Presbiteriana Central de Curitiba, contava que, certa vez, numa Escola Dominical, estudando este texto com sua comunidade, resolveu per-guntar aos seus alunos, sem muita expectativa de obter resposta: “O que terá acontecido com Jesus?”. Mas ele não contava com uma criança que estava na classe e que respondeu categórica: “—Jesus entrou dentro deles!”.
Jesus entrou dentro deles... Poucos teólogos eruditos e titulados teriam con-dições de fazer uma elaboração teológica tão profunda como a que fez essa criança. Jesus não está mais entre nós para que possa estar dentro de cada um de nós.
Assim, plenamente recreados e recriados, nossos colegas da primeira Escola Dominical decidiram voltar, imediatamente, para Jerusalém a fim de des-trancar o curso e rematricular-se na Escola do Senhor.
“E, na mesma hora, levantando-se voltaram para Jerusalém onde acharam reunidos os onze e outros com eles, os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então os dois contaram o que lhes acontecera no caminho, e como fora por eles reconhecido no partir do pão” (33-35).
O Mestre está vivo! Por isso a sua escola também está viva.
Setembro de 2002
Fonte: http://www.metodista.br/fateo/materiais ... dominical/ (http://www.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/sermoes/crepusculo-e-alvorecer-de-uma-escola-dominical/)